Conseguimos! O Fado foi considerado património imaterial da humanidade.
A canção de Lisboa passa assim a ser uma canção do Mundo.
O Fado retrata a música intrínseca à alma lusa, mais especificamente à população de Lisboa, embora também hajam os Fados de Coimbra que são diferentes (não englobados para já no Património da Humanidade). O Fado falta sobre a saudade (palavra que só existe na língua portuguesa), saudade de vidas passadas, saudade do que já passou, saudade da pátria, fala sobre o fatalismo do destino: "foi por vontade de Deus que eu vivo nesta ansiedade", Amália na música Estranha forma de vida.
O Fado é sentido, e isso transforma-se nas emoções de quem canta e de quem ouve, muitas vezes acabando por chorar de emoção. Mas não são só de tristezas de que se faz o fado, o fado também pode ser alegre como ao estilo da nova fadista Ana Moura e até no que e retratado na música Rosa Branca cantada por Mariza.
O expoente máximo do fado é a já falecida cantora Amália Rodrigues mas hoje em dia mais e mais fadistas nascem e fazem sucesso com outras interpretações de fado diferentes daquelas que transmitiam o pesar antigo: Mariza, Cuca Roseta, Mafalda Arnauth, Ana Moura, Kátia Guerreiro, Carminho,Raquel Tavares, Camané e o já veterano Carlos do Carmo entre muitos outros e até grandes guitarristas que não cantam mas tocam o fado e expressam a emoção do fado através da guitarra portuguesa como o génio Carlos Paredes.
A sonoridade do fado é inquestionavelmente própria sendo caracterizada pelo som inconfundível da guitarra portuguesa.
Deixo-vos aqui com alguns dos meu fados preferidos:
1- Mariza, com Rosa Branca (embora também idolatre a música melancólica: Gente da Minha Terra).
2) Ana Moura com o fado alegre: "Não é um fado normal"
3) O grande génio Carlos Paredes na música Verdes Anos
4) E claro a Rainha do fado, Amália Rodrigues, na música Gaivota