"A Alemanha e a Europa dos contrastes"
"Quando por toda a União Europeia, e
em especial na zona euro, os debates sobre o desemprego (que, segundo o
Eurostat, em Dezembro último registava para UE27 a taxa de 9,9% e para a
zona euro a taxa recorde de 10,4%) e o crescimento económico ganham
crescente atenção, importa reflectir sobre o caso alemão.
Com uma taxa de desemprego de 5,5% em
Dezembro último (o que significa pleno emprego para algumas regiões,
nomeadamente no Sul do país) um progressivo aumento de salários e uma
inflação moderada- que conduzirá a um aumento do poder de compra e a um
consequente aumento do consumo das famílias-, a Alemanha vive hoje uma situação social e económica muito contrastante com a maioria dos países da zona euro.
Por várias razões, mas desde logo porque foi o país europeu que mais reduziu a taxa de desemprego durante o período de crise financeira internacional, ou seja desde 2007 até hoje. E, por esse facto, não surