segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Nobel da Economia diz que salários em Portugal têm de ser baixos

Paul Krugman, Nobel da Economia em 2008, em Portugal, na Universidade de Lisboa onde recebeu a insígnia de Doutor Honoris Causa


Quando cheguei a casa e liguei a TV no telejornal e vi a notícia que o Sr. Krugman  (Nobel da Economia em 2008) tinha ido à Universidade de Lisboa lá receber a insígnia de Doutor Honoris Causa percebi todo o rebuliço à volta da Cidade Universitária hoje: tanto bom carro (alguns até com matrícula estrangeira) com motorista estacionado, e até um jaguar e um bentley! Alguém importante deveria de estar pelas redondezas, mas certo é que já me tinha habituado a ver mercedes e audis e BMW a rondar Lisboa, especialmente pela zona da Cidade Universitária onde muitas vezes aumentam de velocidade ao pé das passadeiras...a lata toda de Mercedes e BMW e Audis é aliás imagem recorrente na reitoria da UL.

Já tinha ouvido falar nas notícias do Sr. Krugman, na semana passada até na aula de economia estávamos a fazer um exercício com dados e na legenda estava a dizer: Krugman, Nobel da Economia de 2008.

Ora aqui está a frase da discórdia, que deve dar panos para mangas em discussão:

"Eu sei que as pessoas perguntam porque quero salários baixos. Infelizmente Portugal tem um défice externo muito grande e vai ter que melhorar a sua competitividade e isso significa que pelo menos, os salários em Portugal devem crescer menos do que na Alemanha de forma substancial. Isso provavelmente significa um corte de salários. Não é bonito mas é o que tem de acontecer", Paul Krugman (27-2-2012)


Ora bem o Sr. Krugman deve ser ser muito inteligente, Nobel da Economia e tudo...e agora Doutor Honoris Causa por três universidades lisboetas: técnica, clássica e a nova (não faço ideia do que esse título quer dizer, mas deve ser um reconhecimento da sua sapiência sem ímpar)...mas não faz ideia da barbaridade do que está a dizer! Mas quem sou eu para falar? Ninguém, aliás sou repetente na cadeira de economia...mas o que o sr. Krugmann disse não faz sentido nenhum: os salário médios e mínimos dos portugueses, tendo como padrão os salários médios e mínimos alemães estão muito, mas mesmo muito, muito mesmo já abaixo dos ordenados dos alemães, não sabia? Então porque fala do que não sabe? Como é que pode sequer dizer que conhece bem Portugal (desde 1976)? Poça realmente como é que um Nobel pode mandar bitaites sobre o estado de um país como se soubesse de tudo e fosse a Razão em pessoa e nem fazer o trabalho de casa e averiguar que se o que diz tem razão?
Ora aqui está: salarios-minimos-europeus e salarios
Lista dos salário mínimos mensais de diversos países (em euros):
Luxemburgo: 1369 euros
Holanda: 1249 euros
Bélgica:  1163 euros
França:   1154 euros
Reino Unido: 1105 euros
Irlanda: 1073 euros
EUA: 877 euros
Grécia: 750 euros
Malta: 535 euros
Espanha: 526 euros
Portugal: 485 euros
Eslovénia: 451 euros
Hungria: 212 euros
Polónia: 201
República Checa: 199 euros

  • Então depois de feita esta investigação concluímos que a Alemanha ao contrário da maioria dos países a Alemanha não tem um ordenado mínimo estipulado por lei, mas a sua mão de obra é 3ª mais cara da Europa...e não é por isso que deixam de ser competitivos. Os trabalhadores em média recebem 50,4 mil euros por ano...são há volta de 4200 euros por mês!!!! Os portugueses recebem em média 800 euros, o nosso ordenado mínimo é de 485 euros! Repito 485 euros...GANHAMOS 8,6 VEZES MENOS QUE OS ALEMÃES!!! Se o Krugman acha bem cortar entre 20% a 30% dos nossos ordenados em relação aos alemães isso queria dizer que em vez de recebermos de ordenado mínimo 485 euros receberíamos entre 840 euros (corte de 30% em relação a ordenados alemães) a 1260 euros (corte de 20%)...assim ganhávamos quase ou mais que o dobro do que ganhamos e o sr. Krugman falou em cortar...não em aumentar...mas se por acaso estiver em falar em cortar entre 20% a 30% o que se ganha então em média os portugueses deixavam de receber 800 euros para receberem entre 160 a 240 euros e os que ganham o ordenado mínimo coitados com esses cortes deixavam de receber 486 euros e receberiam entre 145 euros(menos 20%) a 97,2 euros (menos 30%)...alguém conseguiria viver assim? Nem pensar, muito menos com o Euro e o nível de vida que exige: é impossível ganhar como no Bangladesh e viver como os parisienses e os alemães abastados!
  • Então acha mesmo que é preciso descer drasticamente os salários para ser competitivo? então como é possível os alemães serem tão competitivos e terem brutos salários?
  • E depois ainda vem dizer que não é preciso mais austeridade, que isso retrai o consumo...mas baixar salários entre 20% e 30% não é uma medida de austeridade das grandes???

Então das duas uma: ou foi um lapso por parte do Sr. Doutor Krugman ou então o sr. fala nitidamente sem conhecimento de causa.
Mas se o Sr. Krugman, por acaso, estava a falar  no corte de salários dos jornalistas e apresentadores da RTP (RTP), no corte das pensões douradas (como a dos Catrogas), nos ordenados de dirigentes políticos e directores/ admnistradores e o diabo a sete de empresas público ou público-privadas..aí concordo eles ganham muito á custa do povo, lá há muito para se cortar! (ler: reformas-douradas chulos portugal-desigual).
Mas se isso dos tais cortes for para ser aplicado à generalidade dos trabalhadores então é uma piada de mau gosto: nós já somos os mais miseráveis da Europa, aqui o ordenado mínimo é 200 euros menos que a dos gregos (ordenado mínimo na Grécia é de 751 euros).
Mas é que o economista Paul Krugman defendeu esta segunda-feira que Portugal precisa de cortar salários 20 a 30% face à Alemanha, que serve de referência na Zona Euro. Mas não precisa de cortar salários para o nível da China...no fundo o que este Sr. diz é: vocês portugueses têm que receber um ordenado miserável, pagar pelo ordenado dos alemães, mas não precisa ser equiparado aos chineses... Obrigado Nobel!

Ó Krugman se és assim tão bom porque é não vais ajudar o teu grande país, os EUA, com uma dívida astronómica brutal, o 2º país mais endividado do Mundo? (crise-das-dividas-soberanas).
Tu que dizes que temos uma dívida externa enorme, tu que vives num país em que todos os dias saem milhões de euros para financiar guerras??? Que moral tem este Nobel!? Sei que não sou ninguém para falar assim de um Nobel, mas isto que ele disse é absurdo e para além disso a desculpa " é a economia estúpida" comigo não cola!

Vi também na RTP informação, um pouco da entrevista de Krugman aos jornalistas e até concordei com algumas coisas do que ele disse, nomeadamente de que Portugal está numa armadilha do Euro...sair do Euro, como já se sabe não será fácil, muito estará em jogo e iria aumentar estrondosamente a nossa já grande dívida (tenho uma sugestão, façam como os islandeses e não paguem!).
Então é assim, um jornalista perguntou se a economia portuguesa que não cresce é 10 anos, é uma economia zombie...Krugman disse que até estamos a exportar bem. 
Peço desculpa: a economia portuguesa não cresce há 10 anos???? Que engraçado...há 10 anos atrás, por coincidência pura, entrámos no EURO!


Krugman em entrevista ao jornal Público de 29- Fevereiro diz:

"A Grécia está a chegar ao fim do jogo. Não vejo como é que possa continuar no Euro. A austeridade está a afundar a sociedade e não aguentam mais. Sair do Euro não será fácil, mas ao menos dar-lhes-á alguma esperança de recuperação acho que foi um erro [entrar no euro] para a Grécia e eu diria também para Portugal. Eu percebo que na altura era difícil era difícil dizer não , até porque na altura estavam todos a fazê-lo, mas a verdade é que seria tudo mais fácil agora. Aliás a vida teria sido muito mais fácil no caminho para a crise e agora"


Krugman quer que as pessoas todas de modo geral entendam a economia (mas pelos vistos ele nem se deu ao trabalho de saber como funciona a nossa, nomeadamente os ordenados dos trabalhadores) e diz não entender porque tantos peritos têm-se esforçado por explicar tanto sobre biologia, física, química, astronomia  sendo muito parcos em explicar a dinâmica da economia, o que como ele próprio o disse, é absurdo pois a economia afecta muito a vida das pessoas...bem provavelmente os peritos não querem estragar os lobis políticos, se as pessoas percebessem alguma coisa de economia estariam muito mais reticentes em pagar dívidas de bancos que faliram por corrupção e falcatruas...mas por enquanto a explicação: "é a economia estúpido" vai pegando...
Quanto à questão: " a depressão dos anos 30 acabou com a 2ª Guerra Mundial, devemos recear um conflito?", Krugman foi peremptório em dizer "sim é possível..." e fez referência à Hungria e ao nº de partidos autoritários a surgir na Europa e da situação da Hungria "um país à beira do abismo que corre o risco de deixar de ser uma democracia". Mas quanto a conflitos, já ouvimos a Sra Merkell e o seu cãozinho Sarkozy adverterem que "se o Euro cair, a Europa cai...e não podemos garantir mais 50 anos de paz e prosperidade", portanto já nos alertaram com essa possibilidade!


Quanto à questão: "Quais são as opções para Portugal?", Krugman diz que são poucas, as opções estão em Berlim e Frankfurt, não aqui...é o compromisso com a moeda única que nos anula essas opções.
Trocando por miúdos somos reféns da dívida e estamos a trocar a nossa soberania por um cheque alemão.
Europa a terra de sonhos prometida do leite e do mel...cada vez te pareces mais um pesadelo...
Mais:
25-anos-na-uniao-europeia
bce-com-depositos-recorde
BCE explicado
assimetrias-da-zona-euro
alemanha-e-europa-dos-contrastes
euro-vantagens-e-desvantagens
portugal-deve-deixar-zona-euro



domingo, 26 de fevereiro de 2012

água da torneira ou água engarrafada?



Tenho que fazer referência a uma notícia que pode até ser redundante de tão tola que é: é sobre o facto de uma sugestão de no parlamento começar-se a beber água da torneira em vez das águas engarrafadas em formato mini que custam aos contribuintes portugueses milhares de euros por ano. Bebendo água da torneira economizar-se-ia o dinheiro dos contribuintes e seria bom para o ambiente...sugestão essa chumbada,pois  por incrível que pareça para os boys do CDS e PSD sairia bem mais caro beber água da torneira, porque, entre outras razões e contas mirabulante os jarros em si seriam caríssimos (mais de 400 euros cada, serão feitos de ouro?),e  haveria um custo de mão de obra associado ao enchimento dos ditos vasilhames, isto é: teriam de empregar alguém especialmente qualificado para encher as garrafas de água dos senhores deputados e ministros...claro!!! Porque os nossos deputados e ministros não podem sequer, imagine-se, trazer a sua garrafinha de casa ou comprá-la no café ou até darem-se ao trabalho de ir encher as suas próprias garrafas com água da torneira quando têm sede como um simplório cidadão...já agora quando vão à casa de banho também empregaram boys para vos limpar o rabinho????Haja paciência!

texto de Carla Quevedo, no jornal Metro de 24-2-2011 na crónica: Dor de cabeça

Água da torneira
"Beber ou não beber água da torneira, eis a questão com que o Parlamento se ocupou nos últimos dias. Em Novembro, o PS apresentou uma proposta para acabar com as garrafas de água mineral nas reuniões parlamentares.Os motivos tinham que ver com os milhares de garrafas e copos de plástico usados. o Conselho de Administração do Parlamento fez um estudo e alega que seriam necessários 2.700 euros "para enchimento, limpeza, colocação e arrumo de vasilhames." O cálculo para beber água da água da torneira incluiu os custos de pessoal e contrasta com os 259,20 euros por mês que custa a água engarrafada. Quer isto dizer que a Assembleia não tem cozinha nem funcionários? Se é assim, então como aparecem e desaparecem as garrafas de água e copos das salas de reunião? Segundo a notícia o Público, "o Conselho de Admnistração também considerou o custo dos jarros em si, avaliados em 4.600 euros". Imagino que os bebedouros tenham sido rejeitados por serem mais dispendiosos. Quanto ao orçamento para os jarros, fico a pensar que o terão pedido à Torres&Brrinkmann. Faço dois pedidos no sentido de resolver o super-problema. O primeiro é o apelo à capacidade de síntese dos deputados.  Já todos assistimos às suas intervenções nas comissões, e sabemos que é possível dizerem o que pensam em menos tempo. A redução do número de horas nas reuniões levará à escassez desejada de gargantas secas. O segundo apelo é dirigido ao bolso e à liberdade de escolha dos deputados. Quem quiser beber água da torneira, é livre de o fazer. Quem preferiri beber água engarrafada, pode comprá-la a um preço simpático no bar da Assembleia. Assim, cada um trata de si, enquanto poupa dinheiro aos contribuintes. De nada!"

Nem mais!

Sacrifícios? Quais sacrifícios?


Recebi este e-mail de um cidadão anónimo, a ser verdade, que não me admiro nada então mais razões para se deixarem de "pieguices" e acabarem de vez com esta escumalha polítiica...ou ainda têm dúvidas que estão a gozar convosco?


«Aí está uma descoberta do Passos Coelho que até lhe pode dar o Nobel da Matemática; descobriu a maneira de alguns não fazerem parte do todo.
Basta chamarem abono suplementar ao que dantes se chamava Subsidio de Férias ou de Natal e os "boys" não necessitam de perder as mordomias como acontece com os cidadãos a quem trata como idiotas.
E, enquanto não mostrarem a sua indignação e correrem com esta escumalha que mente e engana, carregando de sacrifícios os que menos têm enquanto "apaparica" os seus amigos, acabam por ser realmente idiotas aos olhos dos bandalhos que nos governam. De que estão à espera ainda não entendi. »

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Maior onda do Mundo é portuguesa


Bem esta é uma notícia velha (de Novembro de 2011), no entanto, achei por bem relembrar e guardar aqui no blogue esta notícia que algum tempo tenho demorado a escrever no blogue.
Não tinha noção do potencial de surf em Portugal, mas afinal temos uma costa mesmo incrível para praticar a modalidade. Aliás, Portugal é o país que tem a única reserva de surf na Europa na Ericeira e 2ª reserva mundial juntamente com Malibu, na Califórnia, EUA tendo sido escolhida pela organização mundial Save the Waves num total de 126 ondas nomeadas em 34 países diferentes (surfportugal ericeira surf). Recentemente Santa Cruz nos EUA também se tornou reserva mundial de surf.
O objectivo da organização Save the Waves tem como propósito criar em todo o mundo zonas de reservas protegidas contribuindo assim para a preservação do ambiente.


Garret McNamara é um famoso norte-americano surfista de 44 anos nascido na Califórnia mas desde que se mudou aos 11 anos para o Havai nunca mais largou as pranchas.
McNamara desenvolve uma actividade lucrativa que a maioria definiria como suicídio. A última vez que enfrentou a morte foi no ano passado, em Novembro, em Portugal mais precisamente na praia do Norte, na Nazaré onde aliás gravou um documentário que hei-de alugar um dia destes pela ZON.
Garret McNamara só se mete em ondas grandes e perigosas e desceu uma onda de 30 metros...como se estivesse em queda livre de um prédio de 30 metros...a maior onda alguma vez surfada! garrett-mcnamara-surfou-na-praia-do-norte-na-nazare-a-maior-onda-de-sempre
Não fazia ideia que o nosso país podia produzir ondas gigantes mas isto tem uma explicação científica: a praia do Norte está sob o efeito de um fenómeno conhecido como "canhão da Nazaré", que faz com que se formem ondas deste tamanho. Trata-se de um acidente geomorfológico raro, o maior da Europa e um dos maiores do Mundo, que consiste numa falha na placa continental com cerca de 170 km de comprimento e 5 km de profundidade, que canaliza a ondulação do oceano Atlântico para esta praia.
"Foi espectacular! Provavelmente a maior onda que alguma vez surfei. Muito poderosa. Nenhuma das ondas que apanhei foi tão grande e tão forte"- contou Garret.
Confrontado com a possibilidade de ter desaparecido para sempre naquele momento, Garret, casado e com três filhos, assume o risco que corre conscientemente: "Se tivesse caído naquela onda, muito provavelmente teria morrido. A onda era tão poderosa que me podia ter morto com facilidade", explicou. Porém, desta fez não sentiu "medo". "Tudo se encaixou da melhor forma. Senti-me muito bem" descreve.
E o que pensará Garret durante aqueles segundos no cume da enorme massa de água: "Penso sempre de uma forma positiva. Ou que vou ficar bem ou que vou conseguir surfá-la".
"Depois de ter surfado aquela onda não me senti cheio de adrenalina. estava calmo e relaxado. Foi uma experiência zen muito boa. Foi tudo perfeito".
Para descrever uma experiência próxima do suicídio com linguagem esotérica é preciso estar num patamar muito elevado de convívio com a mãe natureza...e essa comunhão com a natureza é a essência real do surf.

Tem mil anos de história, mil anos de memória para contar neste país de sonho azul à beira mar.
Portugal é mesmo um paraíso à beira mar plantado...mas não é tratado com o devido respeito e orgulho da parte dos portugueses.

Fica aqui o vídeo fantástico deste recorde brutal:

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Estamos num cenário de terceira guerra mundial?




Li uma entrevista no jornal i de 14 de Fevereiro e acho que muitas coisas se enquadram no post que fiz sobre o manifesto anti-americano (clicar:manifesto-anti-americano).
Não sou anti-americana, de todo, o meu maior intuito é depositar nos americanos a esperança da mudança pois  se enquanto sociedade eles mudarem de atitude poupavam-se muitas guerras, mortes desnecessárias, apostava-se num futuro verde e sustentável investindo-se em energias renováveis em vez de invadir outros países e controlar a extracção de petróleo e garantia-se a paz mundial.
Os americanos são 5% da população mas produzem mais lixo e emitem mais gases poluentes que qualquer outra nação, é assim urgente que mudem de atitude.
Não concordo com tudo o que é dito na entrevista e até há coisas ditas lá que desconhecia, e dado a sua gravidade, custa-me a crer que sejam verdade de tão más que são.
No entanto acho importante partilhar coisas que saem ao filtro regular dos media que nos impingem as coisas de certa maneira ocultando o lado que não convém aos governos.
Por isso aqui seguem-se excertos da extensa entrevista:

Michel Chossudovsky é um professor de economia na Universidade de Otava e presidente e director do Centre for Research on Globalization em Montreal, Canadá, licenciou-se em economia pela Universidade Manchester e é doutorado na Universidade da Carolina do Norte e falou ao jornal i sobre uma possível terceira guerra mundial, de que fala no seu livro "Towards a World War III Scenario: The Dangerous of Nuclear War". Crítico da fortificação militar dos Estados Unidos estão a construir em torno da China, o professor canadiano da Universidade de Otava defende que a opinião pública é fundamental para evitar uma guerra mundial.

