quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Muda o teu mundo que o Mundo muda
Muita gente já me ridicularizou ou melhor tentou ridicularizar-me por dizer: "muda o teu mundo que o Mundo muda", eu tenho pena dessas pessoas que não acreditam na capacidade individual de cada um ter grande importância para mudar o mundo. Se todos cumprirmos com a nossa parte fazendo algo de bom, como reciclar, andar de bicicleta em vez de carro, ajudar instituições, exigir dos governos justiça, lutar por melhor qualidade de vida e igualdade social, participar em manifestações, dar a nossa opinião e agir conforme ela...sem dúvida que o Mundo muda. Apesar de todos os defeitos que a humanidade tem não me limito simplesmente a procurar os defeitos e coisas horrendas que fazem parte dela, no fundo tenho uma réstia de esperança nas pessoas, e se há pessoas ridicularizam a frase que disse acima então tenho pena delas porque ou são acham-se demasiado insignificantes no Mundo, ou egoístas demais ou então não acreditam nelas no nem no Mundo. Por mais pessimista que possam dizer que sou, eu sou acima de tudo uma pessoa visionária e com atitude global, as coisas más que acontecem no mundo afligem-me bastante e tenho pessoas constantemente a dizerem-me: "não é nada contigo porque te chateias?", ou então: "pára de te queixar não há nada que possas fazer!". Não quero ter filhos mas faço figas para a continuidade da civilização humana sustentável e melhor bem como pela continuidade de toda a biodiversidade, mas as pessoas que conheço e querem ter filhos ou já os têm só pensam no dia de hoje, só pensam na geração delas, adiam os problemas para as gerações futuras e hipocritamente dizem amar os seus filhos! Para essas pessoas ter filhos deve tratar-se de um episódio social, mais nada...tenho pena dessas pessoas e de todas as pessoas suficientemente egoístas e ignorantes por opção que não são capazes de entender esta simples frase: muda o teu mundo para que o Mundo possade facto mudar.
Energia Nuclear? Não!
Após vários acidentes nucleares como o de Chernobyl em 1986 que a energia nuclear passou para o primeiro lugar na lista de vilões ambientais mas face à crescente preocupação com o aquecimento global poderá voltar a adquirir vantagem porque não produz gases com efeito de estufa e por isso pode ser considerada uma alternativa aos combustíveis fósseis.
As centrais nucleares são colossais mas a acção a sério decorre a nível subatómico. O prpósito da central nuclear é utilizar a energia da fissão nuclear- uma reacção em que o núcleo de um átomo de urânio é dividido em dois. O urânio é o segundo elemento natural mais pesado e um dos mais pesados de separar. Quando um neutrão colide com um isótopo de urânio 235 o átomo absorve o neutrão e fica isntável devido à energia extra, depois o átomo divide-se em dois átomos mais pequenos, dois ou três neutrões livres e fotões de alta energia: os raios gama. Esta reacção em cadeia gera muito calor e a função principal do equipamento da central é recolher o calor em segurança e gerar electricidade. O coração de uma central nuclear é o reactor que contem o combustível, normalmente é o urânio mas também usa plutónio. À excepção da reacção de fissão, uma central nuclear funciona de forma similar a uma central a carvão: o combustível geral calor, que aquece água, que produz vapor, que faz girar uma turbina, que acciona um gerador eléctrico.
Meio quilo de urânio enriquecido tem o mesmo valor calorífico que 81 toneladas de carvão ou 55 milhões de litros de gasolina mas o combustível nuclear produz lixo radiativo que pode causar cancro e desencadear defeitos congénitos e mutações. A melhor solução encontrada até agora foi encerrar o lixo nuclear em estruturas de aço e cimento ou enterrá-las, mas o lixo radioactivo permanece um problema (GRAVE) por resolver.
Apesar de todas as vantagens que a energia nuclear possa ter certo é que quando algo corre mal os resultados são de dimensões enormes e catastróficas, o acidente de Chernobyl por exemplo, é um aviso cruel dos riscos desta energia: o reactor que explodiu após um teste de segurança ardeu durante 10 dias e libertou 400 (!) vezes mais radiação do que a foi libertada pela bomba lançada em Hiroshima, na Segunda Guerra Mundia. A chuva radioativa resultante deste desastre com epicentro na Ucrânia chegou a atingir a longínqua Irlanda!
Factos sobre a energia nuclear:
* A energia nuclear fornece 15% da electricidade mundial e provem dos 436 reactores em funcionamento em todo o Mundo. A Agência Internacional de Energia Atómica estima que 230 a 480 novos reactores nucleares entrarão em funcionamento em todo o Mundo até 2030, o que inclui a adesão de 10 a 25 novos países ao nuclear.
*O 1º reactor nuclear construído em 1951 nos EUA só conseguia alimentar 4 lâmpadas!
*Só na França 59 reactores fornecem 76% da electricidade consumida. No Reino Unido os 24 reactores existentes fornecem 19% da electricidade consumida. Portugal não tem centrais nucleares apesar de ter disponível algum urânio e minas que possam explorar esse material, no entanto os nossos (bons) vizinhos espanhóis têm 7 centrais e uma delas dista apenas de 100 km da fronteira portuguesa.
*existem cerca de 150 navios desde enormes submarinos a gigantescos porta-aviões propulsionados por reactores nucleares.
*um reactor nuclear de água pressurizada trasforma a actividade das partículas subatómicas em energia utilizável.
*o valor total anula de resíduos radioactivos resultantes da produção da energia nuclear situa-se entre as 8.800 e 13.200 toneladas- é muito lixo! Esse lixo radioactivo permanece activo por milhões de anos!!!onhece-se portanto os efeitos a longo prazo desta acumulação de lixo no planeta (mas certamente não serão positivos!).
* a energia nuclear é a força mais poderosa jamais manipulada pela humanidade.
*a maior vantagem das centrais nucleares é a de gerarem electricidade sem emitir poluição atmosférica: as nuves que saem das torres de refrigeração são apenas de vapor de água inofensivo.
* a mineração de urânio destrói habitats naturais e a actividade envolvida na mineração e processamento de urânio produz gases de efeito de estufa.
* Teme-se (e com razão quanto a mim) a possibilidade do lixo radiativo cair em mãos erradas, dando aos terroristas materiais para criar armas. O facto de nações conflituosas como a Coreia do Norte ou Irão disporem dessas energias pode desencadear guerras e é alvo de garnde preocupação global.
Nota: A fonte desta informação foi marioritariamente da Revista Quero Saber nº2 de Novembro de 2010.
A minha opinião (e porque no meu blogue posso dar a minha opinião não estando só a descartar factos e quer gostem ou não darei sempre a minha visão crítica de tudo), é que de facto a energia nuclear está longe de ser verde!!! Por um futuro viável para a Terra temos de nos concentrar noutras formas de energia realmente verdes. O maior problema dos desaires ambientais continua a ser contudo na minha perspectiva o excesso de população e o nosso modo de vida esbanjador de recursos, porque a energia nuclear é viável num mundo com muitas cidades ou seja com muita população,ainda para mais citadina.
Preocupa-me o estado da Terra daqui a centenas de anos devido à acumulação de lixo radiativo que leva milhares de anos a desaparecer, preocupa-me estarmos a usar uma energia tão destrutiva e não sabermos o que fazer ao lixo radioativo, preocupa-me haver nações que recorrem a esta energia para criar Guerras. por um Mundo melhor eu digo claramente: NÃO à energia nuclear.
As centrais nucleares são colossais mas a acção a sério decorre a nível subatómico. O prpósito da central nuclear é utilizar a energia da fissão nuclear- uma reacção em que o núcleo de um átomo de urânio é dividido em dois. O urânio é o segundo elemento natural mais pesado e um dos mais pesados de separar. Quando um neutrão colide com um isótopo de urânio 235 o átomo absorve o neutrão e fica isntável devido à energia extra, depois o átomo divide-se em dois átomos mais pequenos, dois ou três neutrões livres e fotões de alta energia: os raios gama. Esta reacção em cadeia gera muito calor e a função principal do equipamento da central é recolher o calor em segurança e gerar electricidade. O coração de uma central nuclear é o reactor que contem o combustível, normalmente é o urânio mas também usa plutónio. À excepção da reacção de fissão, uma central nuclear funciona de forma similar a uma central a carvão: o combustível geral calor, que aquece água, que produz vapor, que faz girar uma turbina, que acciona um gerador eléctrico.
Meio quilo de urânio enriquecido tem o mesmo valor calorífico que 81 toneladas de carvão ou 55 milhões de litros de gasolina mas o combustível nuclear produz lixo radiativo que pode causar cancro e desencadear defeitos congénitos e mutações. A melhor solução encontrada até agora foi encerrar o lixo nuclear em estruturas de aço e cimento ou enterrá-las, mas o lixo radioactivo permanece um problema (GRAVE) por resolver.
Apesar de todas as vantagens que a energia nuclear possa ter certo é que quando algo corre mal os resultados são de dimensões enormes e catastróficas, o acidente de Chernobyl por exemplo, é um aviso cruel dos riscos desta energia: o reactor que explodiu após um teste de segurança ardeu durante 10 dias e libertou 400 (!) vezes mais radiação do que a foi libertada pela bomba lançada em Hiroshima, na Segunda Guerra Mundia. A chuva radioativa resultante deste desastre com epicentro na Ucrânia chegou a atingir a longínqua Irlanda!
Factos sobre a energia nuclear:
* A energia nuclear fornece 15% da electricidade mundial e provem dos 436 reactores em funcionamento em todo o Mundo. A Agência Internacional de Energia Atómica estima que 230 a 480 novos reactores nucleares entrarão em funcionamento em todo o Mundo até 2030, o que inclui a adesão de 10 a 25 novos países ao nuclear.
*O 1º reactor nuclear construído em 1951 nos EUA só conseguia alimentar 4 lâmpadas!
*Só na França 59 reactores fornecem 76% da electricidade consumida. No Reino Unido os 24 reactores existentes fornecem 19% da electricidade consumida. Portugal não tem centrais nucleares apesar de ter disponível algum urânio e minas que possam explorar esse material, no entanto os nossos (bons) vizinhos espanhóis têm 7 centrais e uma delas dista apenas de 100 km da fronteira portuguesa.
*existem cerca de 150 navios desde enormes submarinos a gigantescos porta-aviões propulsionados por reactores nucleares.
*um reactor nuclear de água pressurizada trasforma a actividade das partículas subatómicas em energia utilizável.
*o valor total anula de resíduos radioactivos resultantes da produção da energia nuclear situa-se entre as 8.800 e 13.200 toneladas- é muito lixo! Esse lixo radioactivo permanece activo por milhões de anos!!!onhece-se portanto os efeitos a longo prazo desta acumulação de lixo no planeta (mas certamente não serão positivos!).
* a energia nuclear é a força mais poderosa jamais manipulada pela humanidade.
*a maior vantagem das centrais nucleares é a de gerarem electricidade sem emitir poluição atmosférica: as nuves que saem das torres de refrigeração são apenas de vapor de água inofensivo.
* a mineração de urânio destrói habitats naturais e a actividade envolvida na mineração e processamento de urânio produz gases de efeito de estufa.
* Teme-se (e com razão quanto a mim) a possibilidade do lixo radiativo cair em mãos erradas, dando aos terroristas materiais para criar armas. O facto de nações conflituosas como a Coreia do Norte ou Irão disporem dessas energias pode desencadear guerras e é alvo de garnde preocupação global.
Nota: A fonte desta informação foi marioritariamente da Revista Quero Saber nº2 de Novembro de 2010.
A minha opinião (e porque no meu blogue posso dar a minha opinião não estando só a descartar factos e quer gostem ou não darei sempre a minha visão crítica de tudo), é que de facto a energia nuclear está longe de ser verde!!! Por um futuro viável para a Terra temos de nos concentrar noutras formas de energia realmente verdes. O maior problema dos desaires ambientais continua a ser contudo na minha perspectiva o excesso de população e o nosso modo de vida esbanjador de recursos, porque a energia nuclear é viável num mundo com muitas cidades ou seja com muita população,ainda para mais citadina.
Preocupa-me o estado da Terra daqui a centenas de anos devido à acumulação de lixo radiativo que leva milhares de anos a desaparecer, preocupa-me estarmos a usar uma energia tão destrutiva e não sabermos o que fazer ao lixo radioativo, preocupa-me haver nações que recorrem a esta energia para criar Guerras. por um Mundo melhor eu digo claramente: NÃO à energia nuclear.
novidades sobre Energia
* O avião experimental Solar Impulse realizou em 22 de Setembro de 2010 pela primeira vez um voo completo sobre a Suiça, utilizando apenas energia solar. O avião sobrevoou a Suíça a uma altitude que variou entre os 150 e os 300 metros e uma velocidade de cerca de 50 km/h. O Solar Impulse é tão leve como um carro médio de 1500 kg mas tem uma envergadura de mais de 60 metros. O avião trabalha só a energia solar de dia e de noite porque acumula energia solar necessária para manter-se no ar durante a noite. A aeronave tem quatro motores elétricos alimentados por baterias que são recarregadas pelas células fotovoltaicas que cobrem toda a sua asa. O próximo passo será um voo internacional em 2011, em 2010 está previsto um voo transatlântico e em 2013 a volta ao mundo (http://www.solarimpulse.com/)
*Uma equipa de investigadores da Chalmers University of Techonology de Gotenburgo na Suécia, está a aperfeiçoar um novo dispositivo fotovoltaico alimentado pela proteína verde fluorescente das alforrecas (GFP na sigla inglesa). Quando os filamentos são expostos à luz ultravioleta, a GFF absorve fotões e emite electrões, que viajam pelo circuito e produzem electricidade. A equipa até agora comprovou que este método funciona na alimentação de um relógio, sendo assim as células de silício poderão pertencer ao passado.
*Uma equipa de investigadores da Chalmers University of Techonology de Gotenburgo na Suécia, está a aperfeiçoar um novo dispositivo fotovoltaico alimentado pela proteína verde fluorescente das alforrecas (GFP na sigla inglesa). Quando os filamentos são expostos à luz ultravioleta, a GFF absorve fotões e emite electrões, que viajam pelo circuito e produzem electricidade. A equipa até agora comprovou que este método funciona na alimentação de um relógio, sendo assim as células de silício poderão pertencer ao passado.
Fonte: Revista Quero Saber nº2 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Florestas Tropicais: o tesouro do Mundo
As florestas mundiais são responsáveis por mais de 28% da produção de oxigénio. Apesar da enorme diversidade de formas de vida que albergam e da sua importância na produção de oxigénio, as florestas húmidas ocupam menos de 6% da superfície da Terra- e devido à constante desflorestação, esta percentagem diminui todos os dias, contribuindo para a extinção de muitas espécies e provocando alterações radicais no clima de muitas regiões.
Os efeitos da desflorestação na Terra são graves: climas regionais e global em elteração descontrolada, cheias mais frequentes e extinção de milhares de espécies de plantas e animais. As causas desta destruição são muitas, mas as mais graves são a exploração florestal e a criação de gado.
Os ambientalistas estimam que mais de 75% das florestas mundiais já foram destruídas ou degradadas devido à exploração florestal.
Quando se perde parte da floresta, o oxigénio aí produzido, devido á fotossínetese, diminui o sequestro (captura e armazenamento) de dióxido de carbono (CO2) também é reduzido, tal como a biomassa florestal e o respectivo potencial energético, importantes para o bem-estar da Terra.
A quantidade de substâncias que se podem encontrar nas plantas das florestas húmidas é impressioinante, muitos medicamentos naturais vêm da floresta Amazónia que é conhecida como a maior farmácia do mundo. Contém substâncias como os polifenóis que reduzem o risco de doenças cardiovasculares e de cancro e seivas de frutos para tratar diabetes, entre muitas outras substâncias e aplicações.
As três maiores florestas húmidas do mundo são: em primeiro lugar a Amazónia com 7 milhões de km^(2), as florestas húmidas africanas com 3,6 milhões de Km^(2) que poderiam ser muito maiores não fosse a sua exploração, e a floresta de Gondwana na Austrália.
5 factos sobre florestas húmidas:
1)os cientistas estimam que até 75% das espécies da Terra possam viver nas florestas húmidas-um dado espantoso- e que milhões estarão ainda por descobrir.
As florestas tropicais cobrem apenas 7% da superfície do nosso planeta, mas abrigam mais de 50 das espécies do mundo 2)as florestas húmidas são o habitat de um elevado número de plantas das quais derivam os medicamentos modernos.
3)situam-se sobretudo entre os trópicos de Câncer (norte) e de Capricórnio (Sul).
4)apesar do avanço do Homem, pensa-se que vivam mais de 40 tribos indígenas incontactadas nas florestas húmidas, sobretudo no Brasil e na Papua Nova-Guiné.
5) Devido à destruição massiva muitas florestas estão a desaparecer. Destruiu-se mais de 90% da floresta húmida da África Ocidental.
fonte: revista Quero Saber (Novembro 2010)
O que você pode fazer para contrariar a desflorestação?
1)torne-se vegetariano, uma das causas primárias para a desflorestação da Amazónia é a criação de gado, muita dessa carne é exportada.
2)não ter em casa animais exóticos e denunciar quem os tenha, esses animais têm o direito de viver no seu habitat e em liberdade em vez de ser peça decorativa numa sala por puro luxo do que é o nojo da humanidade. Refiro-me a todos os animais mas os que mais são vendidos em contrabando são mesmo os pássaros como as catatuas e papagaios.
3) certificarmo-nos que a madeira dos nossos móveis não provem de florestas húmidas e se possível nem ter móveis em madeira.
4)poupar papel e reciclar SEMPRE!
5) contraiar impulsos capitalistas ajuda o ambiente.
6)Exigir enquanto nação humana que as florestas devem ser património global e por isso inexploráveis, por isso sim sem dúvida por exemplo a Amazónia não deveria pertencer ao Brasil!
7)Lembre-se que se mudar o seu mundo o mundo muda, todos juntos cumprindo a nossa parte faremos a diferença
terça-feira, 30 de novembro de 2010
a vida ideal...
Digamos que o meu passado e o meu presente nunca foram absolutamenet nada do que eu idealizei para mim, não que tenha tudo corrido mal ou bem mas algumas das coisas foram inesperadas. A maior parte das coisas que alcancei foram em tempos em que não estava preparada para que elas acontecessem e a verdade é que quando aconteceram não corresponderam às minhas expectativas.
Todos os dias penso na minha maior motivação de todas, não é nada de extraordinário nem acho que peça muito mas sem dúvida é algo de diferente.
Sonho com o dia em que vou imigrar, não porque não goste necessariamente de estar aqui porque até gosto, mas tenho sempre uma necessidade de mudar quase tudo o maior número de vezes possível, simplesmente gostava de ir para um local frio, chuvoso, escuro, silencioso onde sentisse que todo o ambiente à minha volta reflectisse o meu estado de espírito negro e misterioso. Já pensei várias vezes e acho que o destino está algures na Escandinávia.
Em Portugal parece sempre tudo tão alegre e caloroso, o sol inunda os dias, a simpatia das pessoas aquece o coração de qualquer pessoa...mas não é isso que eu sou e como tal não consigo comungar da mesma vida que toda a gente. De facto dias solarengos deprimem-me enquanto o frio e a chuva estimula a minha concentração e vontade de agir...por outro lado, um sítio onde as pessoas não sejam simpáticas não me fará obrigar a parecer que estou bem quando não quero estar bem. Para além disso aqueles países estão feitos para quem anda de bicicleta e aqui não, e sinceramente pequenas coisas como estas seduzem-me totalmente, poder ir para o trabalho e voltar de bicicleta seria algo que me faria feliz todos os dias.
Outra das coisas que prezaria muito nesses países é a sua capacidade de organização, consciência ambiental e simplicidade na vida. Sei que socialmente são locais aborrecidos e inacessíveis, toda a gente leva uma vida muito reservada e essa solidão mal aproveitada leva muitos escandinavos a cometer suicídio, mas como não desfrutei de vida social muito em parte devido às más(boas) companhias que tive em juventude não é em idade adulta que tenciono isso. Nessa idade ambiciono a solidão pessoal pela busca da paz interior, viver sozinha completamente até ao resto dos meus dias porque não há nada melhor que a liberdade e a simplicidade que é apenas lidarmos com os nossos problemas em vez de termos de lidar também com os problemas das pessoas que vivem connosco e que muitas vezes apenas descarregam em nós e provocam em nós ainda mais problemas e stresses. Chegar à minha casa com um apreciável jardim rodeada de árvores (como nesses países), a uma distância apreciável de vizinhos, abrir a porta, entrar...ouvir o silêncio...para outras pessoas nada mais horrível mas para mim um cenário perfeito!
Coisas imutáveis na minha vida por mais que ela mude? casar e ter filhos...nunca! a minha liberdade é aquilo que mais prezo na vida, quer liberdade emocional quer em termos de responsabilidades.
