quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Obama tem toda a razão


Recebi este e-mail, e achei bastante interessante. Não tenho a certeza de tudo o que é dito mas a parte de a assistência médica ser 100% privada e se se é pobre morre-se sem direito a saúde e a parte de muitas pessoas estarem a viver em acampamentos tipo refugiados devido à crise do sub prime diversas famílias terem de abandonar as suas casas que foram penhoradas por bancos pois as famílias não tinham como financiar o crédito à habitação eu já sabia. Agora até à casas à venda por um dólar! Devido aos custos de uma habitação penhorada o banco para não perder dinheiro em impostos quer-se livrar das casas a todo o custo!
Pronto era só para dizer que aquela grandiosa nação cujo Obama advertiu que não eram Portugal em tom jocoso, tem ironicamente razão, cá vai então:

"Obama tem razão. Por uma vez, como escreve Manuel Ferrer: "Os EUA não são a Grécia nem Portugal, diz ele! Realmente.


1-Nos EUA 1/5 dos negros estão na cadeia.
2-Nos EUA 50% da população não tem assistência médica e 25% nem consegue tratar-se em qualquer hospital
3-Nos EUA a dívida pública atingiu um valor impossível de ser pago em várias gerações e já ultrapassou as centenas de milhares de US$ por família.
4-Nos EUA condenam-se a prisão perpétua crianças de 12 anos, por roubo de uma bicicleta.
5Nos EUA 6% da população sobrevive com uma refeição diária de comida enlatada ...para animais...
6-A Escola Pública é completamente inútil e caminha para a extinção.
7-Nos EUA há mais de 450 organizações policiais e o sistema judicial não é independente do poder executivo: É nomeado por ele!
8-Nos EUA as duas maiores indústrias são o armamento e a pornografia.
   in http://www.chamada.com.br/mensagens/agonia_eua.html, ver: combustão interna
"quase 50% de nascimentos de filhos ilegítimos, uma indústria de pornografia de 12 bilhões de dólares ao ano, e 50 milhões de abortos desde 1973 são flagelos terríveis no cenário nacional americano."
9-Nos EUA 1% da população controla e recebe cerca de 90% do PIB nacional
10-Nos EUA a produção de carne e de ovos utiliza legalmente promotores químicos de crescimento.
11-Nos EUA não há ordenado mínimo e o trabalho indiferenciado é pago a 4 euros/hora...
12-.Os EUA estão envolvidos em dezenas de conflitos militares de carácter sujo e para levar a cabo golpes de estado favoráveis aos seus interesses e aos de Israel.
13-Os EUA angariam em todo o mundo os melhores cérebros para a sua indústria de armamento e obrigam os seus "aliados" a comprá-las...
14-Os EUA são o maior mercado mundial de drogas pesadas e um dos maiores produtores de anfetaminas e de outros químicos dopantes...
15-Os EUA imprimem papel-moeda e através de tratados com as suas colónias árabes transformaram o US$ no meio de pagamento internacional em substituição do ouro...
16- Os EUA têm 2 344 milhões de pessoas atrás das grades, mais que qualquer nação.

Obama tem toda a razão: Nada disto se passa em Portugal!

Só um detalhe: os EUA estão completamente falidos e mais de 10% da população já vive em acampamentos sem saneamento ou serviços públicos básicos...
Nós não somos os EUA! Thanks God!"


E ainda diz ele que para além de tudo isto estiveram envolvidos em duas guerras que não pagaram! Realmente, enviar tropas para matar civis falando numa luta contra o terrorismo e em armas nucleares de destruição maciça, no fim nem encontraram armas nenhumas....porque não havia! Foi tudo um interesse geopolítico e geostratégico! Bem agora só falta mesmo pôr o nobel da Paz a pagar pelas duas guerras. Um conselho? Epah não comeces uma nova guerra na Líbia!

manifesto-anti-americano

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Tropa de Elite e Rio de Janeiro: cidade maravilhosa?