 i: Diz no seu livro que a guerra com o Irão já começou e que os Estados Unidos estão à espera de um rosto humano para lhe dar. Acredita que os objectivos políticos e geostratégicos de Washington podem levar-nos a uma guerra nuclear com consequências para toda a humanidade?
MC: Não quero fazer previsões e ir além do que aconteceu. Tudo o que posso dizer, e tenho vindo a dizê-lo de forma repetida, é que a preparação para a guerra está a um nível muito elevado. Se será levada a cabo ou não é outro patamar, e ainda não o podemos afirmar. esperemos que não.Mas temos de considerar seriamente o facto que este destacamento de tropas é o maior da história mundial. Estamos a assistir ao envio de forças navais, homens, sistemas de armamento de ponta, controlados através do comando estratégico norte-americano em Omaha, Nebrasca, e que envolve uma coordenação entre EUA, NATO e forças israelitas, além de outros aliados no golfo Pérsico. Estas forças estão a postos. isto não significa necessariamente que vamos entrar numa 3ª Guerra Mundial, mas os planos militares na Pentágono, nas bases da NATO, em Bruxelas e em Israel estão a ser feitos. E temos de os levar muito a sério. tudo pode acontecer, estamos numa encruzilhada muito perigosa e infelizmente a opinião pública está mal informada. Dão espaço a Hollywood, aos crimes e a todo o tipo de acontecimentos banais, mas no que toca a este destacamento militar que poderá levar-nos a uma 3ª Guerra Mundial, ninguém diz nada. Isso é um dos problemas, porque a opinião pública é muito importante para evitar esta guerra. E isso não está a acontecer, as pessoas não se estão a organizarem para se oporem à guerra. Isto não é uma questão política, é um problema muito mais vasto e tenho de dizer que os meios de comunicação ocidentais estão envolvidos em actos de camuflagem absolutamente criminosos. Só o facto de alinharem com a agenda militar, como estão a fazer na Síria, onde sabemos que os rebeldes são apoiados pela NATO, na Arábia Saudita e em Israel, e como fizeram na Líbia, é chocante do meu ponto de vista, porque as mentiras que se criam servem para justificar uma intervenção humanitária.


i: Em vez de uma guerra nuclear, não podemos assistir a um cenário semelhante à Guerra Fria, com os EUA e a União Europeia e Israel de um lado e a China, Rússia e o Irão do outro?
Esse cenário já é visível. A NATO e os EUA militarizaram a sua fronteira com a Rússia e a Europa de Leste, com os chamados escudos de defesa antimíssil - todos esses mísseis estão apontados a cidades russas. Obama sublinhou em declarações recentes que a China é uma ameaça no Pacífico - uma ameaça a quê? A China é um país que nunca saiu das suas fronteiras em 2 mil anos. Eu sei, porque ando a investigar este tema há muito tempo, que está a ser construída toda uma fortaleza militar à volta da China, no mar da península da Coreia, e que o país está cercado, pelo menos na sua fronteira a sul. Por isso a China não é a ameaça. Os EUA são a ameaça à segurança da China. E estamos numa situação de Guerra Fria. Devo mencionar, porque é importante para a UE, que, no limite, os EUA, no que toca à sua postura financeira, bancária, militar e petrolífera, também estão a ameaçar a UE. Estão por trás da destabilização do sistema bancário europeu.


i: E a colocação de mais tropas em torno da China vai trazer mais tensão à região?
MC: Quanto a isso não tenho dúvidas, porque os EUA estão a aumentar a sua presença militar no Pacífico, no oceano Índico e estão a tentar ter apoio das Filipinas e de outros países no Sudeste Asiático, como o Japão, a Coreia, Singapura e Malásia. Portanto Washington está a formar uma extensão da NATO na região Ásia- Pacífico, direccionada contra a China. Não há dúvidas quanto a isto. E não se vence uma guerra contra a China. É um país com uma população de 1,4 mil milhões de pessoas[...]E toda a gente vai perder esta guerra[..] este tipo de confronto entre superpotências - incluindo o Irão que é uma potência regional no Médio Oriente, com uma população de 80 milhões de pessoas- poderá levar-nos a uma guerra mundial. E digo isto porque os EUA e os seus aliados implementaram as chamadas armas nucleares tácticas - mudaram o nome das bombas e dizem que são inofensivas para civis, o que é uma grande mentira [..]. Se quiser posso fazer uma analogia, é a mesma coisa que dizer que fumar é bom para a saúde, mudaram o rótulo e chamaram-lhes bombas humanitárias, mas têm uma capacidade destrutiva seis vezes superior à de Hiroxima.

i: Mas a maior parte das pessoas não parece consciente da gravidade do cenário...
MC:A ironia é que a terceira guerra mundial pode começar e ninguém estará sequer a par, porque não vai estar nas primeiras páginas. Na verdade a guerra já começou no Irão[..]. Há uma guerra da moeda em curso - isto faz parte da agenda militar. Destabilizando-se a moeda de um país destabiliza-se a sua economia[..]. Querem a mudança de regime, o colapso das petrolíferas, apropriar-se dos recursos do país.


i: Acha que o Ocidente pode lançar um ataque preventivo contra o Irão mesmo sem provas?
MC: Claro que sim! Olhe para a história dos pretextos para lançar guerras. Olhe para trás, para todas as guerras que os EUA começaram, a partir do século XIX. O que fazem sistematicamente é criar aquilo que chamamos incidente provocado para começar a guerra. Um incidente que lhes permite justificar o início de um conflito por motivos humanitários. Isto é muito óbvio. Em Pearl Harbor, por exemplo, sabe-se que foi uma provocação, porque os EUA sabiam que iam ser atacados e deixaram que tal acontecesse. O mesmo se passou com o incidente no golfo de Tonkin, que levou à guerra do Vietname. E agora são vários pretextos contra o Irão: as alegadas armas nucleares são um, o outro é o alegado papel no 11 de Setembro[..].

i: Pode explicar às pessoas de uma forma simples a relação entre guerra contra terrorismo e a batalha pelo petróleo?
MC: A guerra contra o terrorismo é uma farsa, é uma forma de demonizar os muçulmanos e é também a criação, através de operações em segredo dos serviços secretos, de brigadas islâmicas, controladas pelos EUA. Sabemos disso! Estas forças, ligadas à Al-Qaeda, são uma criação da CIA de 1979. Por isso a guerra contra o terrorismo é apenas um pretexto e uma justificação para lançar uma guerra da conquista. É uma tentativa de convencer as pessoas de que os muçulmanos são uma ameaça e de que estão a protegê-las e para isso têm de invadir países perigosos, como o Irão, o Iraque, a Síria e a Coreia do Norte, que perdeu 25% da sua população durante a Guerra da Coreia[..]. Os americanos são um pouco como a inquisição espanhola. Aliás piores! O que mais me choca é que os EUA conseguem virar a realidade ao contrário, sabendo que são mentiras e mesmo assim acreditando nelas. A guerra contra o terrorismo é uma mentira enorme, mas todas as pessoas acreditam [..] Por isso esta guerra é contra a verdade, muito mais séria que agenda militar. Contra a consciência das pessoas - parece que ninguém está autorizado a pensar.




Os comentários a isto, que valem o que valem: não estou segura de que o Irão não tenha armas nucleares sendo o presidente iraniano o primeiro a assumir que visita instalações nucleares, e até tira fotografias das suas aparições públicas nesses locais...mas até agora dizem que é só para uso energético. No entanto ao insurgirem-se contra a presença de navios da NATO no estreito de Ormuz dizem que caso lá continuem todo o Ocidente vai lamentar o que se vai suceder...
Há uns anos atrás lembro-me de ser notícia que o actual presidente iraniano foi eleito com fortes suspeitas de adulteração de votos e que as manifestações anti-regime foram caladas. O Irão é um país sem liberdade de expressão, mas os EUA, controlados pelo media tendenciosos talvez também não sejam o melhor exemplo...
Também há uns anos (vi num documentário da National Geographic) os americanos, com o trauma de disparar e ver ameaças à sua segurança em todo o lado, lançaram um míssel sobre um avião que sobrevoava os céus iranianos e que pensavam ser inimigo...era só um avião de passageiros, mais de 300 pessoas morreram...
Já a Coreia do Norte é ou não uma ameaça? os media divulgam a ideia que sim, certo é que são dos países do mundo mais militarizados controlados por uma dinastia comunista tirana e onde não há qualquer tipo de liberdade. Pondo as coisas nesta perspectiva é tentador pensar que os EUA e a NATO estariam interessadas em implementar democracia no Mundo inteiro para libertar os povos oprimidos...mas a verdade é que nos EUA a democracia também é de fachada e só obedece a lobbys e interesses dos mais poderosos: por exemplo a NATO bombardeia a Líbia para libertar as pessoas do ditador, mata civis, destrói um país os governos novos são rebeldes apoiados pelos americanos e voltam a tiranizar o povo, mas agora obedecendo a interesses dos EUA. Não esquecer: a saúde nos EUA é um negócio, totalmente privada...na Líbia era público e gratuito, e de qualidade (o-que-os-media-nao-mostraram-da-guerra)...
Quanto às organizações terroristas como a Al- Qaeda custa mesmo a crer que tenham sido inventadas pela CIA, mas não descarto essa hipótese, o 11 de Setembro continua a estar envolto em mistério...
Quanto aos jihadistas, que apregoam a Guerra Santa, infelizmente existem mas acho que foi do ódio generalizado que têm ao Ocidente pelas invasões que sofrem e infligem tantos danos a civis que fez generalizar esse comportamento.
Já a invasão do Iraque também era por causa de armas nucleares e no fim ninguém encontrou armas algumas...
A Guerra Santa do Al Corão é semelhante à Guerra Santa da Bíblia só se invertendo os inimigos. Nunca li o Al Corão mas já li a Bíblia dos cristãos, e ela transborda de ódio, no entanto, não seria racional nos dias de hoje levar aquelas escrituras à letra num contexto actual.
Não há dúvida alguma que os muçulmanos são pessoas pacíficas e respeitadoras, especialmente os imigrantes, que só querem sentir-se ligados a Deus e ao contrário de outras religiões, não a impingem aos outros como muitas outra religiões cujo objectivo é converter os outros à sua fé.
Quanto à China será uma ameaça? eu penso que a nível económico sem dúvida que sim! Ao comprarem várias empresas de outros países, dívidas soberanas e empresas estratégicas como a energia e águas de estados estrangeiros não só retiram soberania a esses países como os podem vir a controlar...
(china-europa china-megapotencia made-in-china).
Vejam só esta imagem:
O cartaz anterior diz: "anti-war means anti-american support our troops" ou seja  "ser contra a guerra significa ser contra a América, apoie as nossas tropas". Que lavagem cerebral! Como podem "pensar" assim? é no mínimo chocante...mas o que pensar da nação mais rica do mundo, cuja maior indústria é mesmo o armamento...
Os americanos parecem ser uma grande ameaça: para a paz no Mundo (visto serem o país que mais guerras semeou e o país que mais investe em armamento), uma ameaça para o ambiente (devido à poluição e à inércia em deixar os combustíveis fósseis e assinar o protocolo de Kyoto) mas também para os próprios americanos.
Nenhuma outra nação foi tão imperialista, semeou tantos conflitos e mentiras, ocultou tantas verdades como os EUA isso já é uma verdade universal, e o Mundo está a começar a ficar um pouco farto de "americanices"...
A História ensinou-nos que a Guerra não traz nada de bom, eu acho que cada indivíduo deveria de se opôr a lutar em Guerras, pegar em armas e matar.
Não há nenhum caminho para a paz a paz é o caminho.

