"O Tribunal Constitucional chumba algumas medidas do Orçamento? Aproveita-se a oportunidade para explicar que isto do Estado de Direito é uma chatice que só prejudica, mas não há problema: corta-se uma percentagem na segurança social, saúde, educação e na coluna (do excel) das empresas públicas põe-se a receita da sua venda. Não há problema. Era o que estávamos a fazer. Olha, já bateu certo!Cá está: os 1300 milhões do orçamento deste ano, mais de 400 milhões que a gente tinha dito, mais os 1600 milhões que afinal também era preciso porque não era bem 4000 milhões...eu não disse que não era preciso plano B? Gaspar tinha razão. O plano foi sempre e continua a ser o Estado mínimo , a destruição do Estado Social e a sua substituição pela caridade privada, a alienação do património público, a privatização dos serviços públicos, o empobrecimento da população, a criação de um exército de desempregados disponíveis para aceitar remunerações de miséria e pagar a dívida e os juros. E para isso o Governo está cá. e se no fim não houver Portugal nem portugueses não faz mal. É o plano A. Sempre foi o plano A.
Apesar de ser evidente que a dívida é impossível de pagar, que os esforços nesse sentido apenas pioram a situação financeira e destroem a economia, que os juros sacrificam os portugueses e colocam em causa o futuro do país...um pagamento que nunca estará concluído e que condena o país a uma escravatura eterna".
José Vítor Malheiros Público, 9 Abril