quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Brasil é o país mais violento do Mundo
De acordo com um Estudo da organização Law Center to Prevent Gun Violence, que tem por base o número de homicídios com armas de fogo todos os anos o Brasil é o país mais violento do Mundo com 34 678 mortes anuais, em 2º lugar está a Colômbia com 12 539 mortes, em 3º o México com 11 309 mortes, em 4º a Venezuela com 11 115m ortes por ano e em 5º os EUA com 9 146 mortes por ano.
O continente americano é bera mesmo!
Emigra pá!
A propósito de a única saída para uma vida melhor ser a emigração em massa recomendo este livro: "A máquina de fazer espanhóis "de Valter Hugo Mãe.
"É absolutamente cretino que um país seja feito com essa vocação exportadora de gente. Que é isso que este livro critica acerca de Portugal. Somos uma máquina de fazer estrangeiros, sempre fomos. Não há nada que seja mais violento do que um colectivo duvidar que quer ser um colectivo ou se quer pertencer ou se estaria melhor noutro colectivo"
Que triste fado hã? sempre a ser escorrasados da nossa própria terra porque não há como viver nela, uma terra abençoada por terra e mar mas cujo maior problema é a meu ver estar cheia de portugueses, que é como quem diz aldrabões individualistas que tentam enganar o próximo em prol de se saírem melhor que os outros, destruindo uma país com corrupção e criando milionários com dinheiros públicos, um país de ordenados humilhantemente baixos e chocantemente altos. Emigrar? sim sem dúvida, duvido muito que uma pessoa de bem, que preze ordem e respeito pelo próximo consiga viver bem num país assim, o pior é que depois só cá fica a escumalha a enterrar mais os outros e os que não podem sair cá ficam a penar enquanto uns chicos espertos multiplicam fortunas num país do faroeste sem lei nem justiça que valha.
É triste, mas não me sinto bem no meu país e não sinto nenhuma espécie de afecto pelo meu povo, se emigrasse, evitaria de todo os portugueses, basta ver as máfias portuguesas que enganam e exploram outros portugueses desesperados por um emprego que emigram à toa. É triste ver o meu país destruído por gente desta...gente portuguesa, e sim, muitas muitas vezes acho que se calhar era melhor termos sido espanhóis de raiz...uma única coisa posso dizer, se a História de Portugal for mesmo a daquela nação aventureira, valente e imortal, então somos a desonra da nossa História, e isso é doloroso de sentir, mas pois bem, é o que eu sinto.
"É absolutamente cretino que um país seja feito com essa vocação exportadora de gente. Que é isso que este livro critica acerca de Portugal. Somos uma máquina de fazer estrangeiros, sempre fomos. Não há nada que seja mais violento do que um colectivo duvidar que quer ser um colectivo ou se quer pertencer ou se estaria melhor noutro colectivo"
Que triste fado hã? sempre a ser escorrasados da nossa própria terra porque não há como viver nela, uma terra abençoada por terra e mar mas cujo maior problema é a meu ver estar cheia de portugueses, que é como quem diz aldrabões individualistas que tentam enganar o próximo em prol de se saírem melhor que os outros, destruindo uma país com corrupção e criando milionários com dinheiros públicos, um país de ordenados humilhantemente baixos e chocantemente altos. Emigrar? sim sem dúvida, duvido muito que uma pessoa de bem, que preze ordem e respeito pelo próximo consiga viver bem num país assim, o pior é que depois só cá fica a escumalha a enterrar mais os outros e os que não podem sair cá ficam a penar enquanto uns chicos espertos multiplicam fortunas num país do faroeste sem lei nem justiça que valha.
É triste, mas não me sinto bem no meu país e não sinto nenhuma espécie de afecto pelo meu povo, se emigrasse, evitaria de todo os portugueses, basta ver as máfias portuguesas que enganam e exploram outros portugueses desesperados por um emprego que emigram à toa. É triste ver o meu país destruído por gente desta...gente portuguesa, e sim, muitas muitas vezes acho que se calhar era melhor termos sido espanhóis de raiz...uma única coisa posso dizer, se a História de Portugal for mesmo a daquela nação aventureira, valente e imortal, então somos a desonra da nossa História, e isso é doloroso de sentir, mas pois bem, é o que eu sinto.
Fantasmas
"Nunca uma situação se desenhou assim para o povo português: não ter futuro, não ter perspectivas de vida, social, cultural, económica, e não ter passado porque nem as competências nem a experiência adquiridas contam já para construir uma vida...fomos desposados do nosso presente . Temos apenas em nós e diante de nós, um buraco negro. O empobrecimento significa não ter aonde construir um fio de vida...o passado de nada serve, o futuro entupiu.
[..]O poder destrói o presente individual e colectivo de duas maneiras: sobrecarregando o sujeito de trabalho, de tarefas inadiáveis, preenchendo totalmente o tempo diário com obrigações laborais ou retirando-lhe todo o trabalho, a capacidade de iniciativa, a possibilidade de investir, empreender, criar. Esmagando-o com horários de trabalho sobre-humanos ou reduzindo a zero o seu trabalho...sem presente os portugueses estão a tornar-se fantasmas de si mesmos [.,. ] É a maior humilhação, a fantomatização em massa do povo português" José Gil in Visão
[..]O poder destrói o presente individual e colectivo de duas maneiras: sobrecarregando o sujeito de trabalho, de tarefas inadiáveis, preenchendo totalmente o tempo diário com obrigações laborais ou retirando-lhe todo o trabalho, a capacidade de iniciativa, a possibilidade de investir, empreender, criar. Esmagando-o com horários de trabalho sobre-humanos ou reduzindo a zero o seu trabalho...sem presente os portugueses estão a tornar-se fantasmas de si mesmos [.,. ] É a maior humilhação, a fantomatização em massa do povo português" José Gil in Visão
Números à portuguesa
*dívida Pública Portuguesa: 117,5% são 198136 mil milhões de euros
*19 814 euros,é o que cada português "deve"
*19,6% percentagem da população portuguesa que vive abaixo do limiar da pobreza (com menos de 421 euros por mês por agregado), no total são cerca de 2 milhões de pessoas
*1 milhão de idosos vive com menos de 280 euros por mês
*ordenado mínimo: 485 euros por mês
*pensão de sobrevivência: 187,11 euros
*Rendimento Social de Inserção: 246,7 euros
...palavras para quê? os números falam por si. Que país miserável com tantos ricos e tantos pobres!