Notícia: China tornou-se no maior exército do Mundo: china-aumenta-o-seu-orcamento-de-defesa

Mais posts relacionados:
retirada-das-tropas-do-iraque
obama-tem-razao


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Crise Grega

A crise financeira na Grécia começou há dois anos, quando finalmente revelou que as suas contas públicas eram totalmente diferentes dos dados oficiais e se traduziam num enorme buraco económico, anunciando que não conseguia mais pagar as suas dívidas.
Depois pediram ajuda externa e receberam dinheiro do BCE (Banco Central Europeu), CEE (Comissão Europeia) e FMI (Fundo Monetário Internacional) com a contrapartida de aplicarem cortes drásticos de despesa pública e alienarem património, nomeadamente empresas vendidas ao desbarato.
Entretanto o PIB grego vai caindo a pique, só em 2011 caiu 6%!
O pacote de ajuda terá a contrapartida de serem aplicadas várias medidas de austeridade insustentáveis na Grécia: 
(fonte: uma das revistas Visão de Fevereiro de 2012):
*15 mil despedimentos imediatos da função pública e 150 mil até 2015
* 50 mil milhões de receitas com privatizações (50 biliões em privatizações!!!!) até 2020
*3,3 mil milhões de impostos de impostos em 2013 a que se seguem 2,3 mil milhões em 2012.
Segundo o que li na Revista Sábadode 23 a 29 de Fevereiro na notícia: "Como a Grécia foge ao fisco" em Setembro foi aprovada uma taxa sobre a propriedade, paga através da factura da electricidade (que subiu em média 400%). Mais de 90% das famílias pagou. Sobretudo porque a alternativa  não é boa: no dia 23 de Janeiro a Public Power Corporation começou a desligar a electricidade a 20 mil gregos que não tinham liquidado o imposto. E há dois meses os jornais gregos anunciaram que está a ser estudada outra medida. desta vez, o objectivo é que sejam os bancos a ajudar. A ideia é oferecer um desconto no IVA aos consumidores que paguem as compras com cartões de crédito ou de débito. O IVA cobrado seria acumulado pelos bancos e, depois, entregue ao Estado, que perde 30% das receitas de IVA anuais (a média na UE é de 12%).
A Grécia, berço da civilização europeia, da democracia e da filosofia pecou de um mal muito comum nomeadamente nos países do sul como a Itália e Espanha há-que concordar, o que por sua vez contrasta com a transparência e civismo nórdico (como Dinamarca, Suécia, Finlândia, Noruega e Islândia).
A Grécia corrompeu-se, e viveu muito tempo com o dinheiro que não podia gastar e enganou durante algum tempo os próprios gregos e demais europeus. Mas no caso grego os benefícios foram de parte a parte: funcionários públicos com reformas antecipadas avultadas, empresas fantasma, trafulhices das mais variadas formas inclusive até conseguiam receber pensões de defuntos não declarando óbito (foi o que ouvi dizer na TV).
No entanto os gregos também foram um óptimo cliente alemão, tendo-lhes comprado as mais diversas inutilidades caras (mesmo em crise), como caso mediáticos do submarinos o que mostra corrupção de ambas as partes e gestão danosa de dinheiros públicos por parte dos gregos (e portugueses).
Custa-me a crer como os gregos puderam pensar que poderiam viver daquela maneira para sempre...e custa-me saber como alguém vive com o que não tem...alguém emprestou, alguém deveria saber não?
No entanto apesar de duras medidas de austeridade o ordenado mínimo grego continua a ser superior ao português: os gregos ganham 751 euros e os portugueses 486 euros. No entanto o FMI já fiz saber, querer exigir um corte de 22% no ordenado mínimo grego reduzindo-o para 586 euros (ordenado mínimo na Grécia). Perante isto tudo quase estava a ser tentada a chamar os gregos de "piegas" por perante tal ordenado mínimo (de sonho em comparação connosco) reclamarem... mas verdade também é que só recebe ordenado quem trabalha...e na Grécia são cada vez menos...
Não há dúvidas, os portugueses são dos povos mais miseráveis dos miseráveis...mas em vez de se irem manifestar para a Rua e exigir mudança votam em carrascos políticos e encolhem os ombros, já os gregos por sua vez mostram a sua revolta e fazem braço de ferro ao novo Reich Europeu. Para isso é preciso coragem e atitude, coisa que se calhar os tais "piegas" dos portugueses não têm...
Durante toda esta crise os gregos têm sofrido as mais diversas humilhações: desde os alemães quererem retirar a sua soberania (berlim-quer-ocupar-atenas), a sugerirem pôr a sua bandeira (e a de Portugal) a meia-haste nos edifícios da UE para expressar a sua vergonha, a terem sugerido que os gregos vendessem as suas ilhas e até o Parthenom (resposta-alema-para-crise-grega), passando pelo negócio especulativo que a Alemanha faz com o BCE, situado em Frankfurt (BCE).
Isto assemelha-se a algo que já vimos acontecer há uns anos atrás, são fantasmas do passado que acordam e fazem-nos levantar a legítima questão: será que a Europa Nazi retornou dos mortos? europa-nazi-esta-de-volta.
Parece que a ânsia de dominar a Europa nunca abandonou as almas germânicas...
Toda esta atitude arrogante da Alemanha tem levado a um sentimento europeu de germanofobia generalizado e legítimo. Levando ao extremo de manifestantes gregos terem incendiado a bandeira alemã e outra bandeira nazi em frente ao parlamento grego (manifestantes queimam bandeira alemã).
É cada vez é mais nítido, quem manda na Europa é a Alemanha. Alemanha essa que não tem sentido grandes efeitos da crise, com taxas de desemprego mínimas recorde (alemanha-e-europa-dos-contrastes e assimetrias-da-zona-euro).
A Grécia está em dificuldades e a viver dramas sociais, infelizmente, os media só  transmitem os gregos desvaridos incendiários, rebeldes mas não fazem tanta cobertura a manifestações pacíficas e ao drama social: do número de sem abrigos crescente e até de alunos a desmaiarem com fome nas escolas (na-grecia-alunos-desmaiam-com-fome). Pois é, todos os dias na Grécia crianças são abandonadas com bilhetes de pais desalentados e empobrecidos a dizer que infelizmente já não têm mais condições para cuidar dos filhos, a taxa de suicídio disparou na Grécia e os novos sem abrigos são de classe média que a cada dia que passa se aglomeram mais e mais pelas ruas da amargura da Grécia...então, porque é que os media não falam dessa realidade? se calhar porque não convém aos nossos credores sabermos pelo caminho pelo qual estamos a ir, pelo menos até não nos sugarem tudo o que há para sugar...
Não há volta a dar: eu estou do lado dos gregos, e todos os portugueses também deveriam de estar, afinal para lá caminhamos!
Aqui se vê que a família europeia se desmorona, quando nos bons e maus momentos deveriam estar todos unidos...

jornal i (14-2-2012):

PIB da Grécia a caminho do terceiro Mundo

"Se em 2011 o PIB grego já era um dos mais baixos da Europa, este ano pode ficar ao nível do Egipto e tornar a Grécia um país de terceiro mundo em termos de desenvolvimento económico. Isto empurraria o país em tempos tido como desenvolvido para um PIB semelhante ao da Nigéria em 2016 ou 2017. Os cálculos foram publicados ontem sob o título "Grécia torna-se um país de terceiro mundo" pelo "Wall Stret Journal", que aponta a perda de poder de compra devida à austeridade e o desaparecimento da classe média como as principais causas desta evolução. O economista Werner Sinn pensa que a única solução possível é o "regresso ao dracma".

mais: tragedia-grega

Para os gregos já estamos no IV Reich.

