segunda-feira, 30 de maio de 2011

Porque é que o Zé Povinho não tem emprego em Portugal?

É mais um dia do quotodiano simples de um desempregado português: o Zé povinho acordo com o som estridente do seu despertador made in Taiwan, toma banho, escova os dentes com a sua escova made in Indonesia, calça os seus sapatos made in China, a sua t-shirt made in Bangladesh,o seu blazer made in Italy e as suas calças de ganga made in Mexico, toma o seu pequeno-almoço enquanto vê as notícias na TV que insistem a focar a crise económica e financeira e depois dirige-se para o seu automóvel volswagen made in Germany para ir ao centro de emprego e a uma entrevista de emprego (uma das muitas que já fez). Ao fim do dia vai a uma cadeia de hipermercados alemã, o Lidl comprar maçãs da Argentina, bananas do Equador, laranjas da Espanha, uvas do Chile, morangos da França, bacalhau da Noruega, sardinhas pescadas em Portugal por frotas espanholas, chocolate da Suiça, azeite da Grécia, bolachas da Bélgica, pizzas da Itália entreoutros enlatados importados. depois vai atestar o depósito a uma bomba de gasolina e vê que o preço do petróleo importado da Arábia Saudita infaccionou bastante! Recebe uma mensagem no seu telemóvel Nokia made in Finland, os seus amigos querem combinar um café, as conversas andam sempre à volta da mesma coisa: a crise...
Chegada à casa o Zé povinho senta-se no seu sofá turco, liga a sua TV made in Japan que está bem assente sobre a sua estante Ikea made in Sweden, bebe a sua Carlsberg made in Denmark e pergunta-se a si mesmo do porquê de não conseguir arranjar emprego em Portugal...

domingo, 29 de maio de 2011

FMI OUT!


Estou como o meu camarada Jerónimo de Sousa: FARTA DE TROIKAS E BALDROICAS, embora não seja do PCP embora não tendo ideiais comunistas, embora não sabendo em quem votar, embora não trabalhe (sou estudante), embora não tenha dificuldades económicas porque felizmente nunca nada me faltou mas não posso deixar de me revoltar perante esta injustice e mesquinhez política que está a acontecer no país, agora as pessoas vão ter a oportunidade de mostrar o que pensam mesmo deste rumo nas eleições.
Eu sinceramente não sei em quem votar mas de certeza não votarei na troika que é como quem diz o PSD, PS e CDS, aqueles pertidos que assinaram o acordo com o FMI para salvar segundo eles o nosso sistema bancário.
Acredito que este sistema bancário esteja cheio de buracos, afinal há imensa corrupção embora não haja presos nem julgamentos, mas já os meios de comunicação internacionais nomeadamente nos EUA vieram publicar um artigo sobre a corrupção em Portugal, a dizer que havia muito branqueamento de capitais e lavagens de dinheiro...enfim ladroagem, mas que a nossa justiça (se é que lhe podemos chamar isso) de nada fez para prender essas pessoas e parar os seus esquemas. Exemplo disso são os submarinos que Portugal comprou à Alemanha e não servem para nada (acho que um até avariou), houve corrupção para comprarmos esses "brinquedos" o resultado foi que na Alemanha essas pessoas foram julgadas e em Portugal não.
Desde que comecei a ouvir falar da crise lembro-me de pelo menos ter visto um banco a falir: o BPN e pessoas a ficarem sem nada das poupanças de uma vida, pessoas que não viajavam e se sacrificavam para no final o dinheiro delas desaparecer como magia, claro que o Estado (ou seja nós directa ou indirectamente) cobriu esses buracos, aliás é para isso que serve o Estado aqui e vê-se com as parcerias público-privadas: o lucro é do accionista, o prejuízo do contribuinte...não deixa de ser curioso também muitos políticos serem muito amiguinhos desses ex-bancários que lhes subsidiaram as campanhas, não deixa de ser mais curioso as pessoas saberem isso, não deixa de ser mais curioso as pessoas votarem neles...consecutivamente...
Não posso deixar de ficar absoloutamente chocada quando vejo o nosos primeiro ministro a anunciar na TV que o acordo com o FMI foi bom para Portugal porque não tem isto nem aquilo nem acoloutro...mas afinal o que é que tem???? Não posso deixar de ficar chocada quando ainda a uma semana das eleições não está esclarecido o programa que assinado com a troika, não posso deixar de ficar chocada quando vejo que aqueles mesmos 3 partidos que assinaram com a troika o MESMO programa agora estão todos em desacordo e entram numa demagogia populista e foleira atacando-se mutuamente...e aqueles que não assinaram o acordo fazem agora campanha eleitoral com o slogan "renegociar a dívida", quando eles não negociaram nada porque não quiseram!
Não posso deixar de ficar chocada quando para dinamizar a economia acham que se deve poder despedir sem justa causa e pôr os trabalhadores a pagar a sua própria indeminização, não posso deixar de ficar chocada quando aumentam o IVA de bens essenciais para 25% e o golfe é a 6%,não posso deixar de ficar chocada quando soube que a União Europeia paga aos nossos agricultores para não produzirem, não posso deixar de ficar chocada quando a Dona Merkell pensa que Portugal é uma colónia alemã, não posso deixar de ficar chocada quando NÃO NOS DIZEM QUANTO TEMOS MESMO DE PAGAR, ATÉ QUANDO E A QUEM, não posso de ficar chocada quando NENHUM CORRUPTO É PRESO por outro lado até parece que são protegidos e portanto não escondo a minha indiganação quando soube que a luta contra a corrupção não faz parte da agenda do FMI em Portugal.
A minha sincera opinião é que isto tudo é um grande barrete que nos querem enfiar, até porque já vários os economistas que dizem que nós efectivamente não vamos conseguir pagar esta dívida! Qual será o objectivo deles? Roubarem o que ainda falta roubar? Como é que criando mais recessão (despedimentos, cortes salariais, benefícios sociais) se pode criar crescimento? Como é que ao endividarmo-nos ainda mais podemos pagar alguma dívida?
 Sinceramente a União Europeia e o Euro que se dane, em Portugal nem se fez um referendo para saber se queríamos a moeda única e depois tudo inflaccionou para o dobro enquanto que países como a Suécia e a Dinamarca sensatamente o rejeitaram!Ganhámos alguma coisa com o Euro mesmo?Não! piorou tudo, TUDO!!! Mas agora sair era boa ideia? também não de todo! Estamos numa encruzilhada...das grandes!
Até o anterior presidente do Brasil Lula da Silva disse que o FMI nada resolveu no Brasil, e olhem para a Grécia e para a Irlanda...melhoraram???NÃO, ELES NÃO CONSEGUEM PAGAR A TAL DÍVIDA...
 O meu país tem capacidades de produzir frutas não precisa de ir buscá-la a outras terras, o meu país tem mar e pescadores não precisa que as frotas estrangeiras pesquem por eles, o meu país tem sol não precisa de exportar tanto petróleo se investir em renováveis, no meu país faz bom tempo construam ciclovias para as pessoas andarem de bicicletas! No meu país havia indústrias que fecharam o Alentejo era uma zona produtiva nacional agora é um deserto! E pensar que acabámos com a indústria também por acordos europeus, era a condição de nos finaciarem dinheiro para infra-estruturas como estradas...
Que tal as pessoas exigirem saber a verdade?