*19 814 euros,é o que cada português "deve"
*19,6% percentagem da população portuguesa que vive abaixo do limiar da pobreza (com menos de 421 euros por mês por agregado), no total são cerca de 2 milhões de pessoas
*1 milhão de idosos vive com menos de 280 euros por mês
*ordenado mínimo: 485 euros por mês
*pensão de sobrevivência: 187,11 euros
*Rendimento Social de Inserção: 246,7 euros
...palavras para quê? os números falam por si. Que país miserável com tantos ricos e tantos pobres!
Reportagem sobre o caso BPN
Acerca da reportagem que o jornalista Pedro Coelho fez para a SIC sobre o caso BPN:
"Num país em que se discute como cortar 4 mil milhões de euros nos hospitais, nas escolas, nas pensões é imoral a distracção dos 5 a 7 mil milhões de euros que nos pode custar a fraude do BPN, e os mais de 3 mil milhões que já nos custou. Já conheciamos o retarato de um banco roubado por dentro num carrossel de compra e recompra das suas próprias acções através de uma rede de empresas sedeadas em paraísos fiscais. A reportagem de Pedro Coelho junta nomes e caras a esta descrição abstracta.
Claro, o próprio Rui Oliveira e Costa fez empréstimos a si mesmo no valor de 15 milhões de euros. A sua filha Iolanda recebeu 3,4 milhões de euros, o seu braço direito Luís Caprichoso, recebeu quase 1 milhão de euros, mas isto ainda não é nada. uma empresa de Duarte Lima recebeu 49 milhões de euros. Outro ex-dirigente do PSD, Arlindo Carvalho, junto com um do PS, José Neto, receberam no seu conjunto, pelo menos 75 milhões de euros. Outro do PSD, Joaquim Coimbra, recebeu 11 milhões. Almerindo Duarte, dono de uma empresa chamada Transiberica, recebeu 23 milhões. Um homem do futebol, Aprígio Santos, recebeu 140 milhões de euros. Uma empresa de cimentos do pelouro de Dias Loureiro recebeu 90 milhões. Isto é dinheiro perdido, que acabaremos nós a apagar. Só em juros pagaremos todos os anos 200 milhões de euros, até 2020, por um empréstimo de 3,5 milhões do que foi realizado para tapar este buraco que não foi feito por um asteróide vindo do espaço, foi feito por esta gente, por esta cultura de promiscuidade, pela incúria de uma classe dominante em Portugal.
[..]Na prática o julgamento político deste caso nunca foi cabalmente feito. Que pensava esta gente? que pensavam eles quando lhes era proposto um negócio de acções que só poderia cheirara a esturro? Até o Presidente da República fez este negócio. Nunca tivemos uma explicação séria: o que sentiu? lembrou-se do país no momento em que fez este negócio? e os outros? como aceitaram dezenas e centenas de milhões de euros em troca de nada? Gente que foi ministro, deputado, conselheiro de Estado?Porque só os usaram em negócios fajutos? que meio de negócios este? que cultura de política esta?"
Rui Tavares in crónica Consoante Muda no jornal Publico de 26 de Dezembro
Ver reportagem:
P.S: e agora querem fazer o mesmo com o Banif, mas desta não se diz que se nacionaliza, é injectar dinheiro do estado (leia-se você, contribuinte) nesse tal Banco Privado...porquê? esta e a minha interpretação:se calhar os Srs desse banco desviaram o $ para os seus paraísos fiscais e ligaram aos nossos ilustres governantes e disseram: "epah amigalhaço tirámos uns milhõezitos do Banco e agora não é que os nossos clientes querem o $ e não está lá? dêm-nos um jeitinho injectem aqui dinheiro desses otários para estar tudo sobre controlo, a gente arranja outros milhõezitos para vocês também vá. O que é que dizes a eles? epa digam que temos de recapitalizar o Banco para bem da economia é preciso salvar os bancos né?...como é que arranjas o dinheiro? epá arranja-se, tiras os subsídios de desemprego, natal, férias e abono de família e cortas nas Reformas deles e no rendimento de Inserção Social e cortas na Saúde e na Educação...ou então privatiza e a gente faz um negócio novo até patrocinamos novas faculdades e hospitais, é que esses fulanos andaram a viver acima das possibilidades: ter educação e saúde gratuita? Nem pensar! Vá fazes-me esse jeitinho ó amigo, depois quando (des)governares o país a gente arranja-te um tachinho numa sucursal do banco ou podes até ser director geral ou adjunto ou qualquer coisinha...hã o que é que dizes? Assim é que é meu grande amigo!".
É MESMO ASSIM QUE EU ACHO QUE SE PASSAM ESTAS NEGOCIATAS EM PORTUGAL!
Portanto,
1 - O BANIF financia-se junto do estado;
2 - Nós pagamos os juros desse financiamento à TROIKA;
3 - Compram dívida do Estado;
4 - Nós pagamos os juros brutais da dívida do Estado;5 - O lucros deste excelente negócio para o BANIF ficam no banco e até quem sabe são distribuídos pelos accionistas e nós continuamos com a corda no pescoço bem como as empresas portuguesas que não conseguem financiamento!
ACORDEM SÃO ESTAS TRAFULHICES QUE VOCÊS ANDAM A PAGAR!
Extorquir dinheiro sem risco
"O governo aprovou nos últimos meses vários decretos que forma noticiados pela imprensa como visando "ajudar as famílias em dificuldades" a pagar empréstimos contraídos para compra de habitação própria.
A leitura das notícias permite a qualquer leigo compreender que o principal objectivo das medidas não é proteger os credores que se encontrem em risco de perder a casa devido a uma quebra dos seus rendimentos que os impeça de pagar as prestações da hipoteca (perda de emprego do emprego, por exemplo), mas sim a proteger os bancos, como é costume.