China não quer comprar a Europa, mas já tem 416 mil milhões da sua dívida


Jornal i de 14- Fevereiro-2012
texto: Sérgio Soares

"A pujança chinesa é cada vez mais evidente. Pequim já detém 416 mil milhões de euros de dívida soberana do velho continente, mas garante não "comprar" a Europa.

Números:
*1,7 mil milhões foi quanto a chinesa Geely pagou á Ford pela Volvo, a marca sueca.
*2,7 mil milhões pagou a three Gorges pelos 21,35% do capital do EDP.
*287,1 milhões de euros foi o preço de 25% da REN pago pela chinesa Sate Grid.
*3,6 mil milhões custou a empresa brasileira da Galp aos chineses da Sinopec.
*600 milhões de euros pagou uma companhia estatal chinesa pela Thames Water.
*324 milhões vai pagar o fabricante chinês de máquinas pela alemã Putzmeister.
*444 mil milhões foi o valor do comércio China/UE em 2011, mais de 18,3% que em 2010.
*1º União Europeia tornou-se o primeiro parceiro comercial da China.

No entanto os negócios da China na Europa não têm reciprocidade comercial e os grupos europeus queixam-se de condições e restrições impostas pelas autoridades chinesas que barram o acesso a um mercado gigantesco.

"Pequim interdita o acesso ao seu mercado público ou condiciona a participação isolada das empresas europeias. A Câmara de Comércio Europeia na China (EUCCC) reuniu uma longa lista de bloqueios impostos por Pequim à actividade das empresas estrangeiras para ilustrar a postura do gigante asiático, que tem acesso ilimitado ao mercado europeu mas não adopta um comportamento recíproco.
Quando o construtor automóvel chinês Geely comprou a sueca Volvo em 2010, tornou-se evidente que a China se tornaria um grande parceiro da indústria na Europa. Porém,as empresas europeias que produzem na China franzem o sobrolho porque o grande mercado interno chinês lhes é vedado. O mercado automóvel está aberto aos estrangeiros, mas apenas na condição de se associarem a um parceiro local - que quase sempre tem a última palavra na sociedade. O mesmo se aplica à banca, à indústria química e às telecomunicações, apesar destes sectores estarem abertos aos chineses na Europa.
A China não está a violar nenhuma lei  internacional ao criar obstáculos aos empresários europeus, simplesmente porque a questão da reciprocidade foi excluída do tratado de adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC) que assinou em 2011.
A ausência de reciprocidade da China com os seus parceiros da União Europeia tornou-se gritante com a recente entrada de empresas estatais chinesas em empresas estratégicas europeias, nomeadamente na EDP, na REN e na inglesa Thames Water.
Em Dezembro de 2011, o governo português decidiu alienar 21,35% da posição estatal na EDP por cerca de 2,7 mil milhões de euros. Já quanto à EDP alienou à chinesa State Gride 25% do capital por 287,15 milhões de euros. Deste modo, o Estado chinês passou a dominar o sector da energia em Portugal.
Por outro lado, a Galp vendeu 30% da sua empresa brasileira aos chineses da Sinopec
[..]Quanto à Thames Water, a empresa inglesa também foi adquirida por uma companhia chinesa, por 600 milhões de euros.
Apesar destes bons negócios, Pequim não quer ouvir falar em reciprocidade.
[..]o maior fabricante chinês de máquinas para construção civil, a Samy Industry Co. Ltd, pretendia comprar uma grande empresa alemã do sector, a Putzmeister, por 324 milhões de euros. A Alemanha é o maior parceiro comercial da China na UE.
A China que se tornou em 2009 a primeira potência exportadora do mundo, ultrapassando a Alemanha é "a fábrica do mundo", mas como também se diz, as máquinas dessa fábrica são, em muitos casos, alemãs."

"Atribui-se a Lenine a frase: "O capitalismo há-de vender-nos a corda com que o havemos de enforcar". A profecia ainda não se cumpriu. Mas se tiver a mesma ambição, a China ainda pode vir a fazê-lo."

Dá que pensar e temer...

Mais:
*chineses compram vindimas em França [click here bbc]

venda da REN à China e Omã




É mais um passo amargo na perda de soberania nacional.
Venderam-se as 40% acções da REN, Redes Energéticas Nacionais (nacionais???): 25% das acções à empresa State Grid (ou seja ao governo chinês) e 15% aos árabes da Oman Oil. O Estado português ficou só com 11% das acções que serão vendidas depois no mercado especulativo da bolsa assim que os mercados "acalmarem".
A venda desta empresa estratégica da maior importância para Portugal foi vendida pela ninharia de 592,21 milhões de euros, mesmo assim representando um prémio de 150 milhões face ao preço de (saldo) de mercado.
Para fazer aqui uma analogia, os dois submarinos inúteis que o Sô Portas do CDS comprou aos alemães custou aos portugueses 1 bilião de euros!!! submarinos
Isto é quase o dobro do que vamos receber com a REN!!! VERGONHA!!!
A State Grid Coroporation of China (SGCC) que comprou a REN é a maior empresa de distribuição de energia eléctrica com activos superiores a 300 mil milhões de euros e um volume de negóciosacima dos 200 mil milhões. Tal como a China Three Gorges (CTG) que comprou a EDP é uma empresa totalmente controlada pelo Estado Chinês.
E assim grande dragão da China não pára de comprar o Mundo todo aos bocados, o que para mim, é bastante preocupante visto serem uma ditadura de soldadinhos chineses obedientes sem o menor respeito pelos direitos das pessoas e animais...e já agora pelo ambiente (embora há que se reconhecer os seus esforços recentes, se calhar mais do que os canadianos e americanos...).
De não esquecer que a China é aliada do Irão e Coreia do Norte, outras ditaduras terríveis.
A China em conjunto com o Irão chumbou este ano na ONU, a moção de censura ao governo sírio pela chacina de cidadãos e devastação do país...o que podemos esperar de um governo desses para além de receio?
E agora cá vêm eles comprar tudo: a EDP, a REN em Portugal, a energia de Portugal!
A energia é um sector estratégico da maior importância para qualquer país, e deve ser mantido sob tutela estatal...a China sabe bem disso.
E assim foi nacionalizamos duas empresas energéticas portuguesas à China (e não privatizámos já que vendemos ao estado chinês).
Mas a China também tem vindo a comprar mais outras instituições públicas  europeias e até negócios de renome como vindimas francesas!!!
Quanto à dívida europeia, como americana, os chineses são o seu maior detentor e credor.
A China neste momento detém cerca de 416 mil milhões da sua dívida!
A China passou da nação que tudo vendia para o que tudo compra.
A China já algum tempo que me tem vindo a aterrorizar com estas medidas expansivas...eu não encaro isto com bons olhos, acho que é no mínimo de temer.
Quanto à venda da REN aos omanenses, só tenho a dizer que é preocupante pois como se sabe os árabes vivem da exportação de petróleo...quanto a mim isto pode pôr em causa o nosso desenvolvimento nas energias renováveis.
Por favor parem de vender o país aos bocados! Especialmente aos chineses!
Apetecia-me ir para a rua gritar, manifestar-me estou mesmo chateada, enervada e revoltada com esta situação.
Estou num curso de Energia e Ambiente mas toda a gente, dos alunos aos professores, é como se fossem como zombies sem opinião e atitude, que não querem saber de nada, sem reacção alguma...não sei como aquelas almas acham que vão encontrar emprego: a energia nacional foi à vida!!!
Acho que já chega de sermos "piegas" e acender o rastilho da revolução para mim isto não mais é que enterrar uma nação e todas as suas potencialidades.
É mais uma privatização antinacional e eu até tenho medo do que aí vem!

Mais:
edp-chinesa
china-megapotencia
made-in-china
china-nao-quer-comprar-europa


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Um acordo de fazer inveja...

maçon João Proença, secretário geral da UGT (União Geral dos trabalhadores) a assinar o acordo de concertação social que dita a legalidade de execução da nova lei laboral, rodeado de ministros do PSD e CDS


Nova lei laboral implica, entre outras coisas, as seguintes reformas:

*recurso a horas extraordinárias pagas e consequente redução da massa salarial dos trabalhadores
* redução para metade do pagamento de horas extraordinárias e do trabalho realizado aos fins de semana e aos feriados
*fim do descanso compensatório
*menos 4 feriados (2 religiosos: corpo de Deus e Assunção de Nossa Senhora e o 5 de Outubro que celebra a implantação da República e o 1 de Dezembro da Restauração da Independência).
*despedimento por inadaptação
*facilitação do despedimento
*corte no subsídio de desemprego
*menos férias
*diminuição de indemnizações

Então é esta a nova lei laboral que faz parte do acordo de concertação social, que é um retrocesso nos direitos dos trabalhadores adquiridos após o 25 de Abril, e que vai empurrar ainda mais gente para o desemprego e para a miséria com cortes no subsídio de desemprego e indemnizações, para além de passar a ser possível despedir sem justa causa, ou como preferem dizer: "despedimento por inadaptação" (engraçado o Sr. Catroga faltou a cerca de metade das reuniões da EDP e foi promovido...um trabalhador normal esse sim seria despedido. Assim para despedir um trabalhador se o patrão lhe traçar objectivos inatingiveis será fácil despedir...já para não falar da nova lei das rendas: "2 meses sem pagar: despejo", mas 2 meses sem receber ordenado não conta?
Esta lei laboral só pode ter ido para a frente com consentimento de um dos sindicatos, a UGT- o chamado "sindicato dos ricos", estando a CGTP- o chamado sindicato dos pobres de fora.
Engraçado foi ter lido numa revista (visão) que o Sr. José Relvas, ministro adjunto dos assuntos parlamentares e o secretário geral da UGT João Proença serem os dois maçons assumidos...um maçon do lado do governo e outro dos trabalhadores? imagine-se as conversas que terão tido nas suas reuniões ultra secretas que vão decidindo o destino do país...
 Ora bem, para o nosso Presidente da República este é um acordo de fazer inveja: "Tivemos duas avaliações feitas pela 'troika', há documentos produzidos, há reformas, há um acordo de concertação social que alguns podem até invejar"
Sem dúvida que condições de trabalho invejáveis vão ter os trabalhadores portugueses (os mais mal pagos da Europa Ocidental), e que inveja terão os capitalistas estrangeiros de Portugal ter conseguido aplicar tal acordo sem uma contestação social à altura...continuem a pôr-se mansos que assim é que vamos longe!