Bem então hoje recebi este mail que está a circular por aí e ilustra bem a revolta das pessoas:
"O FMI QUE SE DANE PORRA !!! sempre trabalhei honestamente, sempre paguei os impostos que me exigiram !... se não paguei mais foi porque também nunca me pediram mais !... sempre me sacrifiquei pelo país e pelos portugueses e governantes !... sempre me levantei bem cedo com muito sacrifício e me apresentei a horas para trabalhar !.... eduquei todos os meus filhos com muita determinação mas também com muitas dificuldades !... tenho automóvel mas paguei-o com as taxas de juros que me exigiram MAIS o valor acrescentado do respectivo imposto e nunca falhei !... para circular pago sempre a tempo e horas o respectivo imposto de circulação !... pago a água, a luz a renda de casa e nunca roubei nem gamei alguém para adequirir casas próprias !... nunca falsifiquei documentos nem apresentei falsos rendimentos do meu trabalho !... até emprestei dinheiro ao governo com as condições de o reembolsar passado o ano (irs) !... os governos beneficiaram sempre dos juros a prazo do excedente retido !...



AGORA QUE PORRA É ESTA ??? .... NÓS TEMOS QUE NOS SACRIFICAR PELO PAÍS PARA O SALVAR DA CRISE ! ... NÓS, NÓS, NÓS, NÓS NÓS NÓS NÓS NÓS NÓS...
NÓS QUEM ???


ELES... QUEREM DIZER !!! OS QUE ROUBARAM, MALTRATARAM, GAMARAM, VIOLARAM E MATARAM .... E ATÉ MATARAM VERDADEIRAMENTE QUANDO CONFRONTARAM HOMENS DE TRABALHO COM A SUBMISSÃO ÀS REFORMAS COMPULSIVAS, MILHARES DE SERES HUMANOS NOSSOS PORTUGUESES, POVO TRABALHADOR QUE NUNCA IMAGINOU FICAR SEM NADA FAZER ... E AO DEUS DARÁ !!!


BANDIDOS ESSES QUE PAGUEM AGORA PELO MENOS POR UMA ÚNICA VEZ !!!....


NÃO CONTEM COMIGO !!!....


Diário da República nº 28 - I série (para que se divulgue...)


Para:


"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas...'
Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896


Diário da República nº 28 - I série- datado de 10 de Fevereiro de 2010 - RESOLUÇÃO da Assembleia da República nº 11/2010.


Poderão aceder através do site http://WWW.dre.pt


Algumas rubricas do orçamento da Assembleia da Republica


1 - Vencimento de Deputados .................................................12 milhões 349 mil Euros


2 - Ajudas de Custo de Deputados.............................................2 milhões 724 mil Euros


3 - Transportes de Deputados ...................................................3 milhões 869 mil Euros


4 - Deslocações e Estadas .........................................................2 milhões 363 mil Euros


5 - Assistência Técnica (??) .......................................................2 milhões 948 mil Euros


6 - Outros Trabalhos Especializados (??) ...................................3 milhões 593 mil Euros


7 - RESTAURANTE,REFEITÓRIO,CAFETARIA...............................................961 mil Euros


8 - Subvenções aos Grupos Parlamentares................................................970 mil Euros


9 - Equipamento de Informática ................................................2 milhões 110 mil Euros


10- Outros Investimentos (??) ....................................................2 milhões 420 mil Euros


11- Edificios ...............................................................................2 milhões 686 mil Euros


12- Transfer's (??) Diversos (??)................................................13 milhões 506 mil Euros


13- SUBVENÇÃO aos PARTIDOS na A. R. .................................16 milhões 977 mil Euros


14- SUBVENÇÕES CAMPANHAS ELEITORAIS ...........................73 milhões 798 mil Euros


NO TOTAL a DESPESA ORÇAMENTADA para o ANO de 2010, é :? 191 405 356,61 (191 Milhões 405 mil 356 Euros e 61 cêntimos) - Ver Folha 372 do acima identificado Diário da República nº 28 - 1ª Série -, de 10 de Fevereiro de 2010.


É VERGONHOSO....,O POVO É QUE TEM DE PAGAR !!!!!!!!!!!! REPASSEM PARA QUE TODOS SAIBAM ACERCA DOS QUE FALAM EM NOME DO POVO E DOS INTERESSES DO PAÍS


O porquê de Portugal estar na falência!


Como se chama a isto em Português?




420.000,00 ?TAPadministradorFernando Pinto


371.000,00 ?CGDadministradorFaria de Oliveira


365.000,00 ?PTadministradorHenrique Granadeiro


250.040,00 ?RTPadministradorGuilherme Costa


249.448,00 ?Banco PortugaladministradorVítor Constâncio


247.938,00 ?ISPadministradorFernando Nogueira


245.552,00 ?CMVMPresidenteCarlos Tavares


233.857,00 ?ERSEadministradorVítor Santos


224.000,00 ?ANA COMadministradorAmado da Silva


200.200,00 ?CTTPresidenteMata da Costa


134.197,00 ?ParpublicaadministradorJosé Plácido Reis


133.000,00 ?ANAadministradorGuilhermino Rodrigues


126.686,00 ?ADPadministradorPedro Serra


96.507,00 ?Metro PortoadministradorAntónio Oliveira Fonseca


89.299,00 ?LUSAadministradorAfonso Camões


69.110,00 ?CPadministradorCardoso dos Reis


66.536,00 ?REFERadministradorLuís Pardal: Refer


66.536,00 ?Metro LisboaadministradorJoaquim Reis


58.865,00 ?CARRISadministradorJosé Manuel Rodrigues


58.859,00 ?STCPadministradorFernanda Meneses


3.706.630,00 ?
51.892.820,00 ? Valor do ordenado anual (12 meses + subs Natal + subs férias)
926.657,50 ? Média Prémios


52.819.477,50 ?

900,00 ? Média de um funcionário público




58.688,31 - nº de funcionários públicos que dá para pagar com o mesmo dinheiro...




E DEPOIS AINDA QUEREM SABER SE A MALTA


ESTÁ DISPOSTA A ABDICAR DO SUBSÍDIO DE


FÉRIAS E/OU NATAL PARA AJUDAR O PAÍS...