São precisas pelo menos duas pessoas para causar desavenças, discussões ou qualquer outro tipo de chatices...sozinha não iria discutir comigo própria, não haveria discussões no meu lar.
À noite adorava puder abrir uma janela e em vez de ver a estrada de asfalto, as luzes que bloqueiam a luz das estrelas, e os prédios que cercam o meu apartamento quem me dera puder apreciar o manto celestial. Em vez de ouvir a televisão dos vizinhos ou as suas discussões ouvir o vento trespassar as folhas das árvores...em vez de viver num cubículo como todos os apartamentos viver numa terra assente no chão com muito espaço, acima de tudo espaços verdes...
Claro que queria ter o meu curso e desempenhar alguma função para a sociedade com o curso, a energia aplicada ao ambiente é o assunto pelo qual nutro mais interesse, o que também é assim nesses países. Não me imagino realmente a trabalhar em alguma coisa que não envolva ciência.
E é claro que não ia ermitar, queria viver em sociedade, não numa cidade, mas sim numa vila pouco povoada e calma.
As única coisa mais que eu quero mesmo? viajar, viajar muito, aprender muito, ler muito,praticar imensas modalidades deportivas e experimentar desportos radicais, escrever e aprender música.
Gostava de deixar algo de bom no mundo, poder ajudar, especialemente na mudança de mentalidades para que as pessoas tratem bem os animais e o ambiente preservando a natureza em detrimento do capitalismo e lucro. Dedicaria grande parte da minha vida a pesquisar formas limpas de energia e mais eficientes. Gostava de acreditar nas pessoas outra vez...
O que também gostava mas não depende de mim? ter amigos à minha altura e dignos da minha amizade que nutram o mesmo espírito de aventura pela vida que eu.
É esta a minha motivação e é tudo isto que ambiciono de uma vida que não precisa de ser muito longa, porque o que conta não são os anos da tua vida, mas sim a vida dos teus anos.
o tipo de casa ideal
o meio de transporte ideal
a vista ideal: fiordes
chuva: o clima ideal
aventura: fazer muitos inter-rails
desportos radicais: skydiving
praticar surf
verdadeira amizade
vista de janela nocturna (aurora boreal e estrelas)
a minha missão e o meu maior objectivo de vida: ajudar a salvar o Mundo
Todos os dias penso na minha maior motivação de todas, não é nada de extraordinário nem acho que peça muito mas sem dúvida é algo de diferente.
Sonho com o dia em que vou imigrar, não porque não goste necessariamente de estar aqui porque até gosto, mas tenho sempre uma necessidade de mudar quase tudo o maior número de vezes possível, simplesmente gostava de ir para um local frio, chuvoso, escuro, silencioso onde sentisse que todo o ambiente à minha volta reflectisse o meu estado de espírito negro e misterioso. Já pensei várias vezes e acho que o destino está algures na Escandinávia.
Em Portugal parece sempre tudo tão alegre e caloroso, o sol inunda os dias, a simpatia das pessoas aquece o coração de qualquer pessoa...mas não é isso que eu sou e como tal não consigo comungar da mesma vida que toda a gente. De facto dias solarengos deprimem-me enquanto o frio e a chuva estimula a minha concentração e vontade de agir...por outro lado, um sítio onde as pessoas não sejam simpáticas não me fará obrigar a parecer que estou bem quando não quero estar bem. Para além disso aqueles países estão feitos para quem anda de bicicleta e aqui não, e sinceramente pequenas coisas como estas seduzem-me totalmente, poder ir para o trabalho e voltar de bicicleta seria algo que me faria feliz todos os dias.
Outra das coisas que prezaria muito nesses países é a sua capacidade de organização, consciência ambiental e simplicidade na vida. Sei que socialmente são locais aborrecidos e inacessíveis, toda a gente leva uma vida muito reservada e essa solidão mal aproveitada leva muitos escandinavos a cometer suicídio, mas como não desfrutei de vida social muito em parte devido às más(boas) companhias que tive em juventude não é em idade adulta que tenciono isso. Nessa idade ambiciono a solidão pessoal pela busca da paz interior, viver sozinha completamente até ao resto dos meus dias porque não há nada melhor que a liberdade e a simplicidade que é apenas lidarmos com os nossos problemas em vez de termos de lidar também com os problemas das pessoas que vivem connosco e que muitas vezes apenas descarregam em nós e provocam em nós ainda mais problemas e stresses. Chegar à minha casa com um apreciável jardim rodeada de árvores (como nesses países), a uma distância apreciável de vizinhos, abrir a porta, entrar...ouvir o silêncio...para outras pessoas nada mais horrível mas para mim um cenário perfeito!
Coisas imutáveis na minha vida por mais que ela mude? casar e ter filhos...nunca! a minha liberdade é aquilo que mais prezo na vida, quer liberdade emocional quer em termos de responsabilidades.
São precisas pelo menos duas pessoas para causar desavenças, discussões ou qualquer outro tipo de chatices...sozinha não iria discutir comigo própria, não haveria discussões no meu lar.
À noite adorava puder abrir uma janela e em vez de ver a estrada de asfalto, as luzes que bloqueiam a luz das estrelas, e os prédios que cercam o meu apartamento quem me dera puder apreciar o manto celestial. Em vez de ouvir a televisão dos vizinhos ou as suas discussões ouvir o vento trespassar as folhas das árvores...em vez de viver num cubículo como todos os apartamentos viver numa terra assente no chão com muito espaço, acima de tudo espaços verdes...
Claro que queria ter o meu curso e desempenhar alguma função para a sociedade com o curso, a energia aplicada ao ambiente é o assunto pelo qual nutro mais interesse, o que também é assim nesses países. Não me imagino realmente a trabalhar em alguma coisa que não envolva ciência.
E é claro que não ia ermitar, queria viver em sociedade, não numa cidade, mas sim numa vila pouco povoada e calma.
As única coisa mais que eu quero mesmo? viajar, viajar muito, aprender muito, ler muito,praticar imensas modalidades deportivas e experimentar desportos radicais, escrever e aprender música.
Gostava de deixar algo de bom no mundo, poder ajudar, especialemente na mudança de mentalidades para que as pessoas tratem bem os animais e o ambiente preservando a natureza em detrimento do capitalismo e lucro. Dedicaria grande parte da minha vida a pesquisar formas limpas de energia e mais eficientes. Gostava de acreditar nas pessoas outra vez...
O que também gostava mas não depende de mim? ter amigos à minha altura e dignos da minha amizade que nutram o mesmo espírito de aventura pela vida que eu.
É esta a minha motivação e é tudo isto que ambiciono de uma vida que não precisa de ser muito longa, porque o que conta não são os anos da tua vida, mas sim a vida dos teus anos.
o tipo de casa ideal
o meio de transporte ideal
a vista ideal: fiordes
chuva: o clima ideal
aventura: fazer muitos inter-rails
desportos radicais: skydiving
praticar surf
verdadeira amizade
vista de janela nocturna (aurora boreal e estrelas)
a minha missão e o meu maior objectivo de vida: ajudar a salvar o Mundo
sábado, 27 de novembro de 2010
Harry Potter e os talismãs da morte
Fui ao cinema sozinha (para variar), tinha de ir ver o penúltimo filme da saga Harry Potter, não é que seja grande fã, mas acho piada aquele ambiente místico e negro à volta do filme.
Desta vez tive pena de o Ron não aparecer tantas vezes, e de quase não ter feito piadas, este filme foi mesmo sério do princípio ao fim...nem o Draco Malfoy teve direito a uma fala com uma frase bem estruturada e com substrato! As minhas personagens preferidas são mesmo aquelas duas por mais estranho e popstas que sejam: o Ron é o miúdo simpático e divertido, ruivo e encatador e o Draco considero que seja um pouco como eu, superficialmente frio e mau mas no fundo é uma vítima das circunstâncias, até me deu a entender que no filme ele queria ajudar Harry a fugir não dizendo que tinha a certeza de um tal rapaz raptado do bosque desfigurado com um encanto e acompanhado de Ron e Hermione fosse o Harry Potter (quando era de caras o Harry Potter!!!).
Não vou contar pormenores do filme até porque nem acho que hajam muitos...mas posso dizer que chorei como um bebé quando o elfo morreu ao ajudar os amigos a fugir de Lord Voldemort, no fim ele disse ao Harry: "estou feliz por estar com os meus amigos!".
Desta vez tive pena de o Ron não aparecer tantas vezes, e de quase não ter feito piadas, este filme foi mesmo sério do princípio ao fim...nem o Draco Malfoy teve direito a uma fala com uma frase bem estruturada e com substrato! As minhas personagens preferidas são mesmo aquelas duas por mais estranho e popstas que sejam: o Ron é o miúdo simpático e divertido, ruivo e encatador e o Draco considero que seja um pouco como eu, superficialmente frio e mau mas no fundo é uma vítima das circunstâncias, até me deu a entender que no filme ele queria ajudar Harry a fugir não dizendo que tinha a certeza de um tal rapaz raptado do bosque desfigurado com um encanto e acompanhado de Ron e Hermione fosse o Harry Potter (quando era de caras o Harry Potter!!!).
Não vou contar pormenores do filme até porque nem acho que hajam muitos...mas posso dizer que chorei como um bebé quando o elfo morreu ao ajudar os amigos a fugir de Lord Voldemort, no fim ele disse ao Harry: "estou feliz por estar com os meus amigos!".
Electromagnetismo
os trovões são fenómenos electromagnéticos
André- Marie Ampère (1775-1836)
"Ampère, cientista francês, é considerado o descobridor do electromagnetismo-a relação entre correntes eléctricas e campos magnéticos.A genialidade de Ampère, particularmente na matemática, tornou-se evidente quando ele tinha 12 anos de idade; entretanto, a sua vida pessoal foi repleta de tragédia. Seu pai, um rico funcionário municipal, foi guilhotinado durante a Revolução Francesa e a sua esposa morreu jovem, em 1803. Ampère morreu aos 61 anos de idade, de pneumonia.
Seu julgamento sobre a sua vida é claro pelo seu epitáfio que escolheu para o seu túmulo: Tandem Felix (Finalmente Feliz)"
...