"Actualmente, a democracia é para a UE um vago empecilho que coloca obstáculos à aplicação de programas de 'ajustamento' em que nenhum eleitorado votaria" Luciano Amaral in Diário Economico



"Não há empresas competitivas a pagar 400 euros aos trabalhadores. Essas empresas não prestam" José Reis, economista do Jornal de Negócios

foge, foge Cavaco



O presidente da República Cavaco Silva tinha agendado ir a uma escola secundária em Lisboa: escola António Arroio. Escola essa em dificuldades devido aos cortes que sofreu: há dois anos sem refeitório os alunos têm de trazer comida de casa e comem no chão, não têm impressoras, nem acesso à internet. Pelo seu historial aquela escola já foi antes palco de uma manifestação espontânea aquando da visita do então primeiro ministro José Sócrates: a discursar balelas numa sala, os alunos cercaram a sala a entoar cânticos anti-polítiquices.
Por isso mesmo, de que estava o PR à espera? de ser bem recebido? depois de dizer que "só ganha 10 mil euros de reforma por mês e nem lhe dá para pagar as despesas", (cavaco-falido) quando há famílias a viver com cerca de 400 euros por mês? e pensionistas com 300, 200 euros de reforma???!
Entre os protestos os alunos mostravam-se contra o corte dos descontes no passe a estudantes. A manifestação decorreu ordeira, pacífica e sem incidentes.
De que temia o PR? temia uns miúdos inofensivos que para além do mais, nem estavam a protestar directamente contra ele, mas sim contra estas políticas?
A Presidência diz que houve um "impedimento", não tendo dito qual a ideia clara que fica foi que Cavaco Silva se acobardou e fugiu aos protestos (testemunhas dizem ter visto o carro da presidência próximo da escola).
É a vergonha de Presidente da República em quem votaram (outra vez).

Posto isto, faço minhas as palavras do jornalista na crónica do JN que se segue:

" O Presidente da República não pode cancelar uma visita em cima da hora e dar como uma única explicação "um impedimento"...o Presidente da República não pode queixar-se de não ter dinheiro para pagar as suas despesas, quando ganha cerca de 10 mil euros por mês, o Presidente da República não pode  mandar recados pela comunicação socialestrangeira - como aconteceu esta semana, quando numa entrevista a um jornal austríaco, mostrou preocupação com a austeridade  em Portugal - e por cá pouco fazer para a combater. O Presidente da República não pode usar o facebook como plataforma privilegiada de comunicação, ignorando todos aqueles que "não curtem" redes sociais. Quer dizer, poder, pode, mas não deve.
O que Cavaco Silva fez ontem foi dar mais um contributo para se afastar dos portugueses, numa altura em que do Chefe de Estado se exigia que fosse um factor de união. E mesmo que o tal impedimentoalegado fosse de força maior, Belém tinha obrigação de o explicar- a todos não só aos do facebook, não o tendo feito, resta a conclusão que o presidente da República fugiu dos protestos de António Arroio"

Jorge Pinto no jornal JN de 17-2-2012

E isto tudo, depois de Cavaco ter dito na sua campanha eleitoral em Janeiro de 2011, passo a citar:

"Considero importante que crianças, jovens, pais, professores venham para a rua, para defender a sua escola. É um sinal de vitalidade da nossa sociedade civil".

Mais peripécias de Cavaco:
Cavaco Silva está falido
Mensagem de ano novo do Presidente

A Alemanha e a Europa dos Contrastes


 "A Alemanha e a Europa dos contrastes"
"Quando por toda a União Europeia, e em especial na zona euro, os debates sobre o desemprego (que, segundo o Eurostat, em Dezembro último registava para UE27 a taxa de 9,9% e para a zona euro a taxa recorde de 10,4%) e o crescimento económico ganham crescente atenção, importa reflectir sobre o caso alemão.
Com uma taxa de desemprego de 5,5% em Dezembro último (o que significa pleno emprego para algumas regiões, nomeadamente no Sul do país) um progressivo aumento de salários e uma inflação moderada- que conduzirá a um aumento do poder de compra e a um consequente aumento do consumo das famílias-, a Alemanha vive hoje uma situação social e económica muito contrastante com a maioria dos países da zona euro. 
Por várias razões, mas desde logo porque foi o país europeu que mais reduziu a taxa de desemprego durante o período de crise financeira internacional, ou seja desde 2007 até hoje. E, por esse facto, não surpreende que o "caso alemão" surja para alguns, como um exemplo a seguir por certos países da zona euro[..] a par de uma forte aposta nas exportações desenvolveu uma política de contenção salarial...que permitiu incrementar as exportações, reduzir as importações  e diminuir o desemprego.
 [..]Mas se as empresas exportadoras alemãs puderam responder com eficácia à retoma do comércio mundial, o problema que agora emerge (especialmente nos sectores da electrotecnia e mecânica) é o da penúria da mão-de-obra qualificada. E, confrontado com uma demografia em acentuado declínio, o Governo alemão- respondendo às preocupações dos empregadores -criou um conjunto de incentivos à atracção de imigrantes trabalhadores qualificados para as profissões mais procuradas, nomeadamente as científicas, num claro apelo aos jovens de países mais afectados pela crise financeira, em especial os do Sul da Europa, como Espanha e Portugal (com taxas de desemprego de 22,9% e 13,6%, respectivamente, em Dezembro último [a percentagem referente a Portugal subiu para 14%]), Grécia (com 19,2% em Outubro último), mas também Irlanda (com 14,5% em Dezembro último).
Esta evolução não pode deixar de merecer especial atenção, pois a Alemanha além de propagar este modelo de desenvolvimento assente na contenção salarial a países com salários médios muito inferiores, vai, ainda, atraindo os melhores jovens talentos europeus, dadas as situações muito difíceis que se vivem nos países europeus mais atingidos por esta crise, agora ainda mais penalizados pelos efeitos das fortes medidas de austeridade".

crónica de Glória Ribeiro no jornal público de 17-Fevereiro-2012

Mais factos:

"As exportações germânicas atingiram o valor mais alto de sempre: 1 bilião de euros. A Alemanha obteve já este ano 1% do défice ficando atrás dos 3% imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento pela primeira vez em três anos." (Revista Visão)


A Alemanha é um exemplo de  desenvolvimento económico e social, isso é óbvio. E como todos os bons exemplos, deverão ser seguidos por aqueles que estão numa situação contrastante de crise e desemprego galopante.