Vi o 1º filme tropa de Elite e achei um filme excelente, não obstante, muito pesado, até fiquei com a cabeça estourada por ter conhecimento de tanta violência e miséria que há no Brasil.
Cresci a ver novelas brasileiras e a ler bandas desenhadas da Turma da Mônica e a ouvir música brasileira e sempre alimentei o desejo de ir ao Brasil apesar de ainda não ter realizado. Mas houve sempre algo que dividiu a minha vontade de ir ou não: as notícias por um lado e telenovelas do outro.
Tive uma colega de faculdade brasileira e perguntei-lhe se o Brasil era afinal telejornal ou era telenovela. Ela disse-me que era um pouco dos dois. No entanto disse-me que mesmo na zona onde morava, no interior, as janelas tinham grades, ninguém deixava os carros na rua (porque seriam roubados) e ela tal como outro meu colega que veio do Brasil para Portugal só estiveram uma vez no Rio de Janeiro, aquando de escala no aeroporto, para vir para Portugal.
Fiquei indignada de eles não terem nunca ido visitar a tal cidade maravilhosa, sendo eles do Brasil, o meu colega disse não estar interessado e não adiantou muitos esclarecimentos já a minha colega disse que temeu sempre por causa da violência que se diz haver por lá na TV ou por outras pessoas.
Li que raro é o habitante de Rio de Janeiro ou São Paulo que não é assaltado num livro turístico. Conheço pessoas que conhecem pessoas que já moraram em São Paulo e que dizem que o assaltante se assaltasse uma pessoa e ela não trouxesse dinheiro eram capaz de a esfaquear ou dar-lhe um tiro (mortalmente ou não) e depois dizem: "Para a próxima traz a grana mané!".
A minha mãe e a minha prima já foram ao Brasil, a minha prima com medo nem saiu do hotel e a minha mãe teve guia que dizia para andarem todos de chinelos e sem mala.
Há uns anos fiquei chocada com o caso de um jovem português estudante de engenharia aerospacial de 19 anos, que foi brutalmente assassinado na praia de Copacabana quando estava a apanhar banhos de Sol e o pai passeava na praia e a mãe tinha ido à água. Ao que parece o rapaz foi esfaqueado a sangue frio apenas porque ofereceu resistência    ao assaltante que lhe queria roubar a mala com alguns pertences. Houve testemunhas, pessoas que ficaram horrorizadas com o que viram e soluçando diziam que tinha sido mesmo a sangue frio e com maldade.
Não é a primeira vez que oiço dizer que especialmente no Brasil muito deliquente não tem pudor algum em matar por meia dúzia de tostões ou um telemóvel.
Correspondi-me com várias pessoas do Brasil, uma delas alertava para o negócio sujo da droga. Nunca antes, até ter visto este filme, tive noção do horror que é esse negócio da droga e da vida de milhões de favelados só naquele país.

Pois bem, o filme tropa de elite começa com uma festa numa discoteca ao ar livre que passa música funky alegre e se ouve no meio da música: "pra subir aqui no morro até BOPE treme...", mas a frase que me ficou foi: "esse Rio de Janeiro não é cartão postal!".
Eu acho que é a banda de intervenção Rap das Armas, que tem várias músicas contra o BOPE (a tal polícia de Elite).
Do que deu a entender para umas pessoas o BOPE é sinónimo de segurança, a polícia incorruptível que para além de lutar activamente contra o tráfico de droga e armas nas favelas  também se empenha na luta contra muito polícia corrupto que por vários motivos: desde o medo de morrer mais nessas lutas (pois isto é um problema global no Brasil) pode ter surgido como forma de sobrevivência uma convivência entre gatunos e polícias, mas também havia polícias que a troco da droga dos traficantes lhes forneciam armamento.
É dito no filme que aquelas armas dos traficantes são usadas em guerras mas lá nesses morros são acessórios prontos a disparar. Crianças e adolescentes carregam armas, nessas sociedades paralelas não há leis, não há democracia, não há política, quem manda em cada um desses morros é o próprio dono do morro, o chefe do tráfico de droga. Os problemas começam quando há ataques não só dos polícias e traficantes/ habitantes indefesos mas também entre gangues rivais.
Muitos polícias são acusados de entrar nas favelas a matar tudo e não respeitar ninguém.
Nas favelas até polícias têm medo de entrar.
As pessoas vivem muitas já viciadas desde infância e sem condições de higiene e de saúde, nomeadamente acesso a água potável. O Brasil em si também oferece poucas (ou nenhumas) possibilidades a que essas pessoas possam mudar de vida uma vez que é uma das nações mais desiguais do Mundo: quem é rico vive rico e morre rico, quem é pobre morre pobre. A única alternativa à pobreza extrema, pensam aquelas pessoas desafortunadas, talvez seja a prostituição ou o tráfico de droga.
E assim constrói-se morro sobre morro e muro sobre muro é mandado erguer para tapar a miséria do Rio de Janeiro, que é dito no filme, ter 700 favelas só no Rio de Janeiro!