Perante isto uma pessoa já não sabe realmente se há-de seguir estes exemplos de genialidade ou ficar deprimida porque a genialidade na ciência ou noutro área de conhecimento qualquer, ou até mesmo a riqueza são acompanhads da dor da tristeza e fracasso pessoal...eu adoraria ser um génio da ciência e descobrir algo que ainda mais ninguem descobriu, mas não me imagino mais infeliz que já sou a este ponto!A título de exemplo, numa confereância de investigação operacional em que prestei auxílio e contou com o professor John Nash (prémio da economia) e outro grande matemático: professor Kuhn, este último numa palestra falou-nos de ilustres matemáticos e eu contei pelo menos 3 suicídios assim seguidos. Outro exemplo da loucura da genialidade até podem ser os gregos que cometeram suicídio porque davam em doidos por não conseguirem resolver números fraccionários visto nessa altura não se ter descoberto os números racionais...ou até Arquimedes que se dizia até se esquecer de levantar na cama porque se afundava nos seus pensamentos mirabolantes de matemática...
André Ampère
É impressionante as coisas que podemos aprender enquanto estudamos cautelosamente manuais de física, hoje por exemplo, estava eu no meu estudo de electromagnetismo e óptica a desvendar os segredos dos veículos de levitação magnética, quando me deparo com uma pequena nota sobre um cientista, leiam só, a fonte é o livro Serway traduzido para português:André- Marie Ampère (1775-1836)
"Ampère, cientista francês, é considerado o descobridor do electromagnetismo-a relação entre correntes eléctricas e campos magnéticos.A genialidade de Ampère, particularmente na matemática, tornou-se evidente quando ele tinha 12 anos de idade; entretanto, a sua vida pessoal foi repleta de tragédia. Seu pai, um rico funcionário municipal, foi guilhotinado durante a Revolução Francesa e a sua esposa morreu jovem, em 1803. Ampère morreu aos 61 anos de idade, de pneumonia.
Seu julgamento sobre a sua vida é claro pelo seu epitáfio que escolheu para o seu túmulo: Tandem Felix (Finalmente Feliz)"
...
Perante isto uma pessoa já não sabe realmente se há-de seguir estes exemplos de genialidade ou ficar deprimida porque a genialidade na ciência ou noutro área de conhecimento qualquer, ou até mesmo a riqueza são acompanhads da dor da tristeza e fracasso pessoal...eu adoraria ser um génio da ciência e descobrir algo que ainda mais ninguem descobriu, mas não me imagino mais infeliz que já sou a este ponto!A título de exemplo, numa confereância de investigação operacional em que prestei auxílio e contou com o professor John Nash (prémio da economia) e outro grande matemático: professor Kuhn, este último numa palestra falou-nos de ilustres matemáticos e eu contei pelo menos 3 suicídios assim seguidos. Outro exemplo da loucura da genialidade até podem ser os gregos que cometeram suicídio porque davam em doidos por não conseguirem resolver números fraccionários visto nessa altura não se ter descoberto os números racionais...ou até Arquimedes que se dizia até se esquecer de levantar na cama porque se afundava nos seus pensamentos mirabolantes de matemática...
terça-feira, 23 de novembro de 2010
"espessa camada de silêncio ao entrar no Mundo"
Ao longo das caminhadas na serra de Sintra encontrei uma tabuleta que dizia estas lindas palavras:
"Sou por uma arte que dê ao Homem força, dignidade e esperança perante um mundo absurdo, cruel e vazio e também perante a morte. O papel do artista é questionar o mundo, provocando fissuras no vocabulário.
Os objectos artísticos conduzem-nos a um ponto de paragem, despoletando, por vezes, forças e emoções secretas; eles podem não atingir todos, mas basta que alguém seja tocado para que a Arte esteja salva."
domingo, 21 de novembro de 2010
21
Visitei a vila de Sintra e subi até ao Palácio da Pena , explorei o enorme jardim repleto de árvores centenárias cujas copas escondiam a pouca luz solar de um dia de outono, só se ouvia o murmurar do vento, só lá estava eu e o vento...toda a gente tinha desaparecido, no mundo não existia mais nada nem mais ninguém era só eu e aquela vista maravilhosa repleta de magia.
A maior lição que posso ter tirado daquele dia é que não devemos deixar de fazer as coisas que gostamos por causa dos outros, a presença ou ausência dos outros na nossa vida não pode ser determinante para a nossa felicidade.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
amizades de fachada
Ter amizades de fachada ou a fingir é das coisas piores que podemos ter pior ainda mesmo que termos estado sempre sempre sós mas observando tudo à volta posso-me descartar de qualquer culpa que possa ter sobre mim uma vez que a única coisa que sucedeu foi a minha tremenda falta de sorte ao atrair todo e qualquer tipo de gente que conheço aqui e ali. No fundo projectei nessas pessoas uma ideia de mim não real e mais positiva e elas pareciam gostar do meu modo de ser alegre mas forçado, depois fui dando mais e mais e sempre senti que pouco ou nada recebi em troca do meu esforço por manter ou começar uma amizade. Quando mostrava ser mais eu com direito a maus dias, direito a não ser fantoche e estar sempre a falar (já que a maior parte das minhas conversas era monólogos), quando mostrava o que estava a sentir e comecei a dizer o que pensava e sentia essas pessoas acharam-me estranha, negativista, bruta e arrogante...e não gostaram.
A maior parte dessas pessoas pura e simplesmente falharam no teste mais importante de todos e que nem era muito difícil: não fui dizendo nada e elas também até pura e simplesmente não nos falarmos mais ou então dizermos um Olá miserável como se isso tivesse de ser uma obrigação e regra de boa educação. De facto dizer um Olá com um sorriso vão a alguem que mal conheça não me custa nada mas fazê-lo a alguem que julguei conhecer chega a ser doloroso. O que pode ficar de meses e meses de mútuo desprezo? no meu caso ficou uma ténue lembrança de algures no espaço e tempo ter falado com essa pessoa mas ela passa logo a não existir depois do momento em que limpo umas quantas lágrimas num olho e noutro e penso no tempo que perdi a construir aquela fachada. Mas para essas pessoas não! Para elas parece que tudo continua igual e que somos amigos como sempre como dantes, sem o mínimo esforço mutuo de manter algum tipo de contacto. Devo dizer que isso para mim não funciona. E devo dizer que lamento todo o tempo que perdi com elas e que elas me fizeram perder. O cerne maior da questão é aquela dúvida atormentável sobre o que é então ser amigo?Para muita gente quanto mais pessoas melhor, qualquer pessoa com quem almoces meia dúzia de vezes e cumprimentes já é teu amigo, qualquer pessoa com quem tenhas 2 dedos de conversa é teu amigo? O que é para elas ser amigo? Para elas parece ser tão fácil para mim é muito difícil... e eu prefiro não ter ninguem a ter muita gente sem nenhum interesse. Prefiro passar e ser ignoarda por todos de facto se eu pudesse ter um poder seria invisível, eu prefiro a solidão do que as amarras de uma relação falsa e sem significado.No final fica esta sensação estranha e constrangedora de já depois de tanto desprezo não sentires absolutamente nada por essa pessoa, e quando digo nada refiro-me a nada. Tento pegar em razões para que eu goste dela ou ela goste de mim e não as há e eu não as sinto. Essa pessoa e tantas outras passaram a ser só mais umas memórias vãs e turvas de um passado que não volta...O que também é incrível é o esforço todo que fiz por conhecer pessoas, o esforço que fiz por gostar delas e a recompensa aparente de elas parecerem gostar de mim...no fim ninguem foi suficientemente interessante para mim, ninguem fez mais ou igual por mim do que fiz por eles mas incompreensivelmente parecem não querer entender o que digo e que estou a sentir. Custa ter confiado demais e não receber a confiança deles, custa terme-me esforçado demais, custa terme-me preocupado demais, custa ter gostado demais, custa ter tido todos aqueles desabafos incompreendidos que só serviam para aguçar a curiosidade alheia, custa ter sido parva, custa ter acreditado nos outros, custa ter tido ilusões...Como exemplo mais óbvio, quando já não se sente nada numa relação dita amorosa as pessoas acabam por se separar, os rostos alegres ternurentos e inspiradores de confiaça passam a ser frios e distantes até que toda a mágoa dá lugar à aceitação e à indiferença por tudo isso.
Não ter alguem mesmo que se goste para fazer as coisas de que se goste é o mesmo que não ter nada nem ninguem. A partir do momento em que se tem de fazer as coisas de que se gosta sozinho é aí que se sabe que não se tem ninguém e é tudo fachada.Para continuar em frente há que quebrar o passado e todas as pessoas que nos prendem a ele...eu estou a acabar com todo o meu Mundo desinteressante prefiro optar pela solidão porque a solidão verdadeira dói menos que uma amizade de fachada.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
1ª Viagem à Dinamarca: it was just a dream
Já há muito que voltei da Dinamarca há muito tempo mas tinha de escrever o próximo post sobre os 10 dias que lá passei.
A verdade é que afinal eu tinha uma ideia muito diferente do que aquele país poderia ser, as expectativas eram muito altas e saí um pouco desiludida. Houve coisas que gostei e outras não, coisas que me surpreenderam quer pela positiva quer pela negativa...mas de modo simples e conciso posso dizer que a Dinamarca não é o país de sonho que idealizei.
Pontos Positivos:
1) As pessoas são do mais simples que vi em termos de modo de vida, vestem-se com o que é mais práctico, não são de modas e apesar de terem bons ordenados não sentem a necessidade de mostrar as suas posses em vez de carros andam de bicicleta (os portugueses por outro lado gostam de mostrar o que têm e não têm e muitos apesar de não terem uma casa muito boa fazem por ter um carro topo de gama que muitas vezes nem conseguem pagar e acaba por ser penhorado).Os carros que vi na rua nem eram topo de gama como audis ou mercedes.
2) Há uma forte consciência ecológica uma vez que imensa gente anda de bicicleta e transportes públicos mesmo quando chove imenso andam sempre de bicicleta. Não metem sequer cadeados nas bicicletas o que mostra que ninguém rouba nada a ninguém. Em Portugal esse cenário é inexistente pois ninguém anda de bicicleta na rua (até porque nas cidades nem foram feitas ciclovias com esse intuito. Em Portugal andar de bicicleta é uam actividade recreativa ou desportiva e não um modo de locomoção).
3) A 1ª vez que saí à noite sozinha foi em Copenhaga e não houve lugar onde me sentisse mais segura à noite apesar de haver pouquíssima gente na rua.
4) As ruas estão sempre muito limpas.
5) Tinham museus interessantíssimos e de renome internacional como o Museu Nacional com obras primas tais como o artefacto viking charriot of sun e Det Carlsberg Glyptotek com obras de Degas e Van Gogh. Os palácios também eram muito interessantes.