Como o fazer?
Bem a Alemanha é o 2º maio exportador do Mundo (só ultrapassado pela China em 2009)...60% dessas exportações destinam-se aos demais países da União Europeia.Como fazemos isso? bem uma pista era diminuir as nossas importações, o que quer dizer, deixar de comprar muitos produtos alemães, investir em produção nacional e recusar sermos pagos pelos amigos europeus para "não produzirmos", já agora insurgia-mo-nos contra medidas europeias que limitam a nossa produção agrícola (claro se produzimos pouco, vamos comprar aos outros, nomeadamente aos alemães que são os que podem produzir mais...pelo ciclo vicioso de terem mais riqueza...riqueza essa obtida pela sua produção) pois  obviamente isto só tem servido para alimentar ainda mais o nosso défice da balança comercial e consequente dívida, já agora recambiávamos os dois submarinos inúteis que comprámos aos alemães e que  também não nos fizeram falta nenhuma  e nos catapultaram para o topo dos países compradores de armas do mundo!
(portugal-no-top-de-compradores-de-armas)
Mas isso tem muito a ver com corrupção interna no nosso governo "que se deixou comprar" usando mal os dinheiros públicos...o Presidente alemão envolvido neste caso e vários outros de corrupção e abuso de poder já se demitiu pela imagem pública manchada e descredibilizada. Ora o compadre alemão demite-se porque usou a sua influência para obter vantagens financeiras? Eu conheço países em que esse tipo de coisas dá direito a promoção, é que por aqui o comprador de submarinos Paulo Portas mudou de poiso: era ministro da defesa, passou a ser um simples deputado e agora é ministro dos negócios estrangeiros...
A Alemanha é líder em várias tecnologias de engenharia (nomeadamente a automóvel), estão a ir tão bem tão bem tão bem que precisam de mais pessoal qualificado pois não têm como responder à procura externa, então, amigos como são, lá vão eles incentivar à imigração de jovens talentos desses países em maiores dificuldades...na minha faculdade inclusive incentivam os alunos a aprender alemão, muitos até querem imigrar para lá (quanto a mim obviamente que não).
"A Alemanha é um dos países da Europa com maior falta de mão de obra. Recentemente, a associação de engenheiros do país identificava o mais alto número de vagas em aberto para engenharia: 76,4 mil. Segundo esta organização, só para engenharia de sistemas eléctricos e electrónicos, o número de engenheiros em falta era de 6 mil, quando em 2010, ascendia a 3 mil e, no ano anterior a mil. Um crescimento exponencial com apenas uma solução: recrutar no exterior" (in Visão de 23-2-2012 a 29-12-2009 na reportagem: "Onde conseguir um emprego").
Mas quanto crescimento económico e sucesso!!! Bem contrastante com o resto da Europa discrepante.
Ao mesmo tempo que a Alemanha bate recordes de emprego, Portugal, Espanha, Irlanda Itália e Grécia...e até França batem recordes de desemprego. Perguntem-se como isto é possível!
Por isso jovens emigrem todos, vá EMIGREM, vão trabalhar para o IV Reich. Emigrem jovens talentos, com o conhecimento que o vosso país investiu em vocês vão ajudar a economia e sociedade de outros países competentes da União Europeia! Emigrem se faz favor!!! Deixem isto ainda mais deserto do que já está, é da maneira que a Banca consegue vender os terrenos aos reformados alemães para as suas fazendas e investimentos...porque eles adoram Portugal, e pelos vistos até gostam tanto dos portugueses que os querem lá a trabalhar para eles...sim, porque os portugueses só sabem trabalhar lá fora, cá dentro não valem nada, não é? Por isso, mais uma vez emigrem, paguem lá os vossos impostos...para que não faltem contribuintes para lhes pagar as reformas.
Talvez para pagar esta dívida os alemães se lembrem de nos ajudar com sugestões, talvez nos sugiram para vendermos as nossas ilhas: Açores e Madeira para pagarmos os juros aos bancos alemães e assim eles faziam uma colónia de férias à maneira, como o que sugeriram aos gregos (resposta-alema-para-crise-grega). AONDE É QUE ISTO VAI PARAR???
Já tornaram a democracia grega numa sombra agora governada por tecnocratas (inteligente chantagem alemã: era a perda de soberania ou a bancarrota imediata). Sim! A Grécia, berço da democracia (a própria palavra democracia bem como ironicamente Europa e crise vêm do grego) PERDEU a sua Soberania Nacional!!! ATENAS JÁ FOI OCUPADA! (berlim-quer-ocupar-atenas).
E vejamos mais com atenção como o poderio germânico é evidente: a sede da União Europeia é em Bruxelas, Bélgica mas a Alemanha tem o Banco Central Europeu lá situado na cidade de Frankfurt, uma instituição pública europeia, que faz juros mais baratos a bancos alemães e juros mais altos a bancos da periferia (Portugal, Espanha, Itália...) fazendo assim um bom negócio de especulação financeira...já para não falar no negócio das dívidas soberanas e na "ajuda" do FMI...ou ainda têm dúvidas que os dirigentes europeus não sabiam o beco para onde nos iam meter todos ao endividar economias periféricas e favorecer outras (nomeadamente alemãs)? E por favor, ainda há MESMO alguém que pense que os alemães estão a ajudar algum país? É mais que nítido o que está a ser feito: destruir a Europa! Isto é, controlá-la por via da dívida...que vergonha pedinchar aos alemães, estava-se mesmo a ver o que eles pretendiam com isto tudo ou não? endividar economias periféricas com governos corruptos e povos fáceis de enganar com fundos europeus, mesmo que as contrapartidas sejam comprar submarinos e deixar de produzir, crescer à custa desses mesmos países e depois controlá-los com a dívida.

Pois é, se todos seguíssemos o modelo alemão, o modelo  alemão não iria ser bem sucedido e nenhuma economia europeia seria bem sucedida.
No mundo há sempre os explorados e os exploradores...e neste momento o Grande Reich Alemão é o grande explorador europeu.


Estará a Europa Nazi de regresso? europa-nazi-esta-de-volta


"Existem duas formas de conquistar e escravizar uma nação. Uma é pela espada. A outra pela dívida" John Adams

Frase esta que dá que pensar: afinal a Alemanha tentou dominar a Europa anteriormente pela via da guerra sendo o principal impulsionador e provocador das duas Guerras Mundiais...não conseguiu o seu desígnio (controlar a Europa), então parece que desta vez optou pela via económica fazendo negócios agiotas com as dívidas dos outros Estados Europeus e enchendo os seus países das suas exportações...até agora a hegemonia germânica tem surtido efeito. 

mais:
porque-e-que-portugal-esta-rasca
assimetrias-da-zona-euro
desuniao-europeia

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Desemprego



Dados do desemprego em Portugal

*Desapareceram 460 mil empregos em Portugal desde o início da crise.
*Estima-se que por dia 900 portugueses fiquem desempregados.
*Taxa de desemprego ascende ao máximo histórico 14% ou seja, mais que triplicou em dez anos e já atinge um milhão de pessoas.É a maior subida de sempre.
*Desemprego jovem (entre os 15 e 24 anos) dispara para 35,4%: mais de um em cada três jovens está sem emprego.Ao todo são mais de 156 mil os jovens que não conseguem entrar no mercado de trabalho e não têm hipóteses de iniciar a sua vida profissional.
*Algarve tem a taxa de desemprego mais alta do país (17,5%).
*Madeira foi a única região onde o desemprego não subiu: a taxa de desemprego desceu de 14,3% para 13,5%.
*No final do último trimestre de 2011, 405,5 mil estavam desempregados há mais de um ano e, entre estes, havia 249 mil que procuravam trabalho há mais de dois anos sem qualquer sucesso. Na prática isto significa que um em cada três desempregados estava sem trabalho há mais de 25 meses.
* À medida que vão permanecendo no desemprego, as pessoas acabam por perder o direito ao subsídio de desemprego e esgotam o prazo do subsídio social de desemprego. O INE revela que no final do ano passado, 59% dos 586 mil desempregados que diziam estar inscritos nos centros de emprego não recebiam. Ao todo eram 347 mil pessoas sem protecção social, valor que compara com os 292,7 mil do trimestre anterior.
*taxa de desemprego em 2000/2001 era de 3,9% e 4% e depois da entrada no Euro foi sempre subindo em 2004 a taxa de desemprego foi de 6,7% e em 2007 de 8%, em 2011 chegámos aos 12,7% e agora atingímos o máximo histórico de 14%.
*há 108 mil licenciados à procura de emprego.

"Portugal inicia o ano de 2012 com uma crise da dívida sem precedentes, no meio de uma grave recessão económica, a braços com uma destruição de emprego inédita e com mais de um milhão de desempregados...o Instituto Nacional de Estatística (INE) veio revelar que os efeitos da crise e do pacote de austeridade no mercado de trabalho estão a ser devastadores. No último trimestre de 2011, a taxa de desemprego chegou aos 14%, a mais elevada de que há registo, afectando 771 mil pessoas. A média anual ficou nos 12,7%. Mas a realidade é bem mais dramática. Se aos dados oficiais juntarmos as 203 mil pessoas que pretendiam trabalhar, mas não procuram emprego e 83 mil que desistiram de procurar, porque entendem que não têm lugar no mercado de trabalho ou não há empregos disponíveis (inactivos desencorajados), então o número de desempregados chega aos 1,057 milhões e a taxa dispara para os 18,2% [...]a situação das empresas portuguesas, muitas delas sufocadas por problemas de tesouraria e dificuldades de aceder ao crédito bancário, não permite olhar para o futuro com optimismo. Basta ver o que se passou desde o início da crise. Do terceiro trimestre de 2008 até ao final de 2011, a economia perdeu mais de 460 mil postos de trabalho, 130 mil dos quais desapareceram no último ano.
[..]A indústria e a construção foram os sectores mais fustigados, tendo perdido, no espaço de um ano, mais de 62 mil postos de trabalho. O sector dos serviços também está em perda, sobretudo o comércio, a hotelaria e a restauração - com consequência nas nas regiões nas regiões ligadas ao turismo, como o Algarve que tem uma taxa de desemprego de 17,5%.
[..]O desemprego de longa duração bateu recordes  e no final de 2011 afectava 405,5 mil pessoas, que estavam desempregadas há mais de um ano. Entre estes 249 mil, 32% do desemprego total apurado pelo INE, procuravam trabalho há mais de dois anos. [..] O Governo considerou os números "preocupantes", mas diz que está no bom caminho para a "prazo" travar o desemprego [..]. "


in Jornal Público de 17 de Fevereiro de 2012

Concluindo:
-A população desempregada oficial é de 771 000 pessoas, e os inactivos disponíveis de 203 100 pessoas. A população real é de 1 057 000 pessoas, mais de um milhão de pessoas!!!

Este número é chocante mas mais chocante para mim são os 60% de desempregados que já não têm subsídio de desemprego!!! Como vivem essas pessoas? Não conheço ninguém em tal situação mas são bastantes pessoas (347 mil!).
E arranjar emprego em Portugal? ordenados mínimos anedóticos esses sim que não fazem face ás despesas: 485 euros (já o Presidente queixa-se que 12 mil euros por mês não lhe dão para as despesas); quer lançar o seu próprio negócio? prepare-se para a burocracia sufocante e para ter de preencher impressos complicados de deduções fiscais e pagar mais impostos (comparativamente maiores) que os bancos ou grandes multinacionais ou cadeias de distribuição, muitas das quais (como o pingo doce e o continente) que decidiram "fugir" aos impostos em Portugal e vão pagá -los na Holanda (beneficiando os contribuintes holandeses mas indo buscar o lucro aos portugueses que coitados não podem decidir onde dá mais jeito pagar impostos). Crédito bancário para lançar negócio? nulo! (apesar de o Banco Central Europeu, na Alemanha, estar a rebentar pelas costuras de dinheiro), para além do elevado risco de ter uma empresa agora nesta conjuntura económica recessiva: mais despedimentos e cortes salariais e aumento de impostos = menos consumo = menos lucros de empresas ou possível falência...
Licenciados sem emprego que queiram fazer um curso profissional? não podem! "têm habilitações a mais", fiquem no desemprego!
Contratos de trabalho? o que é isso? com as nova lei laboral até se pode despedir sem justa causa!
Isto tudo numa altura em que o Presidente de Portugal se queixa de "só" ganhar quase 13 000 euros por mês, o primeiro ministro (que começou a trabalhar só aos 40 anos) querer ir além das medidas da troika e menosprezar os sacrifícios feitos pelos portugueses apelando a que "sejam menos piegas!". Para além de aconselharem os portugueses a emigrar, não dando grande luz ao fim do túnel para resolução deste problema...pois que emigre quem possa, tenho uma ideia: vamos todos para a Alemanha, ouvi dizer que paradoxalmente estão a passar ao lado de toda esta crise... [figura de estilo: ironia].