O Rio de Janeiro é uma mega metrópole com mais de 15 milhões e habitantes (há 10 milhões de portugueses em Portugal apenas, e 5 milhões emigrados). É uma metrópole tão desigual que há ruas de ricos e ruas de pobres, todo o rico tem porteiro em casa e sala de pânico por causa dos frequentes sequestros na cidade e para guardar as suas riquezas, alguns apartamentos têm até base para helicópteros nos telhados para poderem fugir se necessário ou simplesmente para viagens em jactos privados. O ideal é as vidas de ricos e pobres nunca se cruzarem e aquela sociedade é mestra em conseguir isso.
A corrupção no Brasil é epidémica e atinge níveis astronómicos por todos os departamentos desde política, à polícia, à justiça e claro que o povo mais pobre também se corrompe. Aliás isso está patente no filme: um polícia ia ser pai e pediu licença de paternidade, era um direito dele, para além disso não tinha férias há 4 anos, falou com o chefe e ele disse que gostava muito de ajudá-lo mas ele tinha que o ajudar a ajudá-lo, e mostrou-lhe uma gaveta cheia de notas!
Alguns polícias corruptos, como foi mostrado no filme, até mandavam os seus polícias que achavam ser inconvenientes, ou seja sérios e cumpridores, para missões de morte dizendo: ordens são ordens.
De modo que o BOPE não deixava entrar qualquer um para o seu batalhão pois não querem lá corruptos.
Acredito que seja muito difícil num país assim alguém se dar bem se é honesto, eu não me daria absolutamente nada bem, uma vez que em Portugal não há nada que se pareça com o Brasil mas o mínimo de corrupção ou usufruito de dinheiros públicos irresponsáveis faz-me muita confusão, isto é, há coisas legais como ter pensões por cada cargo político e bem chorudas mas como é injusto faz-me confusão e oponho-me contra isso seriamente! Aliás até escrevi bastantes posts sobre injustiças em Portugal e casos de corrupção que conheço, também procuro saber as razões para estarmos nesta situação de défice público, e acima de tudo voto naqueles que não andam há anos a ser eleitos a mentir e a ser re-eleitos por um povo idiota que gosta de ser ignorante e às vezes nem vota! Mas isso enfim é um problema deles o pior é que todos levamos com as consequências. Acho inadmissível virem provas de crimes de corrupção nos jornais e políticos andarem a mentir às pessoas e elas levarem tudo na maior paz. Isso simplesmente não me entra na cabeça, a não ser que muitas dessas pessoas votem nos partidos cuja eleição desses amigos lhes possa dar proveito. Um exemplo? aqui em Portugal o povo só conhece dois partidos PS ou PSD, o que é basicamente escolher entre uma Coca-Cola ou Pepsi. Pois bem, quando ganha o PS são empregados em cargos públicos membros desse partido mas agora ganhou o PSD e os que estavam nesses cargos e eram do PS foram despedidos e puseram membros do PSD nesses cargos, a isto chama-se: "Jobs for the Boys".
O mais ridículo nisto tudo é as pessoas que se queixam deixarem-lhes ganhar quer seja não votando e deixando que os outros escolham ou seja votando em branco ou nulos. Não há um partido que possa assegurar que vai ser excelente e resolver todos os nossos problemas mas como Einstein dizia: "insanidade é insistir sempre no mesmo erro e esperar resultados diferentes!". Pois bem é o que acontece votando sempre nos mesmos.

Mas de volta ao Brasil, ali quem denuncia outro (mesmo que tenha sido brutalmente torturado para denunciar    os seus compadres) é depois brutalmente assassinado pelos ex-amigos do morro. E é assim: dente por dente e olho por olho. E guerra vai gerando mais guerra e sangue vai gerando mais sangue. As formas de assassinato podem ser das mais mórbidas imagináveis: desde degolar (como li em notícias), a fuzilamentos, esfaqueamentos ou especialmente chocante esta parte do filme em que se queima viva uma pessoa.
E não são só apenas os delatores que são mortos as famílias e amigos deles também...é arrepiante.

