quarta-feira, 26 de setembro de 2012
É uma loucura portuguesa, com certeza é uma loucura portuguesa
"Escrevo-te umas horas antes de o Presidente da República falar ao país na certeza de que tudo fará para preservar o poder podre que ajudou a construir [...]
Foram 30 anos a convencerem-nos de que "eles" são todos iguais e que não há alternativa a viver mal e explorado. Fizeram-nos odiar os sindicatos que nos pertencem. Fizeram-nos pensar que não somos políticos. Fizeram-nos acreditar que não podemos decidir, que vivemos acima das nossas possibilidades e que, se nos revoltarmos, estaremos a comprometer o futuro dos nossos filhos [...]"
Tiago Mota Saraiva na crónica de opinião do jornal i " Carta a Chico Buarque" de 22 e 23 de setembro de 2012
Que fazer?
" É a pergunta: que fazemos com a manif do passado sábado "Que se lixe a troika"e com esta crise? Todos ficaram atónitos com a dimensão da manif [...]A enjoativa alternância PS e PSD leva a abstenção [...] Isto está a ficar do avesso com os patrões solidários com os trabalhadores e os ultraliberais do governo furibundos com os patrões.
"Não há dinheiro" é aquela frase sibilina e pausada do ministro Vítor Gaspar. Não? Deste lado, também já não há. Parece que tem orgulho no povo, seria bom que o percebesse.
Falar com a troika, revirar o orçamento, remodelar o governo, eis o que fazer.
Passos Coelho não deve ter lido o livro da social-democrata Shirley Williams "A Política é para as Pessoas". Talvez se tivesse ouvido menos Borges, Moedas & Ca. e escutado mais empresários, trabalhadores e a sociedade civil, não tivesse chegado aqui. A manif de sábado quebrou-lhe a arrogância e deu um aviso, recordando aquela canção em vésperas do 25 de Abril: "oiçam, o tempo mudou"."
Fernanda mestrinho na crónica de opinião do jornal i de 22 e 23 de setembro de 2012
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