DISTRIBUAM e CIRCULEM"



FMI=fome-e-miseria-internacional
a-ajuda-do-fmi
Eleições-2011
BPN um banco de todos
Escândalo-do-BPN

Big Bang Humano


Durante a maior parte da História da humanidade o crescimento da população humana processou-se de forma lenta mas com a melhoria das condições de vida pelas descobertas cientificas que permitiram controlar epidemias e aumentar os rendimentos de produção alimentar e exploração de recursos terrestres (acima de tudo os energéticos) a população aumentou drásticamente e de forma exponencial. Mas a produção alimentar e o uso de recursos e energia não têm aumentado graças à própria capacidade industrial, mas porque a população em crescimento exponencial tem vindo a reclamar mais alimentos, materiais e energia e, até este momento, tem conseguido produzi-los. A poluição e os desperdícios têm aumentado da mesma maneira porque são originados pelas quantidades cada vez maiores de materiais movimentados e energia consumida pela economia humana em crescimento. A população e o capital são capazes de crescimento exponencial mas o mesmo não acontece com a maior parte dos recursos energéticos dos quais somos quase totalmente dependentes (combustíveis fósseis: petróleo, carvão e gás natural) e o mesmo não acontece com outros recursos terrestres como os alimentares, como a água, a madeira, solo agrícola,cimento, etc. E nós estamos conscientes da desflorestação, da escassez de água que já levou a vários conflitos terríveis (nomeadamente em Darfur, uma região anteriormente pacífica), da fome no Mundo, e da crise económica mundia que muito advém da perigosa estagnação de recursos. Quanto à questão alimentar há uma franca desigualdade no Mundo pois temos uma parte do Mundo sobrenutridada (países desenvolvidos, nomeadamente os EUA) e outra parte subnutrida (países subdesenvolvidos , nomeadamente em África), isso deve-se a muitos factores mas o principal é uso da tecnologia nos países mais ricos que permite através de técnicas e químicos agrícolas produzir mais e mais alimentos…não obstante o solo também pode-se esgotar. Exemplo disso é a floresta Amazónia cujas terras são usadas para alimentar o gado usado para produzir carne, uma vez desbravadas assim essas terras não voltam a recuperar tão cedo o que acelera ainda mais o processo de desflorestação.

                                                               Big Bang Humano
Como a população humana tem crescido de forma explosiva alguns demógrafos usam o termo: Big Bang Humano para se referirem a este aumento populacional.
Estima-se que em 8000 A.C (Antes de Cristo) a população humana era de aproximadamente 5 milhões e 50 milhões em 5000 A.C, cifrando-se em cerca de 200-300 milhões à data do nascimento de Cristo. Contudo durante a Idade Média devido à precaridade, guerras, fome e ao alastramento de doenças como a peste negra mais de metade da população europeia e asiática foi eliminada. A partir do século XVII a população aumenta novamente devido a vários factores, nomeadamente a prosperidade do advento comercial e o progresso científico o que levou à Revolução Industrial no século XIX que reuniu as condições propícias ao início da explosão demográfica, que até hoje não parou.
Para termos uma noção mais concreta deste fenómeno, em 1650 (século XVII) a população mundial andava pelos 0,5 mil milhões e crescia a cerca de 0,3 % ano, o que correspondia a um período de duplicação de quase 250 anos. Por volta de 1900 (século XX) a população tinha atingido os 1,5 mil milhões e crescia a 0,5% ao ano, com um período de duplicação de 140 anos. Por volta de 1970, a população totaliza os 3,6 milhões e a média de crescimento aumentara para 2,1 % ao ano. Não era um crescimento simplesmente exponencial, era superexponencial – a taxa de crescimento também crescia . E crescia por uma óptima razão: a taxa de mortalidade diminuía. As taxas de natalidade também caíam, mas muito mais lentamente. Portanto, a população aumentava.

Quadro 1: Acréscimos à população mundial entre 1971 e 1991

Ano População (milhões) x Taxa de crescimento (por ano) = População Acrescentada (milhões)

1971 3600                     x           2,1 %                            =          76

1991 5400                    x           1,7%                              =          92

Entre 1971e 1991, as taxas de mortalidade continuaram a descer, mas as taxas de natalidade médias caíram ligeiramente mais depressa e embora a população crescesse de 3,6 mil milhões para 5,4 mil milhões, a média de crescimento caiu de 2,1% para 1,7%. É uma alteração significativa, mas não quer dizer que o crescimento exponencial esteja em vias de se estabilizar porque a taxa de crescimento populacional não desceu com a mesma velocidade com que aumentou a base populacional. Portanto, continua a aumentar o nº de pessoas todos os anos. Os 92 milhões acrescentados em 1991 equivalem a acrescentar a esse ano as populações totais da Alemanha, Suiça e Áustria- ou cerca de 6 vezes a cidade de Nova Iorque- ou, mais precisamente, já que 90 % desse aumento se verificou no 3º Mundo, equivale a somar num ano a população total do México e das Honduras.
Mesmo com as projecções extremamente optimistas, em que se consideram mais diminuições das taxas de natalidade, teremos de contar com um enorme aumento populacional, especialmente nos países menos industrializados.
E enquanto o tempo passa a população humana cresce actualmente de 80-90 milhões de pessoas por ano, o equivalente à população do Canadá em cada 4 meses e à dos EUA em cada 2 anos e meio! A maior parte deste crescimento ocorre em países menos desenvolvidos, regiões onde muitos dos recursos se encontram em vias de esgotamento face à pressão exercida pelas populações actuais. Sendo que nesses países menos desenvolvidos o seu crescimento económico baseia-se na importação de matérias primas para países desenvolvidos, o que agrava ainda mais a situação de crescimento populacional e disponibilidade de recursos nesses países.

Quadro 2: Crescimento da população humana no século XX

População mundial (milhões)   Ano

1000                                     1804
2000                                     1927 (123 anos depois)
3000                                     1960 (33 anos depois)
4000                                     1974 (14 anos depois)
5000                                     1987 (13 anos depois)
6000                                     1999 (12 anos depois)

Interpretando o quadro anterior podemos concluir que a população humana duplicou no espaço de cerca de 40 anos de 3 mil milhões em 1960 para 6 mil milhões em 1999! E pensar que para a população humana atingisse um valor total de 100 milhões de pessoas ( o que ocorreu próximo do sec XIX) foram precisos séculos!
Hoje, muitas previsões para 2050 giram em torno de 8,4 a 9,5 bilhões de seres humanos - ou seja, 3 bilhões a mais.

Gráfico 1: evolução da população Mundial ao longo dos séculos

O crescimento da população humana é semelhante a qualquer outro organismo e está sujeito aos mesmos princípios e mecanismos reguladores por isso vejamos outro exemplo de crescimento populacional:

Em 1944 foram introduzidas pela primeira vez 29 renas na ilha de St. Mathew (Mar de Bearing), esta ilha tinha um tipo de vegetação abundante especialmente boa para a alimentação destes animais, e não tinha qualquer predador que lhes “dificultasse a vida”…

A razão é simples: quando introduzimos uma espécie num sistema que lhe é favorável, mas onde ela não evoluiu naturalmente, o sistema não tem tempo para se adaptar e raramente se atinge um equilíbrio porque essa espécie se reproduz fortemente e consome o recurso rapidamente até à exaustação transformando-se numa praga. É o que se está a passar incontestavelmente com a população humana nós somos a praga Homo Sapiens!
Crescemos de forma exponencial devido ao nosso desenvolvimento económico impulsionado pelo desenvolvimento científico e estamos prestes a esgotar muitos recursos terrestres : água, energia, solo, etc. Estes recursos dos quais dependemos não estão a acompanhar o nosso crescimento exponencial populacional, apenas parece que estão sempre lá devido às técnicas científicas de exploração de recursos…mas um dia, se nada for feito, atingirá um pico que pode levar à extinção em massa de todos os humanos após estes terem levado a biodiversidade quase toda que também dependia dos recursos terrestres para a extinção! É preciso agir e é preciso agir já!

