terça-feira, 30 de novembro de 2010

a vida ideal...

Digamos que o meu passado e o meu presente nunca foram absolutamenet nada do que eu idealizei para mim, não que tenha tudo corrido mal ou bem mas algumas das coisas foram inesperadas. A maior parte das coisas que alcancei foram em tempos em que não estava preparada para que elas acontecessem e a verdade é que quando aconteceram não corresponderam às minhas expectativas.
Todos os dias penso na minha maior motivação de todas, não é nada de extraordinário nem acho que peça muito mas sem dúvida é algo de diferente.
Sonho com o dia em que vou imigrar, não porque não goste necessariamente de estar aqui porque até gosto, mas tenho sempre uma necessidade de mudar quase tudo o maior número de vezes possível, simplesmente gostava de ir para um local frio, chuvoso, escuro, silencioso onde sentisse que todo o ambiente à minha volta reflectisse o meu estado de espírito negro e misterioso. Já pensei várias vezes e acho que o destino está algures na Escandinávia.
Em Portugal parece sempre tudo tão alegre e caloroso, o sol inunda os dias, a simpatia das pessoas aquece o coração de qualquer pessoa...mas não é isso que eu sou e como tal não consigo comungar da mesma vida que toda a gente. De facto dias solarengos deprimem-me enquanto o frio e a chuva estimula a minha concentração e vontade de agir...por outro lado, um sítio onde as pessoas não sejam simpáticas não me fará obrigar a parecer que estou bem quando não quero estar bem. Para além disso aqueles países estão feitos para quem anda de bicicleta e aqui não, e sinceramente pequenas coisas como estas seduzem-me totalmente, poder ir para o trabalho e voltar de bicicleta seria algo que me faria feliz todos os dias.
Outra das coisas que prezaria muito nesses países é a sua capacidade de organização, consciência ambiental e simplicidade na vida. Sei que socialmente são locais aborrecidos e inacessíveis, toda a gente leva uma vida muito reservada e essa solidão mal aproveitada leva muitos escandinavos a cometer suicídio, mas como não desfrutei de vida social muito em parte devido às más(boas) companhias que tive em juventude não é em idade adulta que tenciono isso. Nessa idade ambiciono a solidão pessoal pela busca da paz interior, viver sozinha completamente até ao resto dos meus dias porque não há nada melhor que a liberdade e a simplicidade que é apenas lidarmos com os nossos problemas em vez de termos de lidar também com os problemas das pessoas que vivem connosco e que muitas vezes apenas descarregam em nós e provocam em nós ainda mais problemas e stresses. Chegar à minha casa com um apreciável jardim rodeada de árvores (como nesses países), a uma distância apreciável de vizinhos, abrir a porta, entrar...ouvir o silêncio...para outras pessoas nada mais horrível mas para mim um cenário perfeito!
Coisas imutáveis na minha vida por mais que ela mude? casar e ter filhos...nunca! a minha liberdade é aquilo que mais prezo na vida, quer liberdade emocional quer em termos de responsabilidades.
São precisas pelo menos duas pessoas para causar desavenças, discussões ou qualquer outro tipo de chatices...sozinha não iria discutir comigo própria, não haveria discussões no meu lar.
À noite adorava puder abrir uma janela e em vez de ver a estrada de asfalto, as luzes que bloqueiam a luz das estrelas, e os prédios que cercam o meu apartamento quem me dera puder apreciar o manto celestial. Em vez de ouvir a televisão dos vizinhos ou as suas discussões ouvir o vento trespassar as folhas das árvores...em vez de viver num cubículo como todos os apartamentos viver numa terra assente no chão com muito espaço, acima de tudo espaços verdes...
Claro que queria ter o meu curso e desempenhar alguma função para a sociedade com o curso, a energia aplicada ao ambiente é o assunto pelo qual nutro mais interesse, o que também é assim nesses países. Não me imagino realmente  a trabalhar em alguma coisa que não envolva ciência.
E é claro que não ia ermitar, queria viver em sociedade, não numa cidade, mas sim numa vila pouco povoada e calma.
As única coisa mais que eu quero mesmo? viajar, viajar muito, aprender muito, ler muito,praticar imensas modalidades deportivas e experimentar desportos radicais, escrever e aprender música.
Gostava de deixar algo de bom no mundo, poder ajudar, especialemente na mudança de mentalidades para que as pessoas tratem bem os animais e o ambiente preservando a natureza em detrimento do capitalismo e lucro. Dedicaria grande parte da minha vida a pesquisar formas limpas de energia e mais eficientes. Gostava de acreditar nas pessoas outra vez...
O que também gostava mas não depende de mim? ter amigos à minha altura e dignos da minha amizade que nutram o mesmo espírito de aventura pela vida que eu.
É esta a minha motivação e é tudo isto que ambiciono de uma vida que não precisa de ser muito longa, porque o que conta não são os anos da tua vida, mas sim a vida dos teus anos.
                                      
                                          o tipo de casa ideal
 
                                          o meio de transporte ideal
                                          a vista ideal: fiordes
                                          chuva: o clima ideal
                                           aventura: fazer muitos inter-rails
                                           desportos radicais: skydiving
                                                          praticar surf