Entre essas medidas está a possibilidade de o banco subir o spread (ou seja: juro da dívida), unilateralmente, nos casos de divórcio, quando a hipoteca deixa de ser assumida pelo casal (e garantida por dois ordenados) e passa a ser assumida apenas por um dos cônjugues (apenas com um salário). A lógica dos bancos é clara: as condições podem ser renegociadas porque o titular do empréstimo /hipoteca muda. deixa de ser A e B e passa apenas A. É outro contrato, outro empréstimo, outras condições. E o spread (a margem do banco) pode subir sempre que o novo credor apresnete uma situação financeira mais frágil do que o casal - o que se supõe que aconteça em 99,99% dos casos.
A posição é de facto clara, o que é uma raridade, quando se trata de bancos, mas é imoral, o que já está longe de ser uma raridade quando se trata de bancos.
A lógica do spread é simples: se você fo rico, o banco empresta-lhe dinheiro bararto, com um spread baixo. Se tiver pouco dinheiro o banco empresta-lhe dinheiro caro, com um spread alto. Parece-lhe iníquo?É, mas há um raciocínio na base desta iniquidade: os ricos representam um risco menor que os pobres, por isso os pobres têm de pagar um prémio de risco. Faz sentido? Vejamos.
Imagine que você é um assalariado com um baixo salário: E que negociou um empréstimo para comprar uma casa pelo qual o banco lhe pede um spread de 5%.
Quando pergunta a razão para um spread tão alto, o banco explica-lhe: o seu salário é baixo, a prestação que vai ter de pagar representa uma percentagem elevada dos seus rendimentos, você representa um risco elevado de incumprimento, o banco tem de proteger de si e das pessoas como você e para o afzer cobra um juro mais alto. Mas...e a garantia da casa hipotecada não chega para garantir o risco, pergunta você? O funcionário do banco finge que não percebe e o spread fica mesmo em 5%. Você aceita que o banco se queira proteger do seu risco de incumprimento mas tem uma carta na manga. Uma carta que você vai jogar daí a 25 anos.
No dia em que paga a última prestação do seu empréstimo, você vai ao banco e exige o reembolso do spread cobrado a mais durante os últimos 25 anos (4,5% porque você sabe que o seu primo abastado teve um spread de 0,5%). E explica: quando lhe emprestaram o dinheiro não sabiam se você ia cumprir o plano de pagamentos. Era natural que exigissem uma caução, mas você pagou sempre a horas, sem um atraso. Agora o banco sabe que você cumpriu. O que significa que o banco que lhe cobrou indevidamente esse spread anormalmente alto, do qual você pôde beneficiar durante 25 anos.
Agora você quere-o de volta. Como uma caução. Aí o bancário explica, uma gota de suor começa a formar-se na testa, que as coisas não são assim, que assim era se os bancos funcionassem de uma forma honesta, mas não é o caso. Ainda que você tenha pago a horas, há pessoas como você que não pagaram e, como o banco não se contentou em ficar com as casas delas, você precisa de pagar pelo risco delas. É uma questão de risco solidário, o seu grupo de credores tem um risco elevado e todos os membros do grupo pagam pelo risco de todos os outros. Você parece ter percebido, o bancário suspira. Aí você pergunta por que é que o seu primo não entrou no grupo para contabilização do risco. Pergunta porque é que , se querem mutualizar o risco, não fazem para o conjunto de clientes do banco. E pergunta se o banco não sabe que os spreads altos aumentam o risco de incumprimento e se tornam, de facto, profeciais auto-realizadoras para os cerdores com menos rendimentos. Explica quem se o spread fosse mais baixo para os mais pobres, estes cumpririam mais, o risco do banco seria mais baixo e todos poderiam ficar melhor.O bancário diz, com paciência, que assim os ricos teriam de pagar um spread mais alto e que issos eria complicado. Por isso criam grupos de ricos e grupos de pobres, com spreads diferentes. É que é mais fácil roubar aos pobres, explica. Fim da história.
A imoralidade do spread é uma das fundações da actividade das instituições de crédito, mas seria possível trabalhar de outra forma. Se o spread visa compensar o risco deve ser tratado como caução - e, quando não se verifica nenhhuma perda para o banco, deve ser devolvida a parte que excede o lucro devido. Em alternativa, o risco pode ser estimado para o conjunto dos clientes do banco, sem o recurso a critérios dualistas que apenas visam benefeciar ainda mais os ricos e extorquir ainda mais dinheiro aos pobres."
José Vítor Malheiros in Público de 18-12-2012
"Melhor que roubar um banco é fundar um" Bertold Brecht
Ler mais:
Roubar aos pobres para dar aos ricos
Para os Bancos são milhões, para o povo só tostões
A leitura das notícias permite a qualquer leigo compreender que o principal objectivo das medidas não é proteger os credores que se encontrem em risco de perder a casa devido a uma quebra dos seus rendimentos que os impeça de pagar as prestações da hipoteca (perda de emprego do emprego, por exemplo), mas sim a proteger os bancos, como é costume.
Entre essas medidas está a possibilidade de o banco subir o spread (ou seja: juro da dívida), unilateralmente, nos casos de divórcio, quando a hipoteca deixa de ser assumida pelo casal (e garantida por dois ordenados) e passa a ser assumida apenas por um dos cônjugues (apenas com um salário). A lógica dos bancos é clara: as condições podem ser renegociadas porque o titular do empréstimo /hipoteca muda. deixa de ser A e B e passa apenas A. É outro contrato, outro empréstimo, outras condições. E o spread (a margem do banco) pode subir sempre que o novo credor apresnete uma situação financeira mais frágil do que o casal - o que se supõe que aconteça em 99,99% dos casos.
A posição é de facto clara, o que é uma raridade, quando se trata de bancos, mas é imoral, o que já está longe de ser uma raridade quando se trata de bancos.
A lógica do spread é simples: se você fo rico, o banco empresta-lhe dinheiro bararto, com um spread baixo. Se tiver pouco dinheiro o banco empresta-lhe dinheiro caro, com um spread alto. Parece-lhe iníquo?É, mas há um raciocínio na base desta iniquidade: os ricos representam um risco menor que os pobres, por isso os pobres têm de pagar um prémio de risco. Faz sentido? Vejamos.
Imagine que você é um assalariado com um baixo salário: E que negociou um empréstimo para comprar uma casa pelo qual o banco lhe pede um spread de 5%.