Agora: o porquê do desemprego? Vou tentar dar as minhas conclusões (que valem o que valem...)

1º) a doença: a dívida:
Gastámos mais do que tínhamos e esse é um facto. Mas em quê? obras desnecessárias como três auto-estradas para o Porto, e ainda o tresloucado do Sócrates queria mais um TGV e aeroporto...tudo claro está pago com o dinheiro dos outros europeus pois nós não o tínhamos...mas segundo o Sócrates e a sua filosofia, as dúvidas também não se pagam "isso é uma ideia de criança...as dívidas são eternas"; por isso para ele fazia todo o sentido realizar em Portugal obras desnecessárias com dinheiro dos finlandeses, alemães, dinamarqueses e demais contribuintes alemães...pagar? tá quieto ou mau! Por isso para esse louco seria benéfico endividar-mo-nos com o dinheiro dos outros e seria normalíssimo não pagar ou "ir pagando" já que as dívidas são eternas...então as poupanças dos outros europeus foram bem usadas, não foram?
Mais: défice de balança comercial (importamos mais que exportamos, éramos pagos pelos compadres europeus para não produzir e não produzíamos para além de os produtores portugueses serem totalmente desapoiados em proveito dos outros europeus...para além de que não é comprando tudo à China que vamos produzir alguma coisa para o nosso PIB, do género as fábricas fecham aqui para abrir lá, consequentemente os nossos trabalhadores ficam sem emprego e se vai tudo para a China só pudemos comprar tudo á China...o que está acontecer de facto na Europa e EUA é uma fuga de capital para a China essencialmente através das exportações de produtos que anteriormente eram produzidos na Europa e EUA, o que é assustador), e claro está: corrupção a gestão danosa, desde a compra de submarinos inúteis aos alemães que nos custaram 1 bilhão de euros, à nacionalização de bancos que faliram ao cargo de excelentes políticos e gestores que fizeram o dinheiro dos clientes desaparecer...dinheiro esse que está a ser reposto pelos cidadãos agora, enquanto que os culpados lá se vão safando...alguns até ganham votos..até ao canal público de TV RTP ( por exemplo pagam a uma apresentadora 1000 euros por dia...30 mil por mês), à legalidade desprovida de ética de haver reformas douradas para políticos e dirigentes públicos que nos custam ao erário público milhares de euros...mais alguma coisa?

2º)A cura aceite: resgate financeiro que consta de emagrecer o Estado (cortar na função pública com despedimentos, cortes salariais e vender empresas públicas ou acções de empresas público-privadas que estejam a dar lucro (ou até que sejam lucrativas e estratégicas e nunca em momento algum devessem ser alienadas: REN e Águas). [A alternativa seria não pagar, e claro que os outros europeus que nos deram o dinheiro que não tínhamos para os nossos desvarios iam ficar a arder...].

3º)NÓS! Sim acho incrível, andarem anos e anos a elegerem sempre a mesma escumalha (será que votam mesmo naquilo?). E se me vierem dizer que "são todos a mesma coisa: prometem e depois não cumprem ou fazem ao contrário", dou-vos razão. Mas qual é a alternativa então? aceitar!? Não! Revolta! E o que se tem vindo a suceder após o fascismo é uma aceitação cega, comparável até mesmo à submissão da era fascista, com a diferença que agora temos liberdade de expressão...que não nos chega para mudar nada! Fazer o quê? Revoltar, digo outra vez!
Uma democracia serve para defender os direitos e interesses do povo que elege o governo: se o governo ilude o eleitorado com um discurso e faz o contrário quando chega ao poder, está a ir contra o eleitorado que o elegeu: isto é mentir descaradamente e a mentira e o acto de enganar o povo não têm lugar numa democracia. Assim, infelizmente, conclui que de facto não vivemos numa democracia!




terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Que Futuro?


A faculdade parece concentrar-se na preparação agressivo mercado de trabalho onde seremos escravos do sistema de hierarquias em que só sobrevive o mais apto, o melhor, o mais rico...ou o que tem uma melhor cunha.O ambiente de faculdade, para mim, senão é de letargia é agressivo, por isso mesmo, eu decidi afastar-me por completo de tudo o que envolva faculdade e todas as pessoas que fazem parte dela, a palavra certa é só uma: saturação. Estou farta de ouvir falarem do futuro como ter um emprego, pagar impostos e empréstimos ao banco e o quanto vou sofrer quando entrar no mercado de trabalho (e se entrar no mercado de trabalho!)...sabem o que é futuro para mim? a preservação do planeta Terra, do seu clima e da sua natureza e um futuro justo e ecológico para todos...estou-me pouco importando em seguir o rumo deprimente e normal de toda a gente. Mas será que só pensam na sua vidinha? e é que para ainda mais a sua vidinha é deprimente!
Pois é, uma colega minha disse-me que hoje que uma professora de mestrado tinha dito aos alunos que eles nem imaginavam a quantidade de cursos em energias e ambiente que havia agora por todo o lado e que agora tínhamos de lutar contra toda essa competitividade agressiva de mercado...isto é, colegas que também estudam energias. Isso é mau, pergunto? Eu acho que quanto mais cursos de ambiente e tecnologias novas aparecerem melhor, quanto mais gente interessada em fazer algo de bom pelo ambiente melhor!!! Será mais importante pensarmos em termos cada um bons ordenados, bons carros, que nos chamem professor doutor antes do nome, que tenhamos uma situação económica/ financeira/ social de respeito...isto é o tal sucesso que tanto insistem que se deva atingir? será mais importante encher a cabeça dos jovens com preocupações de como pagarão os seus empréstimos ao banco, os seus impostos, etc, etc...
Mas será que para esta gente o ambiente é só uma mera oportunidade de mercado? Não haverá no espírito destes professores a real questão: "Salvar o Ambiente!"?
Parece que não!
E da parte dos alunos?
Bem, desses, talvez ainda menos, parece que vivem no mundo da Lua e seguem tudo à risca das opiniões dos professores...eu não lhes dou muito crédito, só sei que não aprendi nada lá de útil nem irei aprender, quase tudo o que eu sei (e até é alguma coisa) é através de pesquisa pessoal.
Lembro-me de dizer a um aluno muito bom do meu curso que Portugal era pioneiro em energias das marés e mostrei-lhe a informação nos media, pensei que era uma boa notícia e ele responde "f***-se! quanto acabar o curso já não vai haver trabalho para mim já descobriram tudo!".
Curiosamente a tal colega que referi antes uma vez referiu-se a falar só comigo aos colegas que estavam no mesmo anfiteatro lotado que nós da seguinte maneira: "se esta merda toda entra para o mercado de trabalho não sei...". Para já referiu-se aos colegas como merda sim, e depois mostrou preocupação por serem tantos e que seria difícil entrar no mercado de trabalho...está aí colegas são competição...isso já eu tinha percebido há algum tempo. Mas como não quero competir, faço os possíveis para que me deixem em paz, sozinha na minha onda, o truque que uso é o mesmo que Einstein usava para o deixarem em paz: um pouco de rudeza, é o ideal.
Aqui se vê a espécie humana: cada um por si...e isso não é a cooperação que o planeta precisa para se salvar da aniquilação por parte destes humanóides ridículos e egoístas. A Terra precisa que os países todos percebam que o que importa é salvar o Planeta e deixem-se de se preocupar somente em como ter uma economia mais rica e competitiva...esta postura pode ditar a aniquilação global, e pelo menos eu, gostava imenso que tal não acontecesse...

Deixo-vos com estes seguintes factos:

George Manbiot no jornal do Reino Unido The Guardian relatou a partir de um comício de Clima em Copenhaga:
"Em voz baixa em público, mas de forma sonora em privado, os climatólogos por toda a parte andam a dizer a mesma coisa: "Está tudo acabado! Os anos em que mais de 2ºC de aquecimento global podiam ter sido evitados já passaram, tendo as oportunidades sido desperdiçadas pela negação e atraso. Dadas as trajectórias actuais seremos sortudos se ficarmos pelas 4ºC. A mitigação (limitar a poluição dos gases de efeito de estufa) falhou; agora temos de nos adoptar àquilo que a natureza nos trouxer se pudermos".

Os níveis de oceanos podem aumentar a uma média de 1,8 a 4,8 m até 2100.
Na Antárctida, 1/2 da gigantesca plataforma de gelo Wilkins já começou a quebrar, terá desaparecido dentro de poucos anos.

Nas montanhas mais altas dos Himalaias, glaciares com milhares de anos desapareceram na última década causando falhas de água a centenas de milhões de pessoas na Ásia.

Para evitarmos os 6º que mudariam por completo o Mundo exterminando toda a vida na Terra e a civilização humana teremos de fazer cair as emissões de dióxido de carbono das actuais 385 partes por milhão (ppm) para 350 ppm...e todos os dias as emissões aumentam mais e mais...