                              
                                                         verdadeira amizade
                                          vista de janela nocturna (aurora boreal e estrelas)
           a minha missão e o meu maior objectivo de vida: ajudar a salvar o Mundo

sábado, 27 de novembro de 2010

Harry Potter e os talismãs da morte

Fui ao cinema sozinha (para variar), tinha de ir ver o penúltimo filme da saga Harry Potter, não é que seja grande fã, mas acho piada aquele ambiente místico e negro à volta do filme.
Desta vez tive pena de o Ron não aparecer tantas vezes, e de quase não ter feito piadas, este filme foi mesmo sério do princípio ao fim...nem o Draco Malfoy teve direito a uma fala com uma frase bem estruturada e com substrato! As minhas personagens preferidas são mesmo aquelas duas por mais estranho e popstas que sejam: o Ron é o miúdo simpático e divertido, ruivo e encatador e o Draco considero que seja um pouco como eu, superficialmente frio e mau mas no fundo é uma vítima das circunstâncias, até me deu a entender que no filme ele queria ajudar Harry a fugir não dizendo que tinha a certeza de um tal rapaz raptado do bosque desfigurado com um encanto e acompanhado de Ron e Hermione fosse o Harry Potter (quando era de caras o Harry Potter!!!).
Não vou contar pormenores do filme até porque nem acho que hajam muitos...mas posso dizer que chorei como um bebé quando o elfo morreu ao ajudar os amigos a fugir de Lord Voldemort, no fim ele disse ao Harry: "estou feliz por estar com os meus amigos!".

Electromagnetismo

                                              os trovões são fenómenos electromagnéticos
André Ampère
É impressionante as coisas que podemos aprender enquanto estudamos cautelosamente manuais de física, hoje por exemplo, estava eu no meu estudo de electromagnetismo e óptica a desvendar os segredos dos veículos de levitação magnética, quando me deparo com uma pequena nota sobre um cientista, leiam só, a fonte é o livro Serway traduzido para português:

André- Marie Ampère (1775-1836)
"Ampère, cientista francês, é considerado o descobridor do electromagnetismo-a relação entre correntes eléctricas e campos magnéticos.A genialidade de Ampère, particularmente na matemática, tornou-se evidente quando ele tinha 12 anos de idade; entretanto, a sua vida pessoal foi repleta de tragédia. Seu pai, um rico funcionário municipal, foi guilhotinado durante a Revolução Francesa e a sua esposa morreu jovem, em 1803. Ampère morreu aos 61 anos de idade, de pneumonia.
Seu julgamento sobre a sua vida é claro pelo seu epitáfio que escolheu para o seu túmulo:
Tandem Felix (Finalmente Feliz)"
...
Perante isto uma pessoa já não sabe realmente se há-de seguir estes exemplos de genialidade ou ficar deprimida porque a genialidade na ciência ou noutro área de conhecimento qualquer, ou até mesmo a riqueza são acompanhads da dor da tristeza e fracasso pessoal...eu adoraria ser um génio da ciência e descobrir algo que ainda mais ninguem descobriu, mas não me imagino mais infeliz que já sou a este ponto!A título de exemplo, numa confereância de investigação operacional em que prestei auxílio e contou com o professor John Nash (prémio da economia) e outro grande matemático: professor Kuhn, este último numa palestra falou-nos de ilustres matemáticos e eu contei pelo menos 3 suicídios assim seguidos. Outro exemplo da loucura da genialidade até podem ser os gregos que cometeram suicídio porque davam em doidos por não conseguirem resolver números fraccionários visto nessa altura não se ter descoberto os números racionais...ou até Arquimedes que se dizia até se esquecer de levantar na cama porque se afundava nos seus pensamentos mirabolantes de matemática...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"espessa camada de silêncio ao entrar no Mundo"


Ao longo das caminhadas na serra de Sintra encontrei uma tabuleta que dizia estas lindas palavras:

"Sou por uma arte que dê ao Homem força, dignidade e esperança perante um mundo absurdo, cruel e vazio e também perante a morte. O papel do artista é questionar o mundo, provocando fissuras no vocabulário.
Os objectos artísticos conduzem-nos a um ponto de paragem, despoletando, por vezes, forças e emoções secretas; eles podem não atingir todos, mas basta que alguém seja tocado para que a Arte esteja salva."

domingo, 21 de novembro de 2010

21


Visitei a vila de Sintra e subi até ao Palácio da Pena , explorei o enorme jardim repleto de árvores centenárias cujas copas escondiam a pouca luz solar de um dia de outono, só se ouvia o murmurar do vento, só lá estava eu e o vento...toda a gente tinha desaparecido, no mundo não existia mais nada nem mais ninguém era só eu e aquela vista maravilhosa repleta de magia.
A maior lição que posso ter tirado daquele dia é que não devemos deixar de fazer as coisas que gostamos por causa dos outros, a presença ou ausência dos outros na nossa vida não pode ser determinante para a nossa felicidade.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

If you for some reason found that this blogue can be interesting but don't understand most of the things that I wrote because it's in portuguese I made another one in wich I will put translations of this one a soon as I got the time, the blogue is:
http://celta-myuniverse.blogspot.com/

If you don't love yourself, you can't love anybody. That's why I hate everyone.