Quando pergunta a razão para um spread tão alto, o banco explica-lhe: o seu salário é baixo, a prestação que vai ter de pagar representa uma percentagem elevada dos seus rendimentos, você representa um risco elevado de incumprimento, o banco tem de proteger de si e das pessoas como você e para o afzer cobra um juro mais alto. Mas...e a garantia da casa hipotecada não chega para garantir o risco, pergunta você? O funcionário do banco finge que não percebe e o spread fica mesmo em 5%. Você aceita que o banco se queira proteger do seu risco de incumprimento mas tem uma carta na manga. Uma carta que você vai jogar daí a 25 anos.
No dia em que paga a última prestação do seu empréstimo, você vai ao banco e exige o reembolso do spread cobrado a mais durante os últimos 25 anos (4,5% porque você sabe que o seu primo abastado teve um spread de 0,5%). E explica: quando lhe emprestaram o dinheiro não sabiam se você ia cumprir o plano de pagamentos. Era natural que exigissem uma caução, mas você pagou sempre a horas, sem um atraso. Agora o banco sabe que você cumpriu. O que significa que o banco que lhe cobrou indevidamente esse spread anormalmente alto, do qual você pôde beneficiar durante 25 anos.
Agora você quere-o de volta. Como uma caução. Aí o bancário explica, uma gota de suor começa a formar-se na testa, que as coisas não são assim, que assim era se os bancos funcionassem de uma forma honesta, mas não é o caso. Ainda que você tenha pago a horas, há pessoas como você que não pagaram e, como o banco não se contentou em ficar com as casas delas, você precisa de pagar pelo risco delas. É uma questão de risco solidário, o seu grupo de credores tem um risco elevado e todos os membros do grupo pagam pelo risco de todos os outros. Você parece ter percebido, o bancário suspira. Aí você pergunta por que é que o seu primo não entrou no grupo para contabilização do risco. Pergunta porque é que , se querem mutualizar o risco, não fazem para o conjunto de clientes do banco. E pergunta se o banco não sabe que os spreads altos aumentam o risco de incumprimento e se tornam, de facto, profeciais auto-realizadoras para os cerdores com menos rendimentos. Explica quem se o spread fosse mais baixo para os mais pobres, estes cumpririam mais, o risco do banco seria mais baixo e todos poderiam ficar melhor.O bancário diz, com paciência, que assim os ricos teriam de pagar um spread mais alto e que issos eria complicado. Por isso criam grupos de ricos e grupos de pobres, com spreads diferentes. É que é mais fácil roubar aos pobres, explica. Fim da história.
A imoralidade do spread é uma das fundações da actividade das instituições de crédito, mas seria possível trabalhar de outra forma. Se o spread visa compensar o risco deve ser tratado como caução - e, quando não se verifica nenhhuma perda para o banco, deve ser devolvida a parte que excede o lucro devido. Em alternativa, o risco pode ser estimado para o conjunto dos clientes do banco, sem o recurso a critérios dualistas que apenas visam benefeciar ainda mais os ricos e extorquir ainda mais dinheiro aos pobres."
José Vítor Malheiros in Público de 18-12-2012
"Melhor que roubar um banco é fundar um" Bertold Brecht
Ler mais:
Roubar aos pobres para dar aos ricos
Para os Bancos são milhões, para o povo só tostões
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
PAX Europea
Depois de uma atribuição escandalosa do Nobel da Paz ao presidente americano Barack Obama, antes mesmo de este ter mostrado provas de valor do que ia fazer, tendo depois demonstrado que como bom presidente americano que é, cumpre os lobies dos senhores da Guerra e apoia intervenções militares da NATO por interesses geostratégicos matando milhares de inocentes, eis mais um Nobel da Paz polémico:o Nobel da Paz à União Europeia??? Agora que a Europa está a um fio de descarrilar, que os povos se dividem entre credores e devedores, ricos e miseráveis, competentes e preguiçosos segundo dizem, e quando o povo em manifestações anti-austeridade é duramente reprimido por polícias armados até aos dentes, lembram-se de dar o Nobel da Paz à Europa para celebrar os anos de paz dó pós guerra e os anos de paz até agora???
Vamos por partes: este Nóbel deveria ter sido entregue há mais tempo, noutras circunstâncias, não nestas, e portanto deveria ter sido entregue a pessoas europeístas de valor, que fizeram o que puderam para unir um continente em estilhaços e amargurado pelas dores da destruição das duas Guerras Mundiais...por isso, não deveria ser o palhaço do Durão Barroso a recebê-lo, um homem que envergonha nãoos habitantes do país de origem como tdo o europeu que se preze.
Não se esqueçam daquele episódio pré-guerra no Iraque em que numa obscura reunião na Base das Lajes, nos Açcores, se reuniram o Sr Barrosos, o Sr Aznar o Sr Blair e o Sr Bush para discutir a invasão do Iraque, que estava tão cheio de armas de destruição em maciça e tão bem escondidas que nunca foram encontradas. Base das Lajes nos Açores, hã? Nem de propósito, de certeza que foi aquele indivíduo lambe-botas que propôs o local da reunião das mentiras, isto quando quase toda a Europa estava contra a intervenção militar da Europa no Iraque, lá vai aquele senhor receber alegremente o Nóbel da Paz, sem vergonha nenhuma naquela cara.
Este prémio Nóbel da PAz foi uma grande vergonha para academia.
E para além disso, a Europa esteve sempre muito longe de significar paz, não se esqueçam dos genocidios nos Balcãs há poucos anos atrás que ocorreram à vista de todos tendo sido aceites e tolerados pela tal Europa da paz.
Para além disso, a Europa produz armas, entre os maiores produtores de armas contam-se a Alemanha, a França, o Reino Unido e até a Suécia.
Este Europa está muito longe de merecer um Nobel da Paz!
Crónica:
Por Tiago Mesquita. do blogue 100 Reféns
"É irónico assistir à atribuição do prémio Nobel da Paz e, ainda que institucionalmente se justificasse, vê-lo passar pelas mãos de Durão Barroso. É estranho e difícil de entranhar. Não consigo esquecer-me do outro lado de Durão. Um lado menos continental, mais salgado e atlântico. O lado açoriano de Barroso.