6) Era tudo muito verde talvez devido também ao clima chuvoso.
7) Eu adoro aquele tempo: bastante chuva e vento e algum frio também. Os dias de sol tendem a pôr-me deprimida e não suporto o calor de modo que prefiro bem mais aquele clima.
8) Os subúrbios são bastante acolhedorese com condições: os prédios são todos bem conservados, os prédios são pouco altos (não vi nem um arranha céus) e a maior parte das pessoas vive em pequenas moradias com pequenos quintais, as casas típicas também são habitadas ao contrário de em Portugal que ou quase não existem ou são só para fins turísticos ou servem de escritórios e armazéns como a baixa lisboeta. Através das casas que vi ficou evidente que o nível de vida é muito igual entre os dinamarqueses o que denota justiça social.
9) Vi bastantes eólicas especialmente offshore.
10) Os dinamarqueses são pessoas bastante activas vi muita gente a andar a pé, de bicicleta e fazer jogging.
Pontos Negativos:
1) Há poucos turistas o que se tornou claramente evidente a partir do momento em que o planetário Tycho Brahe nem tinha legendas em inglês e não o pude visitar. Muitas vezes senti-me a única turista lá o que me desconfortou até pelos olhares.
2) A vida nocturna é aborrecida ou praticamenet inexistente. Os bares fecham muito cedo (regra geral às 10 da noite mas os mais resistentes fecham só por volta das duas da manhã), há poucas discotecas e a haver são ferquentadas por pessoas mais velhas. Há heterogeneidade de presenças em pares estando repletos tanto de mais velhos como de mais novos, sendo um ambiente demasiado estranho. As pessoas nos bares mal falam umas com as outras, timidamente cantam as músicas nos pubs, notei pouquíssima gente a divertir-se. Para além disso as bebidas são caríssimas e o karaoke praticamente é só com músicas de há 20 ou15 anos atrás. Vi pouquíssima gente nos bares e nas ruas principais de noite apesar de estarmos a meio de Agosto e ainda ser verão lá todos os dias da semana (mesmo sexta e sábado).
3)A maior parte das pessoas são o típico viking das lendas escandinavas na medida que são do mais impessoal possível, dão a menor confiança possível, são de poucas falas às vezes um pouco brutas e não escondem alguma hostilidade, desconfiança, desagrado, espanto ou frieza perante estranhos. Não são um povo muito anfitrião, e tal como nos outros países escandinavos isso reflecte-se na imigração. Os países escandinavos têm poucos imigrantes.
4) Há pouca convivência pelo menos em público ( a maior parte dos dinamarqueses faz festas privadas em casas de amigos): os cafés e restaurantes estavam sempre muito vazios e as pessoas não falavam muito umas com as outras, e a falar faziam-no muito muito baixinho.
5) A maior parte das pesssoas não gosta de falar com turistas porque são estranhos e causa-lhes algum desconforto serem abordados na rua mesmo para pedir informações em inglês.
6) Não posso dizer que achei que fossem um país de pessoas simpáticas ou antipáticas mas sim apáticas com poucas emoções quer positivas quer negativas. Não me lembro de ouvir alguém rir alto, pouca gente sorria, quase não se ouvia as pessoas a falar pois falavam muito baixinho...nos comboios até havia tabletas a dizer para não se falar ao telemóvel para não perturbar os passageiros e uma dinamarquesa chegou a levantar-se chateada por eu estar a falar em português com um nível sonoro diferente do que quando se está numa biblioteca. Para além disso pouca gente respondia a saudações de bons dias ou agradecia aquando de um pagamento muito menos nos olhavam nos olhos.
7)Também havia miséria com pessoas a dormirem na rua: novos e velhos ao frio e à chuva e à noite demandando atenção ou compaixão mas apenas recebendo desprezo.
8) A comida típica é bastante má uma vez que abusam da carne por isso nem pude provar. Não têm acompanhamentos como arroz e batatas fritas ou cozidas baseia-se tudo na dita da proteína. Aliás os pratos típicos era peixe com carne e marisco e banha mais uns molhos estranhos...irrc.
9) Era tudo super, hiper, mega caro.
10) Achei Lisboa mais bonita que Copenhaga.
11) Achei que viver ali deveria ser muito chato e em 10 dias cheguei a aborrecer-me de estar lá e tive saudades de Portugal.
12) Apesar da justiça social evidente entre os dinamarqueses eles idolatram uma família real que vive rodeada de luxos à custa dos contribuintes do estado dinamarquês. Para mim é inconcebível uma sociedade dita mais evoluída que as outras manter uma família real que mesmo sem poder político esbanja o dinheiro do povo em futilidades e luxos escandalosos.
13) Os dinamarqueses foram apontados como o povo mais feliz do mundo num estudo de há anos atrás mas essa felicidade a existir era bastante reprimida e escondida...para mim não foi visível.
Concluindo: estou muito feliz de ter realizado este meu sonho de ter ido à Dinamarca, sempre disse que não sairia de Portugal para visitar outro local sem ser 1º a Dinamarca...agora que já aconteceu estou livre para ver outros locais. E para o bem ou para o mal tirei esta obcessão da minha cabeça uma vez que era apenas um sonho. Não foi uma total desilusão mas esperava mais daquele local, um conto de fadas quando no fundo era apenas um local sombrio sem muita vida nem graça.
Estive nas nuvens o sonho levou-me lá mas o sonho desvaneceu-se quando as nuvens do céu português se desvaneciam em pó e o avião aterrava em Portugal e foi aí que me senti finalmente...em casa.
It was just a dream...
sábado, 14 de agosto de 2010
Porquê Dinamarca? Porquê Copenhaga?
É mesmo desta vez que vou ter a minha viagem de sonho à Dinamarca, mais especificamente à cidade de Copenhaga embora um dia seja para visitar a 1ª capital danesa: Roskilde e outro para ir à cidade de Malmo na Suécia. Serão 10 dias de contos de fadas no Reino da Dinamarca!!!
Em dinamarquês København, que significa porto do mercador
Mas muito pouca gente consegue compreender o porquê da minha fixação por aquele local, este post é dedicado a esclarecer essas pessoas:
PORQUÊ COPENHAGA?
1)porque tem sido repetidamente reconhecida como uma das cidades com melhor qualidade de vida do planeta e em 2008 foi apontada como a cidade mais habitável do mundo pela revista internacional Monocle no seu "Top 25 de Cidades mais Habitáveis" de 2008
2)porque é considerada uma das cidades mais ecológicas do mundo, com a água no interior do porto da cidade sendo tão limpa que pode ser usada para praticar natação, além de 36% de todos os cidadãos da cidade irem de bicicleta ao trabalho todos os dias mesmo com o mau tempo.
3)porque em 2008, Copenhaga ficou na 4ª posição pela revista, de propriedade do Financial Times, fDi Magazine em sua lista de "Top50 Cidades Europeias do Futuro" depois de Londres, Paris e Berlim.
4)porque é uma das cidades com mais ciclistas do mundo. A cidade foi escolhida pela União Ciclística Internacional como a primeira Bike City.
5) Uma cidade de contrastes onde coabita a tradição e a vanguarda modernista, relativamente perto do palácio Real e do parlamento há uma área povoada de hippies e ecologistas radicais: Christiannia.
6) diverosos viajantes apontam Copenhaga como a cidade mais limpa da Europa
PORQUÊ DINAMARCA?
1)A Dinamarca, com um estado de bem-estar social, o país possui o mais alto nível de igualdade de riqueza do mundo.
2)De 2006 a 2008, pesquisas classificaram a Dinamarca como "o lugar mais feliz do mundo", com base em normas de saúde, assistência social, e educação.
3)O Índice Global da Paz de 2009 classificou a Dinamarca como o segundo país mais pacífico do mundo, depois da Nova Zelândia.
4)A Dinamarca também foi classificada como o país menos corrupto do mundo em 2008, pelo Índice de Percepção de Corrupção, compartilhando o primeiro lugar com a Suécia e a Nova Zelândia.
5) Investe grandemente nas fontes de energia renováveis e os seus habitantes têm forte consciência ecológica.
6) Possui quase 500 ilhas e é um país pouco povoado.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
8 dias em Copenhaga/ Dinamarca
COPENHAGA
Caleidoscópio de história, cultura e entretenimento contemporâneos, Copenhaga é uma capital vibrante oferecendo um incrível leque de experiências...
Imaginando (pois para mim é a única possibilidade) 8 dias em Copenhaga que faria eu?
Dia 1 (segunda-feira): Chegada de manhã ao aeroporto Kastrup onde se situa a ilha de Amager (ilha dinamarquesa em Øresund). Começar a visita por essa ilha com especial destaque para a aldeia de Dragor onde há praias e pequenos portos. Seguir para a ilha Zelândia mais especificamente o centro de Copenhaga e ao fim de tarde visitar e jantar fora no porto de Nyhavn em Copenhaga, aproveitar para comprar souvenirs e tirar as primeiras fotografias
Nyhavn:
Dia 2 (terça-feira): Dia para conhecer melhor a cidade com uma viagem de autocarro aquático pelos canais de Copenhaga desde Nyhavn, através de Inderhavn, ao longo dos canais Slotsholmen e Christianshavn. Ver as principais atracções portuárias:
1)Operaen (ópera cujas estátuas da entrada mudam de cor consoante as condições climatéricas).
2) Den Sorte Diamant ou o Dimanate Negro. é a extensão da Biblioteca Real e alberga mais de 4,5 milhões de livros.
3)Estátua da Pequena Sereia (Den Lille Havfrue)
4)Mirar as casas flutantes ao longo dos canais
5) Havnebadet: mergulhar nas borbulhantes águas limpas desta piscina ao ar livre situada em Island Brygge.
Depois alugar uma biciclete e percorrer livremente a cidade pelas ciclovias bem-estruturadas da capital.
Havnebadet = piscina flutuante
Den Lille Havfrue= Pequena Sereia
Dia 3 (quarta-feira): Fazer um circuito para conhecer os 3 palácios da cidade: Christiansborg Slot (onde se situa o parlamento), Amaliensborg Slot (onde vive a família real) e Rosenborg Slot (onde estão as jóias da cora) sem esquecer de às 11h30 ver o render da guarda em Amalienborg Slot e subir à Igreja de Mármore: Marmorkiken cujo miradouro proporciona uma esplêndida vista da cidade de Copenhaga.
À tarde descansar em Kogens Have (um jardim real da Dinamarca perto do palácio de Rosenborg).