                                                               Teoria Malthusiana
Mas esta teoria irrefutável já tinha sido discutida há cerca de 200 anos atrás por Malthus, fundador da teoria Malthusiana, naquela altura ninguém deu crédito à sua teoria e assim foi durante muito tempo, mas agora é mais que evidente que Malthus tinha razão. O prémio Nobel de Economia de 2008, Paul Krugman, demonstrou que Malthus tinha razão em sua época.
Na economia malthusiana os seres humanos são condicionados por três factores interligados: a produção de bens (essencialmente alimentos, vestuário e habitação), a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. Quando a produção aumenta devido a alguma inovação tecnológica, o mesmo acontece com os nascimentos. Porém, precisamente por haver mais gente, a procura de produtos cresce ao ponto de não serem suficientes para todos. Nessa altura, a qualidade de vida diminui e a percentagem de mortes aumenta. A economia malthusiana representa, aparentemente, um eterno conflito entre ritmo de crescimento dos povos e o da produção de alimentos. No entanto a mensagem de Malthus é mais subtil, pois vaticina que o desenvolvimento económico não poderia melhorar a condição humana a longo prazo enquanto a fertilidade se mantivesse naturalmente estável. No mundo pré-industrial, qualquer avanço tecnológico esporádico produzia um aumento demográfico, mas não maior riqueza ou bem-estar. A lógica malthusiana é contrária à intuição. Por exemplo, qualquer progresso em termos de higiene irá dar origem a mais nascimentos, o que fará diminuir a qualidade de vida, pois mais pessoas terão de sobreviver com os mesmos recursos mesmo que a população tenha crescido. Se, pelo contrário, a mortalidade subir devido a guerras ou pandemias, os recursos dos sobreviventes aumentam de forma significativa. Por exemplo, a Peste Negra fez com que os rendimentos dos trabalhadores ingleses, em 1450, fossem três vezes superiores aos de 1300. Ao reduzir drasticamente a população, a pandemia veio aumentar a qualidade de vida dos que permaneceram imunes.
Outro exemplo: um estudo de 1999 sobre gnus do parque Nacional do Serengueti, na Tanzânia, indica que 75 % das taxa de mortalidade desses mamíferos, observada DURANTE 40 anos, se deveu à malnutrição. Encurraladas na dinâmica da sobrevivência darwinista, as sociedades malthusianas não sofriam de miséria ou eram desditosas por serem mal governadas, os seus males decorriam apenas do aumento da população e dos recursos limitados. Concluindo, Malthus vaticinou que a produção de alimentos não seria suficiente para suportar o aumento da população o que impediria a sociedade de crescer para além do nível da subsistência.

                                         Tendência para a desigualdade
As assimetrias do nível de vida entre países ricos e pobres conduzem a uma partilha desigual dos recursos naturais e a uma produção desproporcionada de poluentes e resíduos. Os norte- americanos, por exemplo, consomem cerca de 25 % dos recursos globais e produzem 25 a 50 % do total de resíduos industriais, embora representem menos de 5 % da população mundial. Os países mais desenvolvidos perfazem cerca de 20% da população mundial mas consomem mais de metade da maioria dos recursos. Há cada vez mais gente no Mundo e cada vez mais gente a querer viver com as mesmas condições dos países desenvolvidos: 20 % da população consome mais de 50 % dos recursos terrestres e os outros 80 % da população anseiam vir a viver como nós! Efectivamente, a explosão demográfica cria um cenário preocupante.


                                                         Earth overshoot day
O dia da Superação ou Earth Overshoot Day em inglês equivale ao dia em que a população humana esgota os recursos produzidos num ano pela biosfera ou ecosfera. Quando esse dia chega significa que estamos além do que o planeta nos pode oferecer, ou seja superámos a biocapacidade da Terra.O primeiro dia da superação ocorreu a 31 de Dezembro de 1986, em 1996 no início de Novembro e em 2007 a 6 de Outubro , em 2008 esse dia foi a 23 de Setembro. Para fazer este cálculo, a Global Footprint Network compara o ritmo em que, a cada ano, a natureza produz seus recursos - alimentos, combustíveis, etc - e assimila os detritos, e o ritmo anual em que a humanidade consome esses recursos e produz detritos. Quando superamos as possibilidades terrestres, atingimos o dia da superação.
Os pesquisadores avaliam a pegada ecológica do Homo sapiens em hectares terrestres.
A OCDE dá esta definição: “A medida da superfície biologicamente produtiva necessária para suprir as necessidades de uma população humana ”. Os últimos cálculos mostram que superamos amplamente a nossa cota - em escala global. Hoje a Terra só pode oferecer 1,78 hectare global (hag) por habitante, nem um centímetro quadrado a mais!!! Mas o consumo mundial actual exige 2,23 hag produtivos per capita. E os cálculos mostram que se o conjunto da população humana adoptasse hoje o modo de vida dos europeus e dos americanos - carros, água quente à vontade, carne todos os dias, energias fósseis conforme necessário… - seria preciso ter uma superfície de quatro a cinco planetas Terra.
Certo é que as novas classes médias chinesas e indianas começaram a viver no estilo ocidental e quem poderá censurá-las?

                       Principais consequências da explosão da bomba P
A bomba P refere-se ao crescimento rápido da população e tem como consequência primordial o esgotamento da capacidade de satisfação das suas necessidades básicas, nomeadamente em termos energéticos e materiais (incluindo os alimentares), além de promover incrementos das taxas de degradação ambiental.
Se a população humana cresce de forma exponencial (1, 2, 4, 8, 16, 32…) e os recursos, de forma aritmética (1, 2, 3, 4, 5…) como defendia Malthus, inevitavelmente iríamos rumo ao esgotamento dos bens, da fome, da guerra de todos contra todos.
Parece que já somos numerosos demais numa Terra de recursos finitos e a nossa demografia não é só a causa de nossos problemas ecológicos, mas também políticos, sociais, militares que levam a tensões, guerras e todo o tipo de conflitos bem como a crises económicas.
Os números da ONU anunciam uma população de 9 bilhões de seres humanos em 2050, e prevê-se um perigoso desequilíbrio demográfico entre a África e a Europa, que envelhece - sinónimo de tensões nas fronteiras e de uma imigração de risco -, assim como “distúrbios” e “violência” nos países onde a população vai triplicar - Afeganistão, Libéria, Níger, República Democrática do Congo - ou duplicar - Etiópia, Nigéria, Iêmen.
Não sabemos exactamente qual é a capacidade de suporte máxima da Terra para sustentar a pressão demográfica humana. Contudo, as estimativas disponíveis apontam para valores compreendidos entre 5 biliões e 20 biliões de pessoas. A única certeza que temos é que a capacidade de suporte da Terra não é infinita e que é preciso travar a bomba P, ter noção dos nossos limites ecológicos e edificarmos uma sociedade sustentável , respondendo à questão: quantas pessoas podem viver em condições neste planeta?


sábado, 28 de maio de 2011

sátira económica: Seis Chineses e um americano



Esta história foi retirada do livro: "A Economia não existe" de Antonio Baños Boncompain, e eu acho que tem tudo a ver com oactual modo de "vida" vigente.

