terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Retirada das tropas do Iraque


A invasão da NATO no Iraque terminou este mês, dia 18 de Dezembro de 2011, sensivelmente 8 anos depois de se ter iniciado a Março de 2003.
A retirada ocorreu sem discursos de vitória.
Saddam Hussein até foi deposto mas as armas de destruição maciça eram um mito e a invasão não provocou a onda de democratização planeada, ainda pior, só veio reforçar a influência do Irão.
O episódio bélico custou a vida a 4 485 soldados norte-americanos e a mais de 100 mil iraquianos e representou cerca de 600 000 000 000 euros (seiscentos mil milhões de euros)ao erário público dos EUA que têm um colossal défice público e onde se verifica o aumento de desigualdades sociais (1% da população mais rica triplicou os rendimentos desde 1979) e da pobreza (45 milhões de americanos dependem de cupões alimentares, os chamados food stamps).

Fonte: Visão (fim de Dezembro)

Mas há mais os EUA avançam com a venda de armas ao Iraque apesar da instabilidade política (fonte: jornal i de 30 de Dezembro de 20111):
"Nem o facto de o Iraque estar cada vez mais instável e haja receios de que as divisões sectárias possam levar o país a mergulhar numa guerra civil, levaram os Estados Unidos a suspender uma venda de armas no valor de 11 mil milhões de dólares. Novos jactos e tanques norte-americanos vão modernizar as forças armadas iraquianas.A ajuda militar faz parte de um acordo entre a administração de Barack Obama e do governo iraquiano para reforçar as fronteiras do país. O exército iraquiano era, antes da Guerra do Golfo, em 1991, um dos maiores do mundo mas que, desde a invasão do país pelos EUA, em 2003, decresceu em quantidade e qualidade...Além da escalada de tensão política nos últimos dias (entre os membros do governo sunita que são a minoria e a oposição radical xiita que são a maioria) não propiciar em nada o anúncio de venda de armas ao Iraque, há quem também se tenha referido à possibilidade do governo iraquiano passar a tecnologia ao Irão, tendo em conta a proximidade entre os dois governos mas um especialista em estratégia militar garantiu que a venda não representava riscos porque "o tipo de armas que foi vendido foi desenhado há 20 ou 30 anos".

A tensão entre xiitas e sunitas está patente em atentados bomba violentíssimos que são cometidos diariamente.
Mas o que esperar dos EUA cuja maior indústria é o armamento?

Quando é que as pessoas vão perceber mesmo que as Guerras são inúteis? que as Guerras são um desperdício de dinheiro, de tempo, de recursos e acima de tudo de vidas? que as Guerras são desnecessárias e só trazem morte, destruição...mas por vezes também benefícios económicos aos srs da Guerra.
Einstein por exemplo, sempre se opôs às Guerras e nacionalismo, tendo abdicado de ter nacionalidade e recusou-se a cumprir serviço militar bem como incentivou durante toda a sua vida os jovens a recusarem cumprir serviço militar ou alistarem-se no exército. Afinal de contas, os políticos podem até decretar guerra, mas quem vai disparar as armas são os militares, que são pessoas com real capacidade de decidir o que fazer e que caso tenham bom coração e sejam racionais não vão disparar. Mas infelizmente o Mundo está cheio de idiotas que vão para a Guerra matar e acham que estão ao serviço da sua nobre nação e orgulham-se disso, e as suas famílias mesmo chorando, parece que pactuam com esse modo de vida...e muitos chegam a casa em caixões ou com traumas e com um passado ensaguentado...e tudo isto porquê? há quem goste da vida militar mas o mais incrível é haver quem ache que seja coisa de nobre e esteja disposto a matar e arriscar a sua vida por ordens superiores pelo bem da sua nação!
Depois também há as ditas missões humanitárias feitas por militares, que nem sempre são de paz, aliás vencer   com guerra não é uma atitude pacifista.
Depois também há casos, como o jovem soldado norte-americano Brandon Manning, que revelou à Wikileaks coisas terríveis que as tropas americanas faziam...e foi preso não se sabe até quando...isto na Terra da Liberdade dos EUA.
E depois também há os reaccionários que dizem que temos de ter exército para um país ter soberania e poder-se defender, eu acho que não, não deveria haver exército nenhum em país nenhum!
E escusado será dizer, se todos fossem como eu, ninguém premia o gatilho!

Depois  também nos chegam casos destes em que mostram toda a falta de respeito e misericórdia por soldados americanos que parece que vão para a Guerra treinados a jogar jogos de computador, alguns que se orgulham de ter morto cerca 250 pessoas e até aqueles americanos que torturaram prisioneiros de guerra e fotografaram as suas torturas com requintes de malvadez para se recordarem (todos se lembram?). O caso mais recente é de um vídeo que está a causar revolta no Mundo islâmico em que marines depois de matarem talibans alinda lhes urinam para cima.