À noite visitar o Bairro Latino (deve este nome porque alberga a universidade mais antiga de Copenhaga (sec XV)) onde outrora a língua falada era o latim) hoje em dia zona estudantil está repleta de bares e cafés onde pode desfrutar de um bom fim de noite.
Christiansborg Slot:
Amalienborg Slot e Livgarden:
Rosenborg Slot e Kongens Have:
Dia 4 (quinta-feira):
Visitar o Museu Mundo Maravilhoso de Hans Christian Andersen onde se encontram as cenas dos contos de fadas deste escritor e outras recordações. Depois seguir para Strøget que é considerado o verdadeiro centro de Copenhaga, e é relatado por vários guias de turismo, como o caminho de pedestres mais longo do mundo. Aproveitar para fazer compras ou descansar numa esplanada: as lojas variam entre boutiques exclusivas e armazéns de roupa em segunda mão, cafés e restaurantes de todo o Mundo.
À noite visitar um dos inúmeros bares, pubs, discotecas nas ruas paralelas e nas proximidades de Strøget.
Hans Christian Andersen
Strøget (o pormenor das inúmeras bicicletas estacionadas):
Dia 5 (sexta-feira): Dia de diversão: Visitar o Parque de Diversões Tivoli com um ambiente mágico digno de contos de fadas. O Tivoli foi fonte de inspiração para Walt Disney quando este o visitou em 1950 tendo dito: "É assim que deve ser um parque de diversões!". Experimentar viagens de alta velocidade nos carrosseis Dragon, Demon e Starflyer(o maior carrossel do Mundo), visitar o Tivoli Akvarium: um fantástico aquário baseado num recife de coral tropical que alberga 1600peixes de mais de 500 variedades (é o maior aquário de água salgada da Dinamarca).O salão de concertos Tivoli Koncertsal tem concertso de rock ao ar livre às sextas feiras. Fazer uma refeição num dos emblemáticos restaurantes do Tivoli nomeadamente o Friggaden: uma réplica fantástica de um veleiro, no verão pode-se sentar no convês e apreciar as vistas.
À noite ver o exuberante show: A Tivoli Fairytale e fogo de artifício.
Frigate:
Tivoli à Noite:
Dia 6 (sábado): Visitar Christiania (comunidade hippie)
Dia 7 (domingo): Acordar bem cedo pois neste dia vamos dar um pulo até à Suécia!
Fazer a travessia da Ponte de Øresund (em dinamarquês Øresundsforbindelsen, em sueco Öresundsförbindelsen) que liga a ilha da Zelândia (Dinamarca) à Suécia, através do estreito de Öresund. Com 7845 metros de comprimento, é a maior ponte rodoferroviária da Europa. Chegada a Malmö (a maior cidade do Sul da Suécia). Tempo de travessia: aproximadamente 35 minutos.
Øresund Bridge (view from Amager island):
Malmö (Sweden city):
Dia 8 (segunda): é a partida de volta a Lisboa mas com uma promissora despedida: "até breve!". Seria impossível não voltar...
Caleidoscópio de história, cultura e entretenimento contemporâneos, Copenhaga é uma capital vibrante oferecendo um incrível leque de experiências...
Imaginando (pois para mim é a única possibilidade) 8 dias em Copenhaga que faria eu?
Dia 1 (segunda-feira): Chegada de manhã ao aeroporto Kastrup onde se situa a ilha de Amager (ilha dinamarquesa em Øresund). Começar a visita por essa ilha com especial destaque para a aldeia de Dragor onde há praias e pequenos portos. Seguir para a ilha Zelândia mais especificamente o centro de Copenhaga e ao fim de tarde visitar e jantar fora no porto de Nyhavn em Copenhaga, aproveitar para comprar souvenirs e tirar as primeiras fotografias
Nyhavn:
Dia 2 (terça-feira): Dia para conhecer melhor a cidade com uma viagem de autocarro aquático pelos canais de Copenhaga desde Nyhavn, através de Inderhavn, ao longo dos canais Slotsholmen e Christianshavn. Ver as principais atracções portuárias:
1)Operaen (ópera cujas estátuas da entrada mudam de cor consoante as condições climatéricas).
2) Den Sorte Diamant ou o Dimanate Negro. é a extensão da Biblioteca Real e alberga mais de 4,5 milhões de livros.
3)Estátua da Pequena Sereia (Den Lille Havfrue)
4)Mirar as casas flutantes ao longo dos canais
5) Havnebadet: mergulhar nas borbulhantes águas limpas desta piscina ao ar livre situada em Island Brygge.
Depois alugar uma biciclete e percorrer livremente a cidade pelas ciclovias bem-estruturadas da capital.
Havnebadet = piscina flutuante
Den Lille Havfrue= Pequena Sereia
Dia 3 (quarta-feira): Fazer um circuito para conhecer os 3 palácios da cidade: Christiansborg Slot (onde se situa o parlamento), Amaliensborg Slot (onde vive a família real) e Rosenborg Slot (onde estão as jóias da cora) sem esquecer de às 11h30 ver o render da guarda em Amalienborg Slot e subir à Igreja de Mármore: Marmorkiken cujo miradouro proporciona uma esplêndida vista da cidade de Copenhaga.
À tarde descansar em Kogens Have (um jardim real da Dinamarca perto do palácio de Rosenborg).
À noite visitar o Bairro Latino (deve este nome porque alberga a universidade mais antiga de Copenhaga (sec XV)) onde outrora a língua falada era o latim) hoje em dia zona estudantil está repleta de bares e cafés onde pode desfrutar de um bom fim de noite.
Christiansborg Slot:
Amalienborg Slot e Livgarden:
Rosenborg Slot e Kongens Have:
Dia 4 (quinta-feira):
Visitar o Museu Mundo Maravilhoso de Hans Christian Andersen onde se encontram as cenas dos contos de fadas deste escritor e outras recordações. Depois seguir para Strøget que é considerado o verdadeiro centro de Copenhaga, e é relatado por vários guias de turismo, como o caminho de pedestres mais longo do mundo. Aproveitar para fazer compras ou descansar numa esplanada: as lojas variam entre boutiques exclusivas e armazéns de roupa em segunda mão, cafés e restaurantes de todo o Mundo.
À noite visitar um dos inúmeros bares, pubs, discotecas nas ruas paralelas e nas proximidades de Strøget.
Hans Christian Andersen
Strøget (o pormenor das inúmeras bicicletas estacionadas):
Dia 5 (sexta-feira): Dia de diversão: Visitar o Parque de Diversões Tivoli com um ambiente mágico digno de contos de fadas. O Tivoli foi fonte de inspiração para Walt Disney quando este o visitou em 1950 tendo dito: "É assim que deve ser um parque de diversões!". Experimentar viagens de alta velocidade nos carrosseis Dragon, Demon e Starflyer(o maior carrossel do Mundo), visitar o Tivoli Akvarium: um fantástico aquário baseado num recife de coral tropical que alberga 1600peixes de mais de 500 variedades (é o maior aquário de água salgada da Dinamarca).O salão de concertos Tivoli Koncertsal tem concertso de rock ao ar livre às sextas feiras. Fazer uma refeição num dos emblemáticos restaurantes do Tivoli nomeadamente o Friggaden: uma réplica fantástica de um veleiro, no verão pode-se sentar no convês e apreciar as vistas.
À noite ver o exuberante show: A Tivoli Fairytale e fogo de artifício.
Frigate:
Tivoli à Noite:
Dia 6 (sábado): Visitar Christiania (comunidade hippie)
Dia 7 (domingo): Acordar bem cedo pois neste dia vamos dar um pulo até à Suécia!
Fazer a travessia da Ponte de Øresund (em dinamarquês Øresundsforbindelsen, em sueco Öresundsförbindelsen) que liga a ilha da Zelândia (Dinamarca) à Suécia, através do estreito de Öresund. Com 7845 metros de comprimento, é a maior ponte rodoferroviária da Europa. Chegada a Malmö (a maior cidade do Sul da Suécia). Tempo de travessia: aproximadamente 35 minutos.
Øresund Bridge (view from Amager island):
Malmö (Sweden city):
Dia 8 (segunda): é a partida de volta a Lisboa mas com uma promissora despedida: "até breve!". Seria impossível não voltar...
domingo, 18 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
Ao meu avô materno José dos Santos Amaro
17-Julho-2010
Partiste deste Mundo sem eu me ter despedido de ti.
Sinto-me irreparávelmente afundada num desgosto profundo. Perdi a derradeira oportunidade de me despedir de ti, de ver o teu olhar azul cuja face franzina e risonha estava enrugada pelos belos anos da tua magnífica existência. Mas o brilho dos teus olhos, esse, nem as rugas o conseguiam encobrir...e agora esse brilho desapareceu nesta noita fatídica para todo o sempre.
Nunca até hoje sabia o que era perder um ente querido nem o que uma pessoa poderia sentir nessa situação...infelizmente agora sei-lo...e dói. É um sentimento estranho e não sei como reagir mas os meus olhos vertem água salgada até momentaneamente secarem, o coração parece que se despedaçou e os soluços sufocam-me.
Desde que foste internado que apesar de todos serem pessimistas e nos estarem a anunciar a tua morte que eu acreditei que ias conseguir viver mais e puder ver-te e puder abraçar-te...mas não...
A minha mãe disse que quando te foi ver ao hhospital tu não falavas por causa do AVC então ela mostrou-te uma foto minha e tu começaste a chorar...agora os remorços e a minha dor são tantos e a minha consciência não pára de me culpar...
Hoje à noite antes de saber a notícia, deite-me no sofá a ver televisão...um programa captou a minha atenção sem razão aparente, eu não sabia o porquê de estra a ver aquele filme e muito menos de estar a chorar desalmadamente...o filme era sobre um pescador velho, com olhos azuis como os teus e fez-me lembrar de ti...tudo nele era velho e cansado menos o seu olhar e a sua força de viver...mesmo que a vida o maltratasse...ficou 85 dias sem prescar nada no mar, vivia miseravelmente, só tinha um pequeno rapaz que era seu amigo e lhe dava a pouca comida que tinha, um dia sozinho conseguiu pescar um grande espadarte mas os tubarões arruinaram-lhe a pesca...
O final não sei porque me levantei e segundos depois o filme tinha acabado...mas agora sei porque estava a ver aquele filme e a chorar, pressenti qualquer coisa, aquele pescador eras tu avô: bravo e mesmo doente queria e tinha de ir ao mar...