O negócio da droga minou por completo toda a zona suburbana, é uma epidemia e é muito difícil de combater uma vez que o Brasil não integra os mais pobres na sociedade negando-lhes os direitos mais básicos: desde água, a comida e a um emprego digno. E uma vez que nas zonas rurais grandes latifundiários expulsam e escravizam os sem-terra.
O BOP tem poucas chances de conseguir alguma coisa se entrar numa favela em missão de paz para prender os traficantes uma vez que eles também estão sempre armados prontos para atirar e todos pertencem à hierarquia do tráfico. Não é só prender um, teria de se prender quase todos.
Muitas vezes o BOP entra a matar tudo sem dó nem piedade, é verdade. Há alternativas? Claro que há! Integração e justiça social, educação para todos, redistribuição da riqueza que está só nas mãos de alguns, se as pessoas tiverem empregos talvez não roubem mais não é? (apesar de haver pessoas que o fazem por desporto, infelizmente).Claro que muitos poderosos não querem que isso aconteça e o Brasil com o imenso potencial que tem está com um atraso social desumano.
No Brasil ainda há dias mataram uma juíza implacável na luta contra crime organizado, ou seja, parece que lá não dá certo ser da lei e tentar mudar as coisas. Uma das coisas que a polícia também faz é matar moleques, isto é crianças de rua, sem pais, sem família, sem tecto, sem nada que dormem na rua vítimas de uma profunda exclusão social que para sobreviverem ou roubam ou mendigam. Os polícias e a sociedade brasileira em geral olha para essas crianças como lixo urbano e para que não cresçam e se tornem traficantes ou assassinos vai matá-los!
E que tal usar os milhões do petróleo, da cana de açúcar e outras riquezas nacionais para dar uma vida digna a essas crianças que também são cidadãs?

Mas sabe o que me deixa mais chateada? é como é que alguém entra nessa vida porque quer, e gasta dinheiro nisso, querem exemplos? Amy Winehouse, uma mulher talentosa que se escravizou pela droga gastando a fortuna dela na sua desgraça em vez de pensar usar os seus milhões em ajudar outras pessoas! E há muita gente assim, senão a droga não seria tão rentável: todos os dias pessoas são mortas por causa do negócio sujo da droga, chegam a engolir sacos com droga e fazer viagens de avião (há casos em que aquilo explode no estômago e morrem assim de overdose) entre fronteiras para defecarem e tirarem de lá droga para vender a preço de ouro a agarrados por esse mundo fora! Vamos parar com isto? Começa por cada um de nós: diga não às drogas!

Utopia para mim é viver a uma realidade suja, injusta e terrível e não acreditar que se pode mudar! Uma só pessoa não vai mudar o Mundo, mas a mudança passa por cada um de nós, como Ghandi dizia: mude o seu mundo para que o Mundo possa mudar.

Abraço!










Cogumelo atómico

"Apenas duas coisas são infinitas: o Universo e a estupidez humana, e não tenho a certeza quanto ao primeiro." Albert Einstein