Quando Thorbørn Jagland, presidente do Comité Nobel da Noruega, afirmou durante a entrega do prémio que "a União Europeia ajudou a construir a fraternidade entre nações e a promoção da paz que Alfred Nobel deixou como legado", não falava certamente do contributo do presidente da Comissão Europeia. Não estaria a referir-se ao apoio que este, em nome próprio e não dos portugueses, deu para que a Guerra do Iraque tivesse vindo a ser uma triste realidade, com os resultados que sabemos. Uma coligação de países cuja atuação foi sustentada e desencadeada em mentiras dignas do argumento de um filme de Hollywood, como veio a confirmar-se, e que envergonha todos os envolvidos.
Os fins, na altura, justificaram todos os meios. Os protagonistas, os Bush e Blair desta vida, bem como os que se puseram em bicos dos pés para terem visibilidade na fotografia circunstancial de família, foram cúmplices de uma das maiores farsas da política internacional. Em janeiro de 2012, contabilizavam-se cerca de 162 mil vítimas, 80 por cento delas civis, desde o início da invasão em 2003, de acordo com a ONG britânica Iraq Body Count (IBC). Que Paz é esta?
"O antigo porta-voz de Tony Blair considerou "longo e pomposo" o discurso de Durão Barroso na cimeira dos Açores, em 2003, realizada, no arquipélago, tanto quanto se "recorda", por "ideia" do então primeiro-ministro português, disse hoje à Lusa Alastair Campbell. "Presumo que a ideia foi sua", afirmou, referindo-se ao antigo primeiro-ministro Durão Barroso sobre a escolha do arquipélago português para a realização do encontro que reuniu o Presidente dos Estados Unidos, George Bush, e os chefes de governo do Reino Unido, Tony Blair, e de Espanha, Jose Maria Aznar." (Expresso, Maio de 2009)
O 'mordomo' da cimeira 'de guerra' dos Açores 2003 ostentou um prémio Nobel da Paz em 2012. O mundo é uma anedota."
"O 'mordomo' da cimeira 'de guerra' dos Açores 2003 ostentou um prémio Nobel da Paz em 2012. O mundo é uma anedota."
Vamos por partes: este Nóbel deveria ter sido entregue há mais tempo, noutras circunstâncias, não nestas, e portanto deveria ter sido entregue a pessoas europeístas de valor, que fizeram o que puderam para unir um continente em estilhaços e amargurado pelas dores da destruição das duas Guerras Mundiais...por isso, não deveria ser o palhaço do Durão Barroso a recebê-lo, um homem que envergonha nãoos habitantes do país de origem como tdo o europeu que se preze.
Não se esqueçam daquele episódio pré-guerra no Iraque em que numa obscura reunião na Base das Lajes, nos Açcores, se reuniram o Sr Barrosos, o Sr Aznar o Sr Blair e o Sr Bush para discutir a invasão do Iraque, que estava tão cheio de armas de destruição em maciça e tão bem escondidas que nunca foram encontradas. Base das Lajes nos Açores, hã? Nem de propósito, de certeza que foi aquele indivíduo lambe-botas que propôs o local da reunião das mentiras, isto quando quase toda a Europa estava contra a intervenção militar da Europa no Iraque, lá vai aquele senhor receber alegremente o Nóbel da Paz, sem vergonha nenhuma naquela cara.
Este prémio Nóbel da PAz foi uma grande vergonha para academia.
E para além disso, a Europa esteve sempre muito longe de significar paz, não se esqueçam dos genocidios nos Balcãs há poucos anos atrás que ocorreram à vista de todos tendo sido aceites e tolerados pela tal Europa da paz.
Para além disso, a Europa produz armas, entre os maiores produtores de armas contam-se a Alemanha, a França, o Reino Unido e até a Suécia.
Este Europa está muito longe de merecer um Nobel da Paz!
Crónica:
ESTE DURÃO DO NOBEL DA PAZ É O MESMO DA CIMEIRA (DE GUERRA) DOS AÇORES?
Por Tiago Mesquita. do blogue 100 Reféns
"É irónico assistir à atribuição do prémio Nobel da Paz e, ainda que institucionalmente se justificasse, vê-lo passar pelas mãos de Durão Barroso. É estranho e difícil de entranhar. Não consigo esquecer-me do outro lado de Durão. Um lado menos continental, mais salgado e atlântico. O lado açoriano de Barroso.
Quando Thorbørn Jagland, presidente do Comité Nobel da Noruega, afirmou durante a entrega do prémio que "a União Europeia ajudou a construir a fraternidade entre nações e a promoção da paz que Alfred Nobel deixou como legado", não falava certamente do contributo do presidente da Comissão Europeia. Não estaria a referir-se ao apoio que este, em nome próprio e não dos portugueses, deu para que a Guerra do Iraque tivesse vindo a ser uma triste realidade, com os resultados que sabemos. Uma coligação de países cuja atuação foi sustentada e desencadeada em mentiras dignas do argumento de um filme de Hollywood, como veio a confirmar-se, e que envergonha todos os envolvidos.
Os fins, na altura, justificaram todos os meios. Os protagonistas, os Bush e Blair desta vida, bem como os que se puseram em bicos dos pés para terem visibilidade na fotografia circunstancial de família, foram cúmplices de uma das maiores farsas da política internacional. Em janeiro de 2012, contabilizavam-se cerca de 162 mil vítimas, 80 por cento delas civis, desde o início da invasão em 2003, de acordo com a ONG britânica Iraq Body Count (IBC). Que Paz é esta?
"O antigo porta-voz de Tony Blair considerou "longo e pomposo" o discurso de Durão Barroso na cimeira dos Açores, em 2003, realizada, no arquipélago, tanto quanto se "recorda", por "ideia" do então primeiro-ministro português, disse hoje à Lusa Alastair Campbell. "Presumo que a ideia foi sua", afirmou, referindo-se ao antigo primeiro-ministro Durão Barroso sobre a escolha do arquipélago português para a realização do encontro que reuniu o Presidente dos Estados Unidos, George Bush, e os chefes de governo do Reino Unido, Tony Blair, e de Espanha, Jose Maria Aznar." (Expresso, Maio de 2009)
O 'mordomo' da cimeira 'de guerra' dos Açores 2003 ostentou um prémio Nobel da Paz em 2012. O mundo é uma anedota."
"O 'mordomo' da cimeira 'de guerra' dos Açores 2003 ostentou um prémio Nobel da Paz em 2012. O mundo é uma anedota."