O telefone tocou pouco depois, senti uma má vibração e decidi ignorar esse pressentimento bem como o telefonema...ninguém atendeu, ligaram-me para o telemóvel...não quis atender, deite-me tentei ignorar todos esses presságios e pensamentos, tentei adormecer mas não conseguia...o meu pai entrou no meu quarto com um tom grave na voz e eu parece que já sabia o que ele ia dizer por isso fingi que dormia...algo me dizia para não ouvir, para evitar, para ignorar...mais tarde levanto-me e vejo que tenho uma mensagem no telemóvel: "o avô morreu", e é então que uma crise incontrolável de choro apodera-se da minha alma...não consegui acreditar.
Não, não dá para acreditar que te foste embora, não, NÃO sem eu me ter despedido de ti, sem eu nunca ter tido a coragem de te poder mostrar o quanto de admiro, que te amo, pois és um herói para mim...
Foi há cerca de 7 meses que te vi pela última vez...mas não me consigo lembrra do teu último olhar, de como foi essa última vez que te abracei, do que te disse cara à cara e do que tu me disseste a mim...só eu sei o quanto me sinto mal agora...
A última vez que ouvi a tua voz foi por telefone, antes de seres internado, quando ainda conseguias falar...estavas bem disposto, falámos do tempo que estava "está calor"dizias, perguntei-te se estava tudo bem e tu disseste que sim, se estavas melhor e tu disseste que sim...pudera és forte e mesmo estando mal dirias que estavas bem...ouvia-te a rir do outro lado da linha e subitamente ficámos sem assunto até me disseste: "então não dizes nada?" (desculpa avô :( então dissemos adeus...nunca pensei que esse seria o último adeus!
A tua voz ecoa na minha mente como uma sinfonia melancólica e ao mesmo tempo alegre...porque ao menos lembro-me da tua voz, mas não consegui perceber o quão poderias estar mal, o quão verdadeiramente eras importante para mim, porque nunca consegui dizer: "gosto muito de ti avô". Mesmo afastados pela distância és importante para mim, és o meu exemplo a seguir...e não me conseguirei habituar a dizer que eras, que foste...não consigo acreditar que já não és...
Como viverei o resto dos meus dias com a culpa, a mágoa e a tenebrosa dor de nunca me ter despedido de ti?
Nunca falámos muito, talvez porque raramente te via mas respeitava-te imenso...adorava-te!
Espero que na hora final a morte tenha tido compaixão por ti e não tenhas sofrido muito e onde quer que estejas, onde quer que a tua alma esteja espero que estejas em paz.
A tua memória, o teu riso, a tua bravura, a tua coragem, a tua coragem de viver...essas coisas ficarão para sempre comigo bem como a mágoa, a tristeza e o inconformismo e a implacável dor de não me ter despedido de ti. Hoje não foste só tu que morreste, uma parte de mim também morreu contigo.
Descansa em paz avô...eu sempre te amei e sempre te continuarei a amar.
Com eterna saudade da tua neta que jamais te esquecerá:
Amo-te Avô!
domingo, 4 de julho de 2010
Pedra filosofal- António Gedeão
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
ECOCENTRISMO
Econcenttrismo é a minha filosofia me relação à vida na Terra, que assenta um conjunto de valores centrado na Natureza. No nosso mundo CAPITALISTA e industrializado a Terra enquanto conceito de casa não é um conceito tão óbvio quanto deveria ser, talvez porque neste meio poluído e corrompido poucas vezes temos a oportunidade admirar a Natureza que nos envolve, a qual estamos constantemente a explorar em nosso proveito levando à degradação ambiental. Outra noção quanto a mim incorrectíssima é a de que toda a Natureza e por isos todos os demais animais que habitam a ECOSFERA devem ser subordinados ao ser humano, assim o nosos modo de alimentação é encarado simplesmente como cadeia alimentar. Por isso defendo naturalmente o veganismo (não comer animais nem os explorar em nosso proveito, quer para roupas e outros produtos derivados como queijo, leite e ovos). Não que seja vegan para já mas sei que com o passar do tempo conseguirei ser e manter esse nível de vida.
É porque o Universo tem valor por si próprio e não o valor que nós lhe decidimos dar.
Apesar de os outros animais seguirem esse padrão, nós com o nosso livre arbitrio podemos ecolher seguir outro rumo, e mesmo continuando a alimentarmo-nos de animais e de seus derivados devíamos de no mínimo preocuparmo-nos com o bem estar animal, condenando e boicotando as sanguinárias cadeias alimentares que vêm nos animais simples objectos de lucro.
Sem uma perspectiva ecocêntrica que sirva como âncora para os valores e propósitos numa realidade maior do que a de nossa espécie, a resolução dos conflitos politicos, económicos, e religiosos será impossível.
ECOCENTRISMO:
Princípios Chave
1º: A Ecosfera é o centro de Valor da Humanidade
2º: A Creatividade e Produtividade dos Ecossistemas da Terra Depende de Sua Integridade
3º: A Perspectiva Terracentrica é apoiada pela História Natural
4º: Ética Ecocêntrica está firmada na Consciência de nosso Lugar na Natureza
5º: Uma Perspectiva Global Ecocêntrica Valoriza Diversidade de Ecossistemas e Culturas
6º: Ética Ecocêntrica Apoia a Justiça
Princípios de Ação:
7º: Defender e Preservar o Potencial Criativo da Terra
8º: Reduzir o Tamanho da População Humana (MUITO IMPORTANTE!!!)
9º: Reduzir o Consumo das Terra por Seres Humanos (isso implica reduzir ou eliminar o consumo de carne: a maior parte das terras produtoras de cereais servem para alimentar gado e não pessoas!)
10º: Promover um Governo Ecocêntrico
11º: Propagar a Mensagem e CUMPRI-LA COM SERES INDIVIDUAIS, ter consciência que SE MUDARMOS O NOSSO MUNDO O MUNDO MUDA
os 6 graus que podem mudar o Mundo
Os 6 graus que podem mudar o Mundo (FONTE: NATIONAL GEOGRAPHY)
Vivemos num Mundo (sec XIX) pelo menos 1ºC mais quente que no sec XIX.
As previsões para o futuro são alarmantes:
•Dentro de 4 décadas os glaciares dos Himalaias fonte de água para milhares de pessoas terão desaparecido.
•Dentro de 50 anos a fusão do manto de gelo da Gronelândia poderá ser imparável.
•Até ao final deste século a Floresta Tropical da Amazónia que alberga metade da biodiversidade do Mundo poderá transformar-se numa savana árida.
Estamos à beira do aquecimento de um grau a temperatura mais quente em milhares de anos mas ao longo dos próximos cem anos poderá haver uma subida de temperatura de 1ºC a 6ºC e cada grau significa um futuro radicalmente diferente. Os dados actuais demonstram que a temperatura global média já subiu 0,8ºC.
Evidências contemporâneas do aquecimento global:
*Incêndios na Austrália que já era o continente mais seco do Mundo e agora está a sofrer a pior seca dos últimos 1000 anos. Os climatologistas prevêm que os incêndios piorem daqui a 30 anos.
O aquecimento global não significa apenas o lento aumento das temperaturas médias, este fenómeno altera completamente o funcionamento da Terra. É por isso que podemos ver secas numa região, inundações noutra ou até mesmo uma sucessão de secas e inundações no mesmo local.
Uma mudança de seis graus de um dia para outro é algo que se pode esperar no âmbito das oscilações meteorológicas normais. Seis graus em termos da alteração média global é diferente. Seis graus a menos é a diferença entre hoje e a última Era Glaciar há 18 mil anos. Se apenas 6 graus a menos transformaram a Terra criando uma Era Glaciar imaginem-na 6 graus mais quente………
As primeiras alterações acontecem na atmosfera constituída por uma pequena % de gases com efeito de estufa (um cocktail de vapor de água, metano, dióxido de carbono, óxidonitroso e ozono) que retêm a radiação emitida pela Terra, há medida que a concentração desses gases aumenta eles retêm mais calor o que pode afectar radicalmente o clima em todo o planeta. Ao longo dos últimos 250 anos as emissões dos gases com efeito de estufa subiram em flecha há medida que descobríamos cada vez mais formas de utilizar mais e mais energia. O CO2 é o preço oculto que pagamos.
Há agora 383 moléculas de CO2 em cada milhão, parece insignificante mas há medida que a concentração de CO2 aumenta o mesmo acontece com a temperatura em todo o planeta. O nível perigoso é de 450 partes por milhão e jás estamos em 383 ppm.
*Um aquecimento global de mais um ou dois graus célsius é um grande problema.
*Se o Mundo aquecer 1ºC o Árctico não terá gelo durante metade do ano abrindo aos navios a lendária passagem do Noroeste. Dezenas de milhares de casas junto ao Golfo de Bengala serão inundadas. O Atlântico Sul começa a ser fustigado por furacões, intensas secas na zona ocidental dos EUA provocam escassez de cereais e carne no mercado global, é provável o aparecimento de novos desertos entre Texas e California. Os padrões agrícolas são visivelmente alterados, por exemplo hoje é possível existirem viniculturas e plantações de oliveiras em Inglaterra enquanto a zona francesa de produção de champanhe está a aquecer demais para continuar a produzir uvas. Em breve as temperaturas do verão inglês serão semelhantes às mediterrânicas!
*No tempo dos nossos pais e avós era tudo mais fresco e verdejante….
Estamos tão próximos dos pontos de viragem que temos mesmo que estabilizar os níveis de CO2.
O planeta já passou por alterações climáticas mas geralmente estas processam-se ao longo de milhares ou milhões de anos agora o aquecimento global está a ser medido em décadas até em anos! Isso significa que há imensas espécies que não vão conseguir acompanhar o ritmo, aquecer a esta velocidade poderá levar-nos para território desconhecido. O aquecimento global começou por o nosso apetite insaciável por energia.
Quase 90 % da energia do Mundo começa por ser um combustível fóssil: carvão, petróleo, gás natural. Mas é impossível escapar à química resultante da queima de restos mortais fossilizados de animais e plantas pré-históricos: o dióxido de carbono.
Juntos, estes três combustíveis constituem a maior fonte de emissões de CO2 que inundam a atmosfera. Eles melhoraram a qualidade de vida de gerações e é difícil imaginar como seria passar sem eles. E o impacto carbónico de tudo o que fazemos vai-se acumulando.
Nota: Nos EUA a emissão de gases resultantes do processo de produção de cheeseburguers é maior que a emissão de GEE de todos os automóveis!