" É conhecida aquela anedota dos sete náufragos numa ilha deserta. Seis deles são orientais e o sétimo é um norte americano muito gordo. No primero dia, são distribuídas as tarefas que todos deverão cumprir de modo a permanecerem vivos. Um ficará encarregue da lenha, outro da pesca, um terceiro da caçã, o seguinte da construção de um abrigo, etc.. Por fim, decidem que o norte-americano deve dedicar-se apenas á tarefa de comer. E assim fazem. Em cada manhã, os seis asiáticos aplicam-se na execução das funções e chegada a noite, esmeram-se na oferta de um magnífico banquete ao norte-americano, o qual , farto de tanta comida, acaba sempre por deixar restos insuficientes para a alimentação dos seis infelizes.
Qualquer pessoa a quem fosse relatado o estranho comportamento dos náufragos levarias as mãos à cabeça e exigiria, no mínimo o exílio do prepotente cara-pálida. Contudo, se explicarmos esta história a um economista ortodoxo, neoclássico, daqueles de cátedra e de tertúlia, a sua análise será tão surpreendente quanto ilustrativa. Afirmará que de facto, os seis asiáticos necessitam do norte-americano porque este constitui, na realidade o motor da economia local. Sem ele e a respectiva voracidade, nunca se teriam desenvolvido as artes da pesca, nem construído infra-estruturas como cabanas, tigelas ou canoas. A percentagem de pescado ou de legumes recolhidos desceria para níveis preocupantes. O PIB, os indicadoresde emprego e actividade seriam os de uma ilha subdesenvolvida. O apetite pantagruélico do norte-americano ocioso foi o que obrigou os asiáticos a realizar uma forte inversão de I+D de modo a maximizar os recursos da ilha. Sem o americano, ninguém teria sido obrigado a aprender a recitar monólogos nem a compor canções de modo a entreter o comensal durante a refeição, pelo que as artes cénicas nunca se teriam desenvolvido na ilha, ostentando assim, um ínfimo nível cultural. Para além de tudo isto, a obrigação de cozinhar um banquete diário fez com que se multiplicassem os contactos sociais entre asiáticos, que se viram obrigados a criar sistemas de coordenação, de repartição de trabalho e distribuição dos recursos,redundando numa maior, mais eficaz e mais completa complexidade social, o que com o tempo, lhes permitirá preparar banquetes cada vez mais elaborados, facto que despertará neles dotes de iniciativa e liderança.
Torna-se por isso, bastante evidente que o desenvolvimento económico seria inconcebível não fora a presença do nosso amigo americano. Se morresse de uma apoplexia, o mais provável é que os sobreviventes trabalhassem apenas três ou quatro horas de modo a assegurar a sua subsistência e passassem o resto do dia deitados. Isso daria origem a uma quebra da produtividade, e levaria à ruína a emergente nação insular. Cada um permaneceria no seu bocado de praia e a estrutura de comando e funções acabaria por se dissolver. Passariam a levar uma vida muito próxima da bestialidade. A ausência de um objectivo comum, de um trabalho, em resumo, faria deles indivíduos preguiçosos e desconfiados.Seria apenas uma questão de tempo até surgirem querelas, desprezo e orgulho entre os outrora submissos e coperantes asiáticos. A morte do americano constituirá a desgraça dos asiáticos.

Esta história, nascida dos engenhosos grupelhos de Wall Street nos velhos dias de euforia, descobriu nos últimos achados da arqueologia uma confirmação surpreendente: de acordo com esses dados, e segundo as últimas teorias sobre a Revolução Neolítica tudo leva a crer que os primeiros cultivos, a primeira agricultura, nasceram devido às ordens do "norte-americano" da aldeia, e com um único objectivo: reforçar, mediante a acumulação de alimentos, o seu estatuto dentro da tribo. Estudos feitos há cerca de cinco anos, nos restos arqueológicos dos primeiros agricultores do Médio Oriente, indicam que estes viviam substancialmente menos tempo e em condições muitom mais insalubres que os caçadores-recolectores que os antecediam. Ou seja, as sociedades que produziam mais alimentos, as que eram excdentárias, possuíam, paradoxalmente, uma população mais sujeita aos rigores do trabalho e da tirania.
Como se vê, a necessidade de acumular recursos pode ser positiva para a história económica, para o anafado norte-americano da ilha, para os cmerciantes holandeses do século XVIII ou para o banqueiro contemporâneo, mas não é obrigatóriamente para a maioria das pessoas dessa e de outras ilhas, cujas expectativas passam por levar uma vida simples e confortável.

Crise e Especulação



A realidade económica é uma realidade social, a economia de um país reflecte-se nas condições de vida (ou ausência delas) de um país.
Quanto a mim as principais causas desta crise mundial são essencialemente quatro:
1º)corrupção (inclui lavagens de dinheiro, desvios de dinheiro, pouca credibilidade bancária).
2º)especulação.
3º)capitalismo e consumismo desenfreado (o que também leva as pessoas a pedir créditos para comprar coisas que não podem efectivamente pagar).
4º)Limites de crescimento isto é a sobreexploração de recursos naturais da Terra para suportar este estilo de vida moderno, anti-natura, capitalista e destrutivo para além do excesso populacional.


"As empresas globais estão a transformar-se em empresas virtuais. Apesar da melhoria das condições de gestão para o exercício de gestão o mundo empresarial não é imune às consequências das crises inerentes à volatilidade do movimento de capitais.
O que é uma crise? É um aumento de desordem e incerteza do meio de um sistema. A desordem é provocada pelo bloqueio de dispositivos organizacionais nomeadamente reguladores. Crises são sinais de mudança, momentos que requerem decisões. A crise pode ser fonte de progresso ou recessão."
 Fonte: livro "Gestão de Empresas-Princípios Fundamentais" de José Eduardo Carvalho

Quanto á especulação encontrei no livro: "Introdução à Macroeconomia" de Francisco Louçã, João ferreira do Amaral entre outros autores os seguintes esclarecimentos:


O que é a especulação?
Existe um comportamento especulativo sempre que um agente económico compra um determinado activo (seja uma mercadoria seja um título financeiro) com a intenção de o vender posteriormente a um preço superior. O especulador compra activos com a intenção de obter ganhos que mais tarde pode auferir com a venda. Os activos que são objecto de compras e vendas especulativas são principalmente mercadorias não perecíveis, recurosos naturais e títulos.

O que é a Bolsa?
É uma instituição pública, semi-pública ou privada onde se realizam as transaçções de títulos e se estabelecem, consequentemente, pelo jogo da oferta e da procura os valores das cotações dos títulos, cotações essas que são tornadas públicas em cada momento. A enorme maioria das transacções de acções em Bolsa refere-se a transacções especulativas.

