sábado, 16 de junho de 2012

Versão actualizada dos Lusíadas



Há pelas páginas da internet as mais diversas sátiras, esta retirei-a da fantástica página "queremos os políticos julgados pelas suas incompetências já!" e é a nova versão actuallizada dos Lusíadas, infelizmente faz sentido. Não sei quem teve esta imaginação fantástica mas está de parabêns! E por favor não venham com histórias de: "que desrespeito pelos nossos antepassados!", porque este país não tem respeito por si mesmo, os portugueses não têm gana nem orgulho nenhum senão não se deixavam espezinhar desta maneira por uma cambada de chulos, fomos outrora uma nação valente e imortal, o que aconteceu para que ficássemos assim? não sei, mas decerto somos a maior desonra dos nossos antepassados!


Os Lusíadas - Versão actualizada

I
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana

Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se de quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!

II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas...
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!

III
Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano...
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.

IV
E vós, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!

Luiz Vaz Prós Cabrões



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