terça-feira, 2 de agosto de 2011

piadas de brasileiros sobre portugueses



Gostava que me explicassem porque há uma quantidade brutal de piadas (algumas até de mau gosto e maldosas) que os brasileiros fazem de portugueses?
Rivalidades coloniais? Porque roubámos o ouro todo? Porque somos a causa de estarem com desigualdades sociais? Pela escravatura de africanos?
Acima de tudo todos os brasileiros deveriam agradecer por terem o maravilhoso país e que têm e agradecê-lo aos portugueses que com muita astúcia conseguiram através de tratados alargar o seu território até ser o gigante da América Latina que é hoje.
Os portugueses tiveram de começar tudo do zero num pequeno condado cedido pelo Reino de Castela (onde é actualmente Espanha) e foram conquistando-o aos mouros, os brasileiros não conquistaram nada pois o seu território gigante havia já sido delineado.
É engraçado relembrar o tratado de Tordesilhas, aquando da divisão imaginária do Mundo por portugueses e espanhóis que começou por se traçar um eixo imaginário no território brasileiro, à altura desconhecido, só os portugueses conheciam-no porque o descobriram por acaso. Diz-se que o rei português queria mais um bocadinho para a esquerda e o rei espanhol troçava dizendo: "se o português quer água dêem-lhe água!".
Para além disso os brasileiros falam português que é uma língua magnífica em todas as suas variantes.
Roubámos o ouro todo? do que li foi 20% do que se conhece até hoje, mas na altura Brasil era uma colónia por isso não foi tecnicamente roubado. Não obstante talvez hoje muitas multinacionais estejam a roubá-lo sim!
Escravidão? Sim, foi uma época negra da história (não só a portuguesa), não obstante os escravos negros de África já eram escravos africanos comercializados por árabes e até tribos africanas rivais!
Apesar de tudo o português não repudiava outras raças, costuma-se dizer: "Deus fez o homem branco e o homem preto, o português fez o mulato".
No entanto Portugal foi o 1º país do Mundo a abolir a escravidão!
wikipedia: escravidão
"No século XIX, em 1836, o tráfico de escravos foi abolido em todo o Império. Os primeiros escravos a serem libertados foram os do Estado, por Decreto de 1854, mais tarde, os das Igrejas, por Decreto de 1856. Com a lei de 25 de Fevereiro de 1869 proclamou-se a abolição da escravatura em todo o Império português, até ao termo definitivo de 1878."
A escravidão sempre existiu antes desse período desde a antiguidade e até se estendeu ao século 20, com a escravidão de prisioneiros em campos de concentrações nazi há 66 anos atrás!


No Brasil há muito sem-terra escorraçados por latifundiários que possuem extensas terras, uma herança colonial. Em Portugal, após o 25 de Abril o lema foi: "A Terra é de quem a trabalha!". Façam o mesmo!


Mas para que se saiba o maior latifundiário do Mundo pertence Rainha Elizabeth II do Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova-Zelândia e mais de uma dezena de países subdesenvolvidos que ainda não se libertaram dessa herança colonial: Jamaica, Guiné, Malawi...
Os ordenados da coroa britânica são chocantes, só a rainha ganha 129 milhões de dólares por ano angariados pelos contribuintes das suas colónias! Com crianças famintas na Jamaica, Guiné, Malawi!
Isso sim é hediondo!


Há mais alguma razão não razoável para esse ódio?
Para aqueles que não sabem, os portugueses amam os brasileiros, um brasileiro não é estrangeiro em Portugal, é um autêntico irmão.
Eu amo o Brasil e todos os brasileiros por isso não entendo certas coisas que vou ouvindo.
Abraços a todos!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Vida de Universitário