Quais as consequências da especulação?
Uma actividade intensa de especulação financeira ou monetária tem normalmente efeitos negativos sobre a actividade económica. Ao aumentar a incerteza a especulação diminui a eficiência, perturbando significativamente a vida das empresas.
Os ganhos da especulação financeira (que são mais publicitados que as perdas) leva muitos investidores a investir em instrumentos especulativos em vez de utilizar os seus recursos no investimento produtivo, o que tem consequências negativas sobre o crescimento económico.
A especulação nada cria apenas transfere riqueza.Portanto, se alguém ganha com a especulação financeira, é porque alguem também perde. Muitas vezes quem ganha nada de útil fez em benefício da sociedade e quem perde é frequentemente quem contribui para o progresso económico da sociedade.
Na actualidade as actividades especulativas em todo o mundo têm excedido o limite do razoável e formam uma das principais causas da grande instabilidade da economia mundial da última década.


Certo é que a pobreza esconde-se por vergonha (por isso pode parecer que não existe) mas a riqueza ostenta-se e basta um cidadão normal sair à rua e contar um sem número de audis, Mercedes e BMW's que vê a desfilar por aí...
Agora sim eu percebo porque em momentos de crise os hotéis de 5 estrelas e restaurantes gourmet ficam cheios, porque os carros topo de gama vendem mais,etc, etc. A riqueza está a ser transferida pois o dinheiro não desapereceu, não foi varrido para debaixo do tapete...e estes cortes que nos querem exigir agora é só mais um barrete que nos querem enfiar de novo, agora que há eleições de novo o povo português devia de se atrever a votar de modo diferente e exigir saber porque temos de pagar esta dívida, quanto ela é exactamente (com os juros extra que os nossos amiguinhos da União Europeia querem que fiquemos não sei quantos anos a pagar) e a quem vamos pagar!!!Eu exijo saber a verdade, mas temo já ter chegado à resposta com um pouco de pesquisa e espírito crítico a ler notícias e a ver os telejornais. A desculpa do: "é a economia estúpido!" comigo não cola, eu sou da geração dos não parvos!

Só em Agosto de 2011 a Bolsa de Lisboa perdeu 45 mil euros por minuto!!! Deitem a mão à consciência e perguntem-se como esta loucura é possível!

Ler mais:
A crise das dívidas soberanas
Lições de Economês
A Economia não existe
A economia é anti-económica
Moeda e função financeira
Capitalismo
Citações de Economia
Corrupção





citações de economia


Tenho aqui algumas citações que enconteri em meios de comunicação e livros e que ilustram bem as razões pelas quais estamos nesta crise:

"Talvez a razão fundamental para se estudar economia seja não sermos enganados pelos economistas" Joan Robinson

"os economistas atribuem a si mesmos uma tarefa demasiado fácil e demasiado inútil se num período de crise se limitam a dizer-nos que, depois da tempestade, virá a bonança" Keynes, no seu tratado sobre a Reforma Económica

"os nossos sectores exportadores, salvo raras e honrosas excepções ao competirem directamente com países onde os direitos dos trabalhadores são poucos ou nenhuns fazem com que os sectores de "dumping social" coloquem os portugueses na opção entre ter trabalho e não ter direitos ou ir para o desemprego" in o Estado Crítico: A Ideologia do Dinheiro, Paulo Pinho (jornal de Negócios)

"A crise económica recente não foi mais que um episódio na contínua parasitagem da especulação financeira sobre a produção...Assim de forma simplista: o governo dos EUA desregula a banca e, de súbito, 52 milhões de pessoas perdem a casa e emprego (segundo números do documentário inside job)...Desde que há reuniões de G8 que o movimento antiglobalização fez ouvir a sua voz...uma mistura explosiva  e desconexa de interesses desde os sem-terra aos anarquistas, este movimento preconizou a ação global a uma estranha aliança entre pessoas muito diferentes entre si mas com um inimigo comum: o capitalismo predador de recursos naturais e não só...Alguns dos discursos agora emergentes poderão facilmente parecer utópicos, mas se nos queremos salvar enquanto espécie e preservar o planeta, o capitalismo e o neocolonianismo terão de ruir tal como tantos outros sistemas e impérios antes dele."
in Blitz de Junho de 2011, crónica: viagens na minha linha: o espírito dos tempos, Dr. Bakali

"para Adam Smith o ciclo económico era determinado pelo processo de circulação das mercadorias: "quando os lucros do comércio são maiores do que o costume, o excesso especulativo torna-se um erro geral entre os grandes e os pequenos comerciantes...Neste contexto Adam Smith analisava as crises como resultado do excesso de especulação e dos erros dos empresários." in Introdução à Macroeconomia de Francisco Louçã, Jaão Ferreira do Amaral e outros

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Capitalismo

"A produção capitalista desenvolve a técnica e a combinação do processo de produção social na condição de esgotar simultaneamente as duas fontes de que deriva a riqueza: o planeta Terra e o trabalhador" Karl Marx (O Capital)


"O economista, seguindo como sempre as teses de Marx, empenhou-se não só na transformação da terra, mas igualmente em desfigurá-la, de tal modo que apenas ele tinha a capacidade de interpretar o seu funcionamento."

"Esta é a primeira grande recessão mundial que enfrentamos depois da queda do marxismo, ou seja, sem discurso alternativo. Pela primeira vez, o capitalismo vê-se obrigado a explicar o fracasso do seu êxito retumbante"


" O capitalismo transportou as pessoas do tangível para o intangível. O seu símbolo, segundo as plavras de Werner Sombart, é o livro de contabilidade : "O seu valor essencial reside no relatório de perdas e lucros". A "economia de aquisição", que até então só tinha sido praticado por criaturas estranhas e místicas como Midas e Creso, passou a ser prática corrente."

"Giammaria escreveu sabiamente em 1774 que a miséria de uma nação corresponde à sua população, e que a sua miséria é equivalente à sua riqueza. Ou seja, se não existirem muitos pobres, não se pode gerar riqueza suficiente. Adam Smith também irá mencionar que os salários mais altos são mais comuns nos países que não são extremamente ricos"

"Com o passar do tempo, a turba de pobres deixou de ser uma praga indesejável para começar a ser encarada como uma benção para qualquer cidade. Os pobres eram o alimento das indústrias, a seiva que colocava à disposição de mundo essa nova extraordinária prosperidade que as colónias e a tecnologia proporcionavem. A sua escravidão era o motor da nova riqueza."