TAP vale menos que o passe do guarda redes do Sporting
Não consigo expressar a incredulidade de mais um negócio ruinoso para o país.
Com a desculpa da crise, há uma certa corja de poderosos a deitar mão ao país e fazer negócios chorudos para eles mesmo em detrimento do país.
Tratam as empresas públicas como se fossem seus negócios de família, apoderam-se de património estatal e multiplicam fortunas. Decidem vender o país a preço de saldo, desculpam-se com a dívida que não existe, vendem património inestimável por trocos só para terem uma posição de sucesso e agradar aos seus ovos sócios. Vendem o país para terem um tacho. Decidem este tipo de coisas sem ponderação, sem participação dos cidadãos, decidem, está decidido, "Não há aletrnativa". Mas o certo é que foi este povo que votou troika, e se por acaso, se tivessem dado ao trabalho de se informar sobre o programa da troika (que no fundo é que foi eleito) teriam visto que o que ficou acordado foi a privatização da EDP, da REN, da ANA, da TAP e das Águas de Portugal..e isto tudo para quê? para pagar juros a bancos e aos mercados.
Lá premiaram os carascos, serão executados.
Se este negócio e mais outros se seguirem não tenham dúvidas que este país se tornará absolutamente mais pobre, epriférico e subdesenvolvido. Talvez tenhamos de apanhar ãviões a partir de AMdrid, e coitados daqueles que vivem nos Açores ou Madeira.
Mas mais chocante que isto tudo ainda consegue ser o preço absolutamente chocante a que se quer vende ra TAP; autênticos trocos: 20 milhões de euros, é o valor pelo qual um senhor estrangeiro (com vários passaportes) de índole duvidosa quer comprar a TAP (único comprador).
100 milhões de euros: valor que a TAP põe nos cofres estatais em IRS
25 milhões de euros: custo do passe do Rui Patrício (guarda-redes do Sporting)
100 milhões de euros: valor que a TAP põe nos cofres estatais em IRS
25 milhões de euros: custo do passe do Rui Patrício (guarda-redes do Sporting)
A TAP vale até muito menos do que a casa de luxo em Paris do multimilionário actor Gérard Depardieu: 150 milhões de euros.
Para o Sr ilustre e muito inteligente ministro das finanças Vítor Gaspar a TAP vale menos que o passe do guarda-redes do Sporting?
Isto é um escândalo! Continuem a premiar os vossos carrascos!
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/tap-uma-proposta-inaceitavel=f77309
Sobre a TAP:
Este texto pretende desmistificar algumas ideias que existem quanto à TAP, que nascem de rumores ou opiniões menos esclarecidas, numa altura em que se fala na privatização da maior companhia aérea portuguesa.
Assim sendo, vamos esclarecer alguns pontos:
1- A TAP não é um buraco financeiro!Antes de mais é preciso salientar que desde 1994 que o Estado não pode injectar dinheiro em qualquer companhia aérea, pelo que a TAP não vive à conta de todos os contribuintes!
O lucro que da TAP (vôos e manutenção) é absorvido pelos prejuízos das empresas que a TAP assumiu ao comprar a falida empresa brasileira de manutenção de aviões VEM (que pertencia à companhia brasileira VARIG), agora TAP Manutenção e Engenharia Brasil.
Ou seja, a TAP tem à sua frente Fernando Pinto, o gestor público mais bem pago (cerca de 420 mil euros/ano), que fez com que a TAP comprasse um "BPN da aviação", e portanto impede o grupo de ter lucro.
A privatização da TAP significa vender-se a preço de saldo uma empresa preponderante na economia do país, e que se bem gerida pode ser rentável!
2- A TAP tem um papel fundamental na estratégica macro-económica do país!
A TAP é a maior exportadora nacional, e desempenha um papel muito importante no fluxo de pessoas e mercadorias na economia nacional.
Colocar a TAP nas mãos de capitais privados significa tirar de Portugal um dos mais importantes meios de transporte. Hoje, aponta-se como principal candidato o grupo IAG, que nasceu da fusão entre a British Airways e a Iberia. Isto significa que Lisboa pode deixar de servir de base entre a Europa e a América do Sul ou África. Os interesses privados vão colocar-se à frente dos interesses nacionais.
Levanta-se a questão: Vamos passar a ter de ir a Madrid para seguir para destinos na América do Sul ou África? Só aumentaria custos de passageiros e mercadorias.
A privatização da TAP significa que Portugal abdica de uma "empresa de bandeira", considerada em Dezembro de 2011 a melhor companhia aérea da Europa.
A privatização da TAP vem prejudiar as relações com os países lusófonos, e com os emigrantes que ascendem a 5 milhões pelo mundo fora.
3- Os trabalhadores da TAP não são a administração da companhia!
Muito se confunde a administração da TAP com os seus trabalhadores, que ascendem a 13 mil . A opinião pública é intoxicada com ideias de que os trabalhadores da TAP recebem todos ordenados estratósfericos, e é preciso desfazer este mito.
Os prórpios trabalhadores da TAP criticam os salários exorbitantes da sua admnistração (já em 2009)
As tripulações foram reduzidas, pelo que os comissários e assistentes de bordo estão a trabalhar mais.
As tripulações estão a fazer vôos que excedem os limites horários previstos no AE, o que põe em causa a segurança dos passageiros.
Os salários dos trabalhadores da TAP já foram reduzidos em Março de 2011, tal como os dos funcionários públicos.
Ora, é preciso salientar que nas empresas como a TAP as caracteríticas de empresa privada ou pública são evocadas em função do que dá jeito ao Governo ou Administração, por exemplo: na redução de salários, os trabalhadores são considerados função pública e levaram os cortes de Março de 2011, contudo não têm direito a ADSE.
E se por um lado, os funcionários da TAP viram os seus ordenados reduzidos logo em Março de 2011, por outro, a despesa com as remunerações do conselho de administração executivo da TAP ascenderam a 1,82 milhões (em 2008).
Mais um exemplo de uma Administração que vive à grande à custa da empresa, mas depois quando a empresa está em dificuldades, cortam nos funcionários.
E, numa altura em que se distutem salários de funcionários sabe-se que a Administração da TAP vai poder manter vencimentos.