Para a maior parte das pessoas a universidade representa um momento alto das suas vidas: fazer novos amigos, festejar todas as noites ou todas as semanas acompanhados de alguma dose de álcool e piadas superficiais que rasgam largas gargalhadas. Na verdade, é na Universidade que se dá o derradeiro passo para ser aceite pela sociedade juvenil: se nunca fizeste algo antes, agora é o tempo de o fazer! Tudo na Universidade é intenso e até há pessoas que dizem que é a altura da nossa vida em que formamos a nossa personalidade para o futuro em diante. É também a altura em que se fazem amigos para a vida.
A maior parte das pessoas recorda-se da Universidade como o domínio no espaço e no tempo em que viveram os melhores e mais felizes episódios da sua vida.
O que é que eu posso dizer sobre a minha perspectiva? Mais uma vez, tendo a discordar, mais que nunca.
Creio que muito poucas expectativas foram correspondidas, nomeadamente, as mais importantes: as académicas...não é exagero dizer que sinto que nada aprendi em tanto tempo. Tudo naquela faculdade que deveria ser de Ciências incide sobre uma teoria completamente absurda, complicada e desinteressante...não nos são postos desafios realmente de engenharia ou de ciência, e praticamente nada é aplicado a coisas reais com significado vitalício para além de fórmulas hiper -complicadas que continuam a ser mudas e a nada nos elucidar! De facto, o cúmulo este ano foi ter uma cadeira, cito o nome atribuído: Energias Renováveis, mas que apesar de uma bibliografia até interessante e em inglês escrita por um dinamarquês, em nada ajudava lê-la para passar aquela cadeira com exercícios inventados em que nos pediam estimativas sem dados suficientes entre outras coisas e os slides das aulas não tinham quase nada para estudar. O cerne da questão é que de facto mal se falou em energias renováveis, falou-se sim em cálculos interessantíssimos de declinação solar, azimutes, etc. Bem como tínhamos de fazer cálculos de rendimentos que sem dúvida exigiam que pensássemos...o problema é que não tivemos uma formação adequada a isso. Mas isso sempre foi assim na faculdade.
Resumindo a cadeira de Energias Renováveis nada me ensinou e nem sequer se falou de forma mais ou menos elaborada como funcionam os vários tipos de energia!
Mas as coisas não ficam por aqui, também tive outra cadeira que achei que devia ser interessante pelo nome: Alterações Climáticas, mas que de facto não era alterações climáticas, o professor que nos deu aquela cadeira era sim um louco de fórmulas, mais um teórico: enchia o quadro de fórmulas e depois não lhe conseguia dar grande sentido numa abordagem quotidiana, ele sabia bem demonstrações lá sabia, mas não dava vida às equações e de facto não as enquadrava em física! Bem quase tudo era sobre clima, meteorologia física...mas alterações climáticas? bem o mais perto que se falou foi dos ciclos de Milankovitch (de precessão do eixo da Terra), do El Niño e La Niña e que o Sol às vezes provocava um aquecimento ou arrefecimento consoante a sua actividade e os vulcõezinhos também ajudavam à festa. Depois de acabarem as aulas da cadeira fiquei incrédula! Não tínhamos falado da influência das actividades antropocêntricas no clima! Ignorou-se completamente! Nem se falou do protocolo de Quioto, da evidente concentração de CO2 na atmosfera proveniente da indústria e transportes!
Numa altura em que estamos cada vez mais perto de atingir o limite de 450 CO2 eq na atmosfera, que o aumento de 2 graus à escala global é inevitável, numa actualidade dominada por episódios violentos da natureza causados pelo clima (furacões pela primeira vez no Brasil, furacão Katrina em Nova Orleães, cheias pelo mundo inteiro e submersão do Bangladesh, pedaços de gelo do tamanho de estados americanos como o Larsen B são desagregados das calotes polares e derretem), numa altura em  que os dois maiores poluidores do Mundo não assinaram o protocolo de Quioto (EUA agora sós depois de mais recentemente a Austrália ter assinado ) e muitos países ainda não conseguiram cumprir as metas até 2012! Ignorou-se completamente o assunto!
Mas daquela faculdade apesar de muitas pessoas marrarem imenso e tirarem óptimas notas, continuam a não querer encaixar conhecimento na vida do dia a dia e é quase missão impossível ter uma conversa minimamente com interesse com elas, é que tomei conhecimento de algumas pessoas que chegaram ao ridículo de negar as recentes alterações climáticas como algo causado pela Humanidade!!!
Se o CO2 é um gás com efeito de estufa, e se os nossos carros a gasolina libertam CO2 então eles vão para atmosfera certo? portanto causam aquecimento...(estufa!).Não?




"Apesar de a ciência nos dizer que temos de reduzir drasticamente as emissões, neste momento estamos no caminho errado. As emissões globais estão a acelerar. Na década em que Quioto foi concebido e assinado, a década de 1990, as emissões com efeito de estufa de combustíveis fósseis e da indústria cresceram a uma taxa de 1,1% ao ano. No começo da década de 2000, tinham crescido mais de 3% por ano e continuam a aumentar...A atmosfera já contém cerca de 430 ppm de gases com efeito de estufa. Para evitar as consequências piores das alterações climáticas teremos de parar no equivalente a 450 ppm. Falando em termos aproximados, para este número ser alcançado os países industrializados terão de reduzir até meados do século as suas emissões em 80% relativamente aos valores de 1990." in Hot Topic como combater o aquecimento global de Sir David King e Gabrielle Walker