 António Baños Boncompain in " A Economia não existe"

Ler mais:
irracionalidade-do-capitalismo-1
irracionalidade-do-capitalismo-2
irracionalidade-do-capitalismo-3

domingo, 22 de maio de 2011

Bancos de Esperma, Barrigas de Aluguer e outras maneiras tolas de criar o produto humano


Bem eu considero-me uma pessoa com uma mente muito aberta e também sou nova o que faz com que tudo o que é novidade seja mais fácil de aceitar mas eu verdadeiramente não consigo compreender e muito menos respeitar certas e determinadas coisas que estão a acontecer neste mundo: eu estava a fazer zapping na TV numa noite de sábado aborrecida em que todos os canais imundam de "cultura" americana até que acabei por parar num dos últimos canais na lista: a BBC, a notícia era sobre um Banco de Esperma em Copenhaga e depois apareceu um jovem rapaz a falar sobre o tal enclave com um ar muito profissional como um gerente de um Banco a sério mas daqueles em que se mete dinheiro mesmo. O jovem director mostrou o espaço: laboratórios repletos de centrifugadoras e câmaras frigoríficas autênticos armazéns de esperma, computadores e cientistas loucos tal como camas e material ginecológico. ..tudo isto destinado a fazer engravidar mulheres, que ou não conseguem fazê-lo com o seu marido ou companheiro ou simplesmente mulheres que não querem um homem para nada mas querem ter um filho da maneira natural e biológica em vez de adoptarem crianças ou bebés abandonados ou orfãos, tudo o que elas querem é ter um bebé só delas, verem a sua barriga a inchar e inchar e ficar cada vez maior até que por fim possam parir. Portanto um processo natural com a ajuda de generosos profissionais na ciência de criar (ou deverei dizer brincar?) com a vida.
Eu achei que não poderia ficar mais enojada do que eu estava mas depois mostraram um local do laboratório onde toda a informação era processada: as mulheres e/ou os casais podiam escolher como é que a criança iria ser verificando a base de dados do sistema informático do Banco as características do dador de esperma (a maior parte deles é anónimo) e eu vi no computador: olhos azuis (disponível, não disponível, quantidades, etc), olhos verdes, olhos castanhos, pele branca, pele escura, cabelo louro, cabelo castanho, etc, etc...ora este processo tem um nome e designa-se por EUGENIA.
Vejamos a definição de Eugenia na wikipedia:
"Eugenia - é um termo cunhado em 1883 por Francis Galton (1822-1911), significando "bem nascido".Galton definiu eugenia como o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente.Em outras palavras, melhoramento genético. O tema é bastante controverso, particularmente após o surgimento da eugenia nazista, que veio a ser parte fundamental da ideologia de pureza racial, a qual culminou no Holocausto. Mesmo com a cada vez maior utilização de técnicas de melhoramento genético usadas atualmente em plantas e animais, ainda existem questionamentos éticos quanto a seu uso com seres humanos, chegando até o ponto de alguns cientistas declararem que é de fato impossível mudar a natureza humana.

Desde seu surgimento até os dias atuais, diversos filósofos e sociólogos declaram que existem diversos problemas éticos sérios na eugenia, como a discriminação de pessoas por categorias, pois ela acaba por rotular as pessoas como aptas ou não-aptas para a reprodução. Do ponto de vista do debate científico, a eugenia foi derrotada pelo argumento da genética mendeliana."
Então como podemos aceitar e respeitar este comportamento? Eu não o faço!
Sinceramente não consigo perceber isto! E eu não tenho nenhuma religião e nem acredito em Deus por isso este meu ponto de vista que estou aqui a relatar nada tem a ver com ideologias religiosas pois eu não tenho nenhuma, isto tem a ver é com moral, respeito pela vida, respeito pelas pessoas e pela sua dignidade. A Eugenia é totalmente errada e inaceitável, as pessoas não podem criar um ser humano escolhendo como ele será assim como se estivessem a escolher um conjunto de roupa numa loja!
Eugenia é racismo ciêntifico, deveria ser proibido e criminalizado!
E quanto aos dadores de esperma, porque é que eles fazem aquilo? porque pensam que estão a fazer uma boa acção? ou são pagos para tal? (aposto que são claro!). Ao ponto que isto chegou, vender os seus genes, vender os seus filhos a bancos...esta mundo parece já nem ter esperança, é o fim da linha, quando se chega a este ponto de degradação moral não há esperança...e isto é triste!
Se eu fosse filha de alguma  daquela escumalha de "mães" eu jamais a iria perdoar por me ter trazido ao mundo com os genes de alguem que também me criou mas que nunca ninguem irá saber quem é porque ele simplesmente vendeu o seu esperma para ganhar uns zeros na conta bancária enquanto batia uma punheta...sinto muito por esta minha linguagem mas é assim que se deve falar da realidade deste mundo estúpido e podre!
E depois até mostraram uma foto de grupo de mulheres com crianças que tinham ido anos atrás àquelas clínicas para fazerem os seus bebés, algumas delas até lá vão para poder mostrar aos seus rebentos o sítio onde forma feitos...
E estamos a falar de uma clínica em Copenhaga na desenvolvida Dinamarca...embora eu saiba que hoje em dia estas clínicas estão quase em todo o lado...qual será então o slogan desta clínica? "Temos o melhor esperma da ciade, compre 2 embalagens e tenha um desconto de 20%"?.
Então os nossos engenheiros geneéticos e bioengenheiros precisam de emprego e aquelas mulheres necessitam desesperadamente de obedecer ao sue relógio biológico! É como é e no fundo até um bom negócio porque aquelas empresas/bancos/clínicas empregam muitas pessoas formadas e ainda por cima pagam impostos...
Outra coisa chocante é o que está a acontecer na Índia (mas esta é outra notícia que já ouvi à algum tempo): casais inférteis do Ocidente pagam a mulheres indianas para alugar o seu ventre (barrigas de aluguer)  porque o casal não consegue ter filhos logo procuram uma mulher fértil que possa carregar as suas pequenas sementinhas: o espermatozóide do homem e o óvulo da mulher...e voilá uma criança tal e qual a fronha deles mas que simplesmente saiu da vagina de uma indiana 9 meses depois...então agora toda a gente fica feliz, o casal ocidental: os financiadores do projecto têm o seu bebé 100%(?) sangue de seu sangue e a mulher indiana foi só como que um forno no qual aquela pequena criatura se desenvolveu e nasceu vindo à tona deste mundo maravilhoso! A mulher indiana é recompensada mediante um pagamento para que agora ela possa alimentar os seus próprios filhos, a sua própria família!
E vocês sabem porque é que essas pessoas vão à Índia em vez de fazerem o mesmo processo na Europa, EUA, Canadá, Austrália ou outro país rico hediondo? Porque em países subdesenvolvidos como a Índia este processo (fabrico de bebés pronto-a-levar) é bem mais barato, em média uma mulher indiana recebe cerca de 800 Euros por todo o processo de gestação (menos de 100euros por mês!).
A inseminação artificial é na minha opinião outra estupidez também: se as pessoas não podem ter filhos naturalmente deveriam dar o seu amor e conforto a crianças que precisassem pois há imensas crianças mal amadas por esse mundo fora, deixadas à sua sorte em orfanatos sem condições, crianças maltratadas, abusadas ou que tiveram o azar que os seus pais morressem ou nem sequer tivessem condições económicas para as criar! Mas nãoooooooo! As pessoas são narcisistas ao ponto de só quererem alguem o mais parecido com elas para que possam deixar a sua marca viva na terra quando morrerem de modo a que este processo de herança genética possa continaur até ao final dos tempos (mesmo sendo a actual geração de adultos uma cambada de egoístas que realmente não se preocupam em deixar este mundo em condições para as gerações vindouras, esta cambada só sabe descartar-se das suas culpas e pôr a responsabilidade nos jovens dizendo: "agora nós já não podemos fazer nada, são vocês que têm de mudar isto!". Diga-se de passagem que com a imoralidade que nos "educaram" será ainda mais difícil...).
Só gostava que as pessoas pudessem ter mais respeito por elas mesmas e pela vida, este mundo como está agora enoja-me e só me dá vontade de desaparecer daqui de modo a escapar desta imundice toda.
A vida e as pessoas não é um negócio!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Burkas e Bikinis