Ou seja, mais um exemplo de quem paga a crise: não é a administração que tomou decisões ruínosas (como a compra da VEM), mas são os trabalhadores que veêm os seus direitos e salários reduzidos, e simultaneamente aumentos na carga e horário de trabalho.
A privatização da TAP significa que os seus trabalhadores vão sofrer despedimentos e cortes salariais.
Por todas estas razões: ESTAMOS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA TAP!
PS: Felizmente a TAP não foi vendida (ainda, e por aquele preço ridículo), agora querem vender a ANA, empresa que permite a mobilidade de 30 milhões de passageiros por ano nos aeroportos...apetecível, não?
1- A TAP não é um buraco financeiro!Antes de mais é preciso salientar que desde 1994 que o Estado não pode injectar dinheiro em qualquer companhia aérea, pelo que a TAP não vive à conta de todos os contribuintes!
O lucro que da TAP (vôos e manutenção) é absorvido pelos prejuízos das empresas que a TAP assumiu ao comprar a falida empresa brasileira de manutenção de aviões VEM (que pertencia à companhia brasileira VARIG), agora TAP Manutenção e Engenharia Brasil.
Ou seja, a TAP tem à sua frente Fernando Pinto, o gestor público mais bem pago (cerca de 420 mil euros/ano), que fez com que a TAP comprasse um "BPN da aviação", e portanto impede o grupo de ter lucro.
A privatização da TAP significa vender-se a preço de saldo uma empresa preponderante na economia do país, e que se bem gerida pode ser rentável!
2- A TAP tem um papel fundamental na estratégica macro-económica do país!
A TAP é a maior exportadora nacional, e desempenha um papel muito importante no fluxo de pessoas e mercadorias na economia nacional.
Colocar a TAP nas mãos de capitais privados significa tirar de Portugal um dos mais importantes meios de transporte. Hoje, aponta-se como principal candidato o grupo IAG, que nasceu da fusão entre a British Airways e a Iberia. Isto significa que Lisboa pode deixar de servir de base entre a Europa e a América do Sul ou África. Os interesses privados vão colocar-se à frente dos interesses nacionais.
Levanta-se a questão: Vamos passar a ter de ir a Madrid para seguir para destinos na América do Sul ou África? Só aumentaria custos de passageiros e mercadorias.
A privatização da TAP significa que Portugal abdica de uma "empresa de bandeira", considerada em Dezembro de 2011 a melhor companhia aérea da Europa.
A privatização da TAP vem prejudiar as relações com os países lusófonos, e com os emigrantes que ascendem a 5 milhões pelo mundo fora.
3- Os trabalhadores da TAP não são a administração da companhia!
Muito se confunde a administração da TAP com os seus trabalhadores, que ascendem a 13 mil . A opinião pública é intoxicada com ideias de que os trabalhadores da TAP recebem todos ordenados estratósfericos, e é preciso desfazer este mito.
Os prórpios trabalhadores da TAP criticam os salários exorbitantes da sua admnistração (já em 2009)
As tripulações foram reduzidas, pelo que os comissários e assistentes de bordo estão a trabalhar mais.
As tripulações estão a fazer vôos que excedem os limites horários previstos no AE, o que põe em causa a segurança dos passageiros.
Os salários dos trabalhadores da TAP já foram reduzidos em Março de 2011, tal como os dos funcionários públicos.
Ora, é preciso salientar que nas empresas como a TAP as caracteríticas de empresa privada ou pública são evocadas em função do que dá jeito ao Governo ou Administração, por exemplo: na redução de salários, os trabalhadores são considerados função pública e levaram os cortes de Março de 2011, contudo não têm direito a ADSE.
E se por um lado, os funcionários da TAP viram os seus ordenados reduzidos logo em Março de 2011, por outro, a despesa com as remunerações do conselho de administração executivo da TAP ascenderam a 1,82 milhões (em 2008).
Mais um exemplo de uma Administração que vive à grande à custa da empresa, mas depois quando a empresa está em dificuldades, cortam nos funcionários.
E, numa altura em que se distutem salários de funcionários sabe-se que a Administração da TAP vai poder manter vencimentos.
Ou seja, mais um exemplo de quem paga a crise: não é a administração que tomou decisões ruínosas (como a compra da VEM), mas são os trabalhadores que veêm os seus direitos e salários reduzidos, e simultaneamente aumentos na carga e horário de trabalho.
A privatização da TAP significa que os seus trabalhadores vão sofrer despedimentos e cortes salariais.
Por todas estas razões: ESTAMOS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA TAP!
PS: Felizmente a TAP não foi vendida (ainda, e por aquele preço ridículo), agora querem vender a ANA, empresa que permite a mobilidade de 30 milhões de passageiros por ano nos aeroportos...apetecível, não?
sábado, 8 de dezembro de 2012
Roubar aos pobres para dar aos ricos
"Segundo a revista 'Forbes' o património líquido dos americanos mais ricos aumentou 13% no ano passado e atinge agora 1,3 milhões de milhões de euros. É uma alegria pensar que todos nós também contribuímos um bocadinho para este progresso por mais que não fosse através dos juros que o Estado e os bancos portugueses pagaram. Mas não é tudo, há outras boas notícias!
O património médio dos 400 americanos mais ricos subiu para um recorde de 3230 milhões de euros. Isto é, as fortunas de metade destes tipos davam e sobravam para pagar as dívidas soberanas de Portugal, Grécia e Irlanda. Fantástico, não é? E se pensarmos que nunca um Sr do Império Romano, um Sr Medieval ou um Príncipe do Renascimento, por muito rico que tivesse sido , atingiu estes níveis, mais fantástico se torna. No nosso tempo, o homem passou a ser um leão, um urso, um tubarão, porque um lobo não chega, é inofensivo" Crónica: Banalidades- humor
"Em 2010, 1% da população detinha 44% da riqueza global segundo o Credit Suisse, em contrapartida 3500 milhoes - a metade mais pobre da humanidade detém apenas 1% dessa riqueza. Nos EUA a desigualdade é ainda maior: 1% dos americanso mais abastados concentram mais que 90% revela um estudo do Economic Policy Institute de Washington, 43,6 milhões de norte americanos de uma população total de 311 milhões está dependente para sobreviver dos cupões de comida do programa de assistência nutricional suplementar, no Reino Unido - um dos países mais desiguais da OCDE os 10% mais ricos têm rendimentos 12 vezes superiores aos 10% mais pobres ." (visão Novembro)
A crise como agente redistribuidora de riquezas entre ricos |
Propinas no secundário
Passos Coelho: "Dá-nos aqui alguma margem de liberade, na área da educação, para poder ter um sistema de financiamento mais repartido entre os cidadãos e a parte fiscal que é assegurada pelo Estado. Do lado da saúde temos menos liberdade para isso"! Passos Coelho diz que a Constituição permite mais cortes na educação que na saúde.
perante esta declaração, há alguma dúvida que o Governo vai explorar as ambiguidades da Constituiçãoe fazer duplas interpretações para aumentar propinas?