Como se pôde ignorar isto?
Realmente a maior parte das coisas que sei sobre ambiente foi devido única e exclusivamente à minha pesquisa.
Inclusivamente o meu professor de economia teve o desplante de dizer que a história do Buraco do Ozono era uma manobra da economia para vender novos frigoríficos (aqueles que não emitem CFC)! Claro que o ser egoísta como ele e Adam Smith se referem aos membros da sociedade não inventariam uma tecnologia nova para ajudar o ambiente mas sim os seus bolsos?
É isto que querem formar? meter-nos na cabeça que somos todos egoístas, lutar cada um para o seu lado, tentar ser melhor que os outros a todo o custo e competir como se fosse uma questão de sobrevivência por um hipotético lugar numa empresa onde de novo se estratificariam lugares e se hierarquizavam a importância de cada um? é formar ignorantes, marrões que só empinam fórmulas e demonstrações?

Ao longo da minha experiência académica tive também de lidar com os critérios de avaliação e correcção mais ridículos possíveis: por exemplo, este ano, a uma cadeira tínhamos um exame constituído por duas partes: a primeira eram 5 múltiplas e a segunda parte eram exercícios, o problema é que só olhavam sequer para os exercícios de passássemos na primeira parte, ou seja, o máximo que podíamos errar eram 2 múltiplas! Com múltiplas a descontar e como ou até podia haver mais que uma resposta certa, podiam estar todas certas ou todas erradas...muita gente nem lhes foi corrigida a segunda parte!
Também se não fizermos trabalhos nem podemos ir a exame, se fizermos trabalhos e chumbarmos no teste pratico não podemos ir a exame...
Outro fenómeno interessante, nunca em toda a minha vida conheci tantas pessoas e falei com tantas apesar de as conversas serem para papaguear o "Olá tudo bem?" vezes sem conta. Conheci muita gente, muito diferente, mas ambas mostraram que tinham alguma aversão a que pessoas dissessem a sua opinião, especialmente quando essa opinião era diferente da delas, e isso vai dos vaidosos e arrogantes praxistas ao pessoal anti-system que se inspira nas vestes dos anos 70 e no grunge. 
Sou daquelas pessoas que diz o que pensa sem eufemismos, com a maior frontalidade que consigo...muitas vezes isso também me traz problemas e é isso a que se deve a minha impopularidade.
Outro aspecto importante é o facto de para além do processo de conhecer coexistir o de desconhecer, ou só conhecer às vezes. É o seguinte: umas vezes as pessoas falam-se, outras fingem que não se conhecem e assim de vez em quando conhecemo-nos, de vez em quando não. Nunca conheci e desconheci tanta gente!
Por isso mesmo sou a outsider da faculdade, tenciono estar o mais longe de pessoas para as quais não tenho paciência alguma.
A competição é uma constante. O futuro? a maior parte tende a ver o futuro só como deles e vêm-se como mais um mero empregado destinado a dar lucro a uma qualquer empresa enquanto faz a vida como sempre a conheceu, igual aos seus pais, fechados naquele Universo quotidiano, sem sairem da sua vidinha.
Parece que cada um puxa a corda para o seu lado no instinto primitivo de sobrevivência que se resume a status, posição social e reconhecimento. Já na faculdade começam a competir de imediato para um possível emprego e em vez de se unirem esforços e vontades fragmenta-se tudo.
Não aturo esse tipo de pessoas, como a maioria é assim evito a sua presença.   
Eu já tentei mudar e não resultou não posso ir contra a minha natureza e descobri que de facto eu não quero mesmo ser aceite em nenhuma elite ou grupo. 
Estou cansada de toda aquela repetição de tudo e vai-me faltando a força e paciência, tentei dar-me com todo o tipo de pessoas mas não dá mesmo.
Detesto tanto as minhas vivências passadas e actuais na faculdade ao ponto de nem conseguir sair com o pessoal da faculdade.  
Quase toda a gente agora só sai com os novos amigos da faculdade o que é natural tendo em conta que quase não passamos tempo fora dela e acabamos por nos dar com as pessoas de lá mas que eu queria é uma desintoxicação de tudo aquilo, depois das aulas não me vejo a sair com alguém que me lembre aquele sítio.
 Parece que a faculdade de hoje em dia é mais um processo de domesticação mental com destruição do espírito criativo e crítico e o que se traduz na perda da essência nata na procura pelo conhecimento.
 Por isso quando a faculdade acabar (todos os dias sonho com esse dia), eu não terei saudades!