A notícia não é recente, não obstante não posso deixar de fazer referência ao facto de a França ter aprovado uma nova lei que não permite o uso do vé islâmico em locais públicos. A minha opinião é que esta lei é absurda por querer-se mandar no que as pessoas podem ou não vestir e por não respeitar a vontade e a religião das mulheres que querem realmente usar a burka não por serem submissas mas por vontade própria. É uma lei desrespeitadora, xenófoba e carregada de intolerância cultural.
Se uma mulher muçulmana não quiser usar véu isso estará no seu direito e apoio a sua decisão mas de facto acredito que muitas daquelas mulheres se devem sentir mais protegidas e confiantes com o véu. Tenhamos em mente que num mundo podre em que as mulheres correm risco de ser violadoas por homens (e nunca o contrário) e levadas para redes de tráfico humano elas se sintam mais resguardadas longe de olhares cretinos.
E que sentido faz proibir as mulheres de andarem tapadas quando é perfeitamente aceite a nudez em espaços públicos? Eu acho que se há mulheres têm o direito de andarem quase despidas por aí (nomeadamente biquinis e até topless na praia obrigando até pessoas que não querem ver a depararem-se com esse tipo de situações embaraçosas) há o direito de haver mulheres que queiram andar mais vestidas!
A isto chama-se bom senso e liberdade! É só!

Deterioração da Economia Portuguesa



Vi na televisão no dia 8 de Maio de 2011 na TVI uma reportagem sobre o estado da balança comercial portuguesa nomeadamente na agricultura e fiquei a saber que a União Europeia paga aos nosso agricultores para não produzirem e claro que isso resultou numa desertificação do interior do país que vivia da agricultura (nomeadamente no Alentejo) daí o êxodo rural e o desemprego nessa área. Mas não se produz em portugal por não termos condições para tal porque as temos (os nossos agricultores não têm é apoio do Estado para vender os produtos de modo a ser rentável)...então porque é que não se produz?A resposta passa pela competividade dos mercados, os produtos estrangeiros (especialmente de economias emergentes) são mais baratos e quanto aos do resto da UE têm apoio estatal de modo geral, e o consumidor prefere os produtos mais baratos e torna-se então ainda mais difícil competir. Hoje em dia também a maior parte das pessoas faz compras em grendes superfícies comerciais lideradas por grandes monopólios, grandes criadores de riqueza e emprego a nível nacional e distribuidores de muitos preciosos ordenados mínimos. E as pessoas vão aos hiper-mercados em detrimento dos mini-mercados e das feiras até porque lá há promoções e ofertas fantásticas e preços mais baixos e é por isso que muitos produtos à venda não são nacionais. Deste modo capitaliza-se quase toda a actividade comercial nesses centros monipolizados que maior rendimento continuam a gerar e não podem encerrar aos Domingos nem feriados, mesmo que um deles seja o 1º de Maio.
Então e porque é que a UE paga aos nossos agricultores para não produzirem? a essa pergunta não encontro uma resposta concreta senão talvez a própria conveniência europeia. Claro que senão produzimos (quase) nada aqui temos de ir comprar a algum lado...ora importando mais  e exportando menos (porque nem sequer produzimos para nós mesmos) origina-se um défice orçamental e uma dívida externa...e agora anda tudo muito admirado com esta situação calamitosa a que chegámos!
Fiquei também a saber que na altura do Estado Novo éramos um país auto-suficiente que consumia o que produzia e hoje importamos em massa (a título de exemplo importamos 50% de maçãs e produzimos apenas 11% do trigo!!!).
A verdade é que o nosso país está em plena capacidade produtiva porém desaproveitada.
Já para não falar das pescas em que se dá prioridade aos espanhóis para pesacrem na nossa costa em detrimento dos pescadores portugueses...ainda para mais se forem pescadores em pequenos botes ao contrário da autorização cedida mais uma vez aos grandes navios pesqueiros que pegam o que está no mar por arrasto.
Acrescentando a tudo isto o facto de não termos moeda própria de modo a podermos baixar a nossa taxa de câmbio por forma a baixarmos o preço dos nossos produtos exportando mais (porque temos moeda única: o Euro) verifica-se que o que sucedeu foi que compramos tudo ao estrangeiro onde em certos países (tipo Alemanha, França) tudo é mais caro que aqui e nós temos de pagar o mesmo preço pelos produtos mais os custos de transporte (e o petróleo está bem caro!!!), taxas alfandegárias,etc, etc. Fora o facto de na maior parte dos países aderentes do euro o ordenado mínimo poder ser 2 a 3 vezes superior ao nosso (em Portugal nem chega aos 500 euros), os resultados estão á vista: um aumento brutal do custo dos produtos consumidos, mas os ordenados mantiveram-se (ou até desceram com os sucessivos cortes salariais), a título de brincadeira poder-se-ia até dizer que aqui as coisas podem ser tão caras como em Paris mas vive-se como no Burkina Faso. Agora vê-se mais que nunca: precariedade, miséria, desiguladades sociais, fome, desemprego, endividamento...insustentabilidade!
E já para não falar do código de barras 560 (made in Portugal) que nem sempre nos beneficia directamente visto algumas empresas aqui situadas pertencerem a multinacionais que importam os produtos ao exterior beneficiando (outra vez) o estrangeiro.
Qual a solução?  dar real prioridade ao que é nosso porque temos capacidade de ser auto-suficientes (em termos alimentares especialmente) e reduzir a nossa dependência energética do exterior apostando nas energias renováveis (e em Portugal temos imensos recursos nomeadamente a energia solar que está longe de ser aproveitada).
Vejamos que até em termos ambientais só há vantagens em consumir o que é nacional!
Que sentido faz ir buscar maçãs à Argentina ou ao Chile?não temos terrenos férteis aqui? temos imensos e muitas variedades de frutos devido ao nosso clima fantástico! Pensemos na descomunal quantidade de petróleo que se gasta para fazer uma travessia Atlântica quando podíamos ir ao nosso quintal ou a uma quinta a poucos kms da nossa casa?
E quem fala de fruta fala de todos os géneros alimentares.
Proponho então que nós enquanto cidadãos (pois não podemos estar à espera que o nosso Governo incompetente faça alguma coisa) ajudemos os pequenos produtores indo a quintas e herdades ou até comprando àquelas pessoas que trabalham de sol a sol vendendo os seus produtos agrícolas nas estradas (e por experiência própria aquela fruta sim é saborosa).
E na tal reportagem também foi dito que os produtores agrícolas nacionais vendem 1kg de maçãs a 25 cêntimos aos distribuidores e os hipermercados vendem aos consumidores 1kg de maçãs por dois euros e tal!
Posto isto está cumprida a minha missão de explicar da maneira que a encontrei a razão para esta crise...cabe ao comum dos cidadãos agir porque a economia é uma ciência social que reflecte milhares de comportamentos individuais. Você pode fazer a diferença!