Se a temperatura subir mais que um grau poderá ameaçar o delicado equilíbrio da natureza do fundo dos mares aos cumes mais altos do mundo. As alterações deixarão de ser graduais: os glaciares da Gronelândia desaparecem, a falta de gelo já é tanta que os ursos polares tem dificuldades de locomoção, os insectos migram em novas e estranhas direcções, há medida que um clima temperado avança para norte dos EUA os escaravelhos dos pinheiros matam as árvores das florestas de casca branca a principal fonte de alimento para um urso pardo no Outono, novas florestas instalam-se na tundra que derrete no Canadá, as ilhas de Tuvalu (?) no Pacífico desaparecem sob as marés que sobem sob o efeito do aquecimento global…este poderá ser o nosso mundo com mais 2ºC.
Mas um aquecimento de 2ºC no ecossistema marinho é muito mais severo, podemos vir a perder a maioria dos recifes de coral do mundo, mais de 1 milhão de espécies diferentes, vivem, alimentam-se e reproduzem-se junto dos recifes, precisam mesmo do recife e é-lhes impossível viverem sem ele.
Os oceanos são o maior depósito de carbono do planeta, o principal mecanismo natural para absorver o CO2 atmosférico, mas ultimamente há indícios de que se estão a deteriorar.
Em condições normais espécies minúsculas como os foraminíferos e os cocolitóferos (?) absorvem o CO2 da água e utilizam-no para formar as suas conchas e os seus esqueletos mas há um ponto de viragem em que o excesso de CO2 nos oceanos torna a água cada vez mais ácida. A acidificação destrói as conchas e os esqueletos dessas criaturas e impede-as de absorver mais CO2 da água Estes animais minúsculos que apenas medem 1mm estão na base da cadeia alimentar marinha e o destino de todas as criaturas marinhas de todas as formas e feitios está em jogo.
Se alterarmos a química do oceano o principal mecanismo para controlar o clima começa a falhar. Se perdermos um recife de coral talvez percamos 500 mil espécies.
A Natureza levou 150 mil anos a construir o grande manto de gelo da Gronelândia que está agora a derreter-se no mar mais depressa do que nunca. Há medida que desaparecer o gelo da Gronelândia haverá inundações em zonas costeiras de todo o Mundo. Um glaciar da Gronelândia desloca-se 40 metros por dia derretendo-se no mar duas vezes mais depressa que há 10 anos, a quantidade de gelo que se desprende deste glaciar em apenas dois dias contém água suficiente para abastecer a área metropolitana de Nova Iorque durante um ano.
Hoje em dia na Gronelândia a maior parte dos pescadores usa um barco em vez de um trenó!
O manto de gelo da Gronelândia tem mais de 150 mil anos.
Em 1992 havia 5,6 km de glaciar a deslizar em direcção ao mar e a desaparecer, 10 anos depois esse nº aumentou para 15,5 km por ano o que é bem mais que o dobro!
O gelo agora derrete tão depressa que o nível dos oceanos podem subir nada menos que 1 m durante os próximos 100 anos!
O manto de gelo da Gronelândia contém água congelada suficiente para aumentar o nível global do mar em cerca de 7 metros, o suficiente para afundar Nova Iorque, Londres, Banguecoque, Xangai, etc.
Muitos cientistas concentram-se nos 2 graus de aquecimento como o ponto de viragem que irá alterar as bases do nosso modo de vida neste planeta. O aquecimento acelera a perda de gelo polar e a perda de gelo acelera o aquecimento., mais água derretida absorve mais calor do sol derretendo o manto de gelo e aquecendo o planeta ainda mais depressa…é então que o aquecimento global se torna numa reacção em cadeia imprevisível.
3ºC: O Árctico não terá gelo no verão, a floresta tropical da Amazónia seca, a neve que cobre os cumes dos Alpes praticamente desaparece, os padrões meteorológicos extremos do El Niño passam a ser uma constante, o Mediterrâneo e algumas regiões da Europa definham sob o calor escaldante do Verão, as ondas de calor serão uma norma e trarão para o centro da Europa as temperaturas que agora existem no Médio Oriente e Norte de África. Recordemos a vaga de calor em 2003 que varreu toda a Europa como um lança chamas, tendo morto na noite de 10 de Agosto só em Paris entre 2500 pessoas a 3000 pessoas. Os telhados de metal(estanho) da cidade parisiense foram construídos para uma era anterior, destinavam-se a proteger do frio do Inverno mas agora a subida das temperaturas virou-os contra os parisienses e as casas tornaram-se em autênticos fornos. O nº de mortos devido ao calor em toda a Europa viria a ser superior a 30 mil! Só em França morreram mais de 14000 pessoas em apenas algumas semanas!
Durante a onda de calor de 2003 aconteceu outro fenómeno imperceptível que se desenvolveu entre árvores e plantas da Europa, uma espécie de revolta da vegetação, a fotossíntese tinha entrado em colapso, Em condições normais as árvores são a 1ª linha de defesa contra os GEE absorvendo o CO2 e convertendo-o em O2 que é libertado para a atmosfera, mas no calor extremo desse verão as plantas retiveram o oxigénio libertando o CO2 para a atmosfera! Pensemos no que o que acontecerá À biosfera se este mecanismo vital parar de funcionar regularmente?
Na Floresta Amazónica são produzidos 20 % do oxigénio do mundo. Um aquecimento global pode reduzir essa região das mais húmidas do mundo a uma savana recortada e árida!
Verão de 2005,alguns dos afluentes do rio Amazonas secaram! O exército brasileiro teve de carregar de helicóptero quantidades brutais de água para impedir que as pessoas dessas regiões morressem de sede! E pensar que isto foi na orla do anterior imponente Amazonas! Na esteira do verão de 2005 ardem mais de 2500 km quadrados da floresta Amazónia .
As árvores ajudam a formar 50 % da precipitação da Amazónia. Num mundo 3º mais quente a perda se grande parte da Amazónia poderá libertar milhões de carbono armazenado nas copas das árvores, talvez intensificando o aquecimento global em mais um grau…
Esse mundo 3º mais quente podia pender a balança para um aquecimento global descontrolado…não há nada no passado que nos possa preparar para estas condições extremas.
Há medida que os oceanos se tornam cada vez mais quentes surge um novo padrão climático global que reflecte a violência da anomalia meteorológica a que chamamos El Niño.
À escala geológica, no Piloceno, altura em que havia cerca de mais 3 graus do que há agora no padrão de circulação oceânica no Pacífico era diferente e havia um El Nino permanente.
Normalmente os ventos alíseos empurram as correntes quentes do oceano para o Pacífico Ocidental deixando ficar as águas frias e ricas em nutrientes junto à costa da América do Sul, o El Niño vira esse sistema de pernas para o ar. Os primeiros indícios são as variações da pressão atmosférica: os alíseos enfraquecem e mudam radicalmente de direcção, as águas quentes espalham-se pelo pacífico em direcção a leste, chuvas torrenciais e inundações atingem as regiões costeiras da América do Sul, as florestas tropicais da Indonésia e os terrenos aráveis da Austrália experimentam condições de seca extrema.
Num mundo 3 graus mais quente, haverá muito mais energia nos oceanos para alimentar os furacões.
O que vimos: verão 2005 furacão Katrina atinge Nova Orleães com 380 km / h. O furacão Katrina foi de nível 5 mas investigadores dizem que num mundo 3 graus mais quente podemos vir a ter furacões de nível 6.
4ºC: os oceanos irão subir envolvendo deltas super povoados onde vivem mil milhões de pessoas, o Bangladesh é arrastado pelas águas, o Egipto inundado, Veneza ficará submersa, os glaciares irão desaparecer cortando o abastecimento de água doce a milhares de milhões de pessoas, o norte do Canadá transforma-se numa das zonas agrícolas mais férteis do planeta, enquanto que uma praia na Escandinávia poderá tornar-se na próxima St Trpez, todo o manto de gelo da Antárctida poderá desaparecer fazendo subir ainda mais o nível do mar.
Aos 4 graus começamos a ver um planeta totalmente irreconhecível : alguns dos rios mais importantes do mundo poderão secar e isso fará perigar a sobrevivência de milhões de pessoas. Se algum dia o planeta aquecer 4ºC um dos seus rios irá auto-destruir-se : o rio Ganges fonte de vida de milhões de pessoas na China e no Nepal. A seguir às calotes polares os glaciares dos Himalaias albergam a maior quantidade de água doce do mundo. O glaciar dos Himalaias tem vindo a diminuir 30 m por ano desde a 2ª metade do sec XX Calcula-se que em 2035 ao ritmo actual já não haverá glaciares nos Himalaias semeando o caos na agricultura, na energia hidroeléctrica…e sem Ganges os hindus perdem o que lhes é mais sagrado.
Consequências sociais: dezenas de milhão de refugiados do clima.
5ºC: a civilização humana nunca poderá suportar tal choque climático.
É a 5ª dimensão das alterações climáticas, uma visão de pesadelo da vida na terra.
Os sistemas sociais tradicionais ruiriam, os sobreviventes lutariam entre si para adquirir os bens que restam.
6ºC: os oceanos serão terrenos marinhos estéreis, os desertos marcham sobre os continentes como exércitos conquistadores, as catástrofes naturais são eventos comuns, cidades do mundo inundadas e abandonadas.
O aquecimento de seis graus durante períodos mais longos têm estado ligados a alguns dos casos mais devastadores de extinção em massa de todos os tempos. É justo presumir então, que se a temperatura subir 6 ºC em menos de 100 anos iremos assistir a uma aniquilação global. Aos seis graus de aquecimento foi atribuído o nome de cenário de juízo final.
Mas nem tudo está perdido…ainda! A maioria dos peritos acredita que podemos despertar do pesadelo. Neste momento, a temperatura média “só” subiu 0,8ºC mas não temos muito tempo porque um aquecimento de 2º C deixa-nos à beira de um aquecimento global descontrolado que poderá mudar drasticamente o nosso modo de vida. O auge das emissões só se poderá dar até 2015 e em menos de uma década é necessário encontrar fontes de energia sustentáveis para a maior parte da humanidade.
O que se tem sucedido é que: os seres humanos aparecem, desenterram o material, descobrem que é uma fonte de energia incrivelmente valiosa e sem pensar nas consequências queimam-no e devolvem o carbono que a Terra levou milhões de anos a armazenar de volta à atmosfera em menos de um século! Por isso na verdade, estamos a produzir as condições extremas do Cretácico só que desta vez a uma velocidade estonteante, tão depressa que a maioria das espécies não terá a oportunidade de se adaptar e sobreviver.
E agora que sabemos de tudo isto, o que vamos fazer?
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