O mais estonteante é que os gastos de Portugal com a educação estão em 3,8% do PIB, um dos valores mais baixos da OCDE!
Estes neoliberais perigosos não se admirem são muito bem capazes de privatizar até o ensino secundário, eles querem é ter um povo ignorante e calminho paraa ceitar todas as porcarias que eles fazem!
perante esta declaração, há alguma dúvida que o Governo vai explorar as ambiguidades da Constituiçãoe fazer duplas interpretações para aumentar propinas?
O mais estonteante é que os gastos de Portugal com a educação estão em 3,8% do PIB, um dos valores mais baixos da OCDE!
Estes neoliberais perigosos não se admirem são muito bem capazes de privatizar até o ensino secundário, eles querem é ter um povo ignorante e calminho paraa ceitar todas as porcarias que eles fazem!
Não é esta a Europa que queremos!
"A União Europeia não é uma democracia, que satisfaça qualquer democrata digno desse nome: é, por agora, uma confederação gerida por tecnocratas. esta crença de que é possível tratar da governança económica agora e deixar a democracia para depois é uma irresponsável ilusão. Depois de os países poderosos conseguirem cristalizar o cartel de Estados em que o projecto europeu se tornou, não voltarão a conceder poder, . Nestas situações, deixar a democracia para depois é deixá-la para nunca" Rui Tavares in Público, 5 de Dezembro.
Quem se queixa mais é quem mais tem
""Quem mais vocalmente contesta o que estamos a fazer são aqueles que têm mais", disse Passos Coelho...as palavras de Passos Coelho oferecem um retrato surpreendente. Todos assistimos a manifestaçõesem que um grande número de pessoas contestava vocalmente o que o governo está a fazer. Ficamos agora a saber que aquelas multidões eram constituídaspor aqueles que têm mais. Em retrospectiva, recordo a quantidade enorme de beatas de charuto que cobria o chão após as marchas. Percebo agora a elegância dos manifetsnates todos vestidos de Armani e Chanel. Compreendo finalmente os engarrafamentos provocados pelos protestos: os vocalizadores foram transportados para a manifestação pelos respectivos motoristas...Ali nas ruas a empunhar cartazes a vocalizar palavras de ordem, estavam os banqueiros, os accionistas das concessionáriasdas PP, os grandes empresários. Se esta gente aguenta mais austeridade? Ai aguenta. aguenta - como disse, com conhecimento de causa, um deles . Na altura, não percebi e discordei. Afinal estou de acordo"
Ricardo Araújo Pereira in Visão
ver para crer a polémica declaração do PM: SIC
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Sobre o conflitto israelo-plaestiniano
Li, uma crónica deveras interessante numa Courrier deste ano e decidi partilhar uns excertos aqui.
O autor é Sami Michael, escritor israelista que proferiu estas palavras numa conferência em Haifa.
"Israel é um estado judaico formado há 60 anos após a II Guerra Mundial.
O Estado de Israel é produto da tradição da intervenção judaica.
Quando os pais do sionismo na Europa conseguiram atrair simpatia para a criação de um Estado judeu, utilizaram o argumento de que tal entidade faria avançar por todo o Médio Oriente uma onda de cultura europeia. Esta abordagem ganhou raízes na consciência israelita e, até hoje, a Europa é meca espiritual para uma boa parte da intelectualidade israelita, especialmente para os escritores considerados formadores da opinião pública. A meu ver, este é um dos profundos conflitos intrínsecos à ideia sionista.
A ideologia sionista emergiu no contexto do antissemitismo europeu, embora os pais do sionismo se tenham oferecido para servir de agentes da cultura que alimentara o ódio aos judeus. Parece que os seus defensores consideram que séculos de antissemitismo, a expulsão da Espanha quatrocentista e as atrocidades da Alemanha nazi ocorreram noutro planeta, numa era imaginária.
Como resultado de uma autolavagem do cérebro, a Europa permanece na mente d emuitos israelitas como um farol e uma fonte de inspiração para uma sociedade esclarecida.
Aos nossos olhos e aos dos nossos simpatizantes na Europa, reconhecemo-nos orgulhosamente como praça-forte da cultura europeia num mundo atrasado e hostil.
Não me parece que, granjeando a simpatia com a cultura europeia, tenhamos atraído a admiração da Europa, mas o certo é que acirrámos o ódio dos povos árabes, como agentes ao serviço de um inimigo perigoso e como perpetuadores da ocupação por esse mesmo inimigo [...]O estado de Israel desde o dia da sua criação, demonstrou até que ponto a desconfiança dos árabes tinha fundamento e era lógica, a começar pela identificação de Israel na década de 1950 com os crimes dos franceses na Argélia, passando pela participação israelita nas operações da Grã- Bretanha e França em 1956 contra o Egipto por causa da nacionalização do canal do Suez a terminar no nosso entusiasmo pela conquista do Iraque pelos EUA, para não falar na ocupação e colonização da faixa de Gaza e Cisjordânia."
Aulas de Japonês
"Quem aprende uma língua nova, ganha uma nova alma"
Decidi aprender japonês há umas semanas, e
fiquei a saber que a palavra Japão em japonês diz-se Nihon, a palavra
ocidentalizada deste país ficou Japan em inglês ou Japão em português
devido a um episódio caricato das aventuras marítimas portuguesas por
essas áreas, depois de tanto navegar os navegantes portugueses chegam
exaustos ao Japão e perguntam cansados: "já há pão???!"...e assim ficou
Japão!
E mais,a palavra japonesa para pão é um estrangeirismo, de seu nome pan, do português pão.
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