domingo, 26 de fevereiro de 2012

água da torneira ou água engarrafada?



Tenho que fazer referência a uma notícia que pode até ser redundante de tão tola que é: é sobre o facto de uma sugestão de no parlamento começar-se a beber água da torneira em vez das águas engarrafadas em formato mini que custam aos contribuintes portugueses milhares de euros por ano. Bebendo água da torneira economizar-se-ia o dinheiro dos contribuintes e seria bom para o ambiente...sugestão essa chumbada,pois  por incrível que pareça para os boys do CDS e PSD sairia bem mais caro beber água da torneira, porque, entre outras razões e contas mirabulante os jarros em si seriam caríssimos (mais de 400 euros cada, serão feitos de ouro?),e  haveria um custo de mão de obra associado ao enchimento dos ditos vasilhames, isto é: teriam de empregar alguém especialmente qualificado para encher as garrafas de água dos senhores deputados e ministros...claro!!! Porque os nossos deputados e ministros não podem sequer, imagine-se, trazer a sua garrafinha de casa ou comprá-la no café ou até darem-se ao trabalho de ir encher as suas próprias garrafas com água da torneira quando têm sede como um simplório cidadão...já agora quando vão à casa de banho também empregaram boys para vos limpar o rabinho????Haja paciência!

texto de Carla Quevedo, no jornal Metro de 24-2-2011 na crónica: Dor de cabeça

Água da torneira
"Beber ou não beber água da torneira, eis a questão com que o Parlamento se ocupou nos últimos dias. Em Novembro, o PS apresentou uma proposta para acabar com as garrafas de água mineral nas reuniões parlamentares.Os motivos tinham que ver com os milhares de garrafas e copos de plástico usados. o Conselho de Administração do Parlamento fez um estudo e alega que seriam necessários 2.700 euros "para enchimento, limpeza, colocação e arrumo de vasilhames." O cálculo para beber água da água da torneira incluiu os custos de pessoal e contrasta com os 259,20 euros por mês que custa a água engarrafada. Quer isto dizer que a Assembleia não tem cozinha nem funcionários? Se é assim, então como aparecem e desaparecem as garrafas de água e copos das salas de reunião? Segundo a notícia o Público, "o Conselho de Admnistração também considerou o custo dos jarros em si, avaliados em 4.600 euros". Imagino que os bebedouros tenham sido rejeitados por serem mais dispendiosos. Quanto ao orçamento para os jarros, fico a pensar que o terão pedido à Torres&Brrinkmann. Faço dois pedidos no sentido de resolver o super-problema. O primeiro é o apelo à capacidade de síntese dos deputados.  Já todos assistimos às suas intervenções nas comissões, e sabemos que é possível dizerem o que pensam em menos tempo. A redução do número de horas nas reuniões levará à escassez desejada de gargantas secas. O segundo apelo é dirigido ao bolso e à liberdade de escolha dos deputados. Quem quiser beber água da torneira, é livre de o fazer. Quem preferiri beber água engarrafada, pode comprá-la a um preço simpático no bar da Assembleia. Assim, cada um trata de si, enquanto poupa dinheiro aos contribuintes. De nada!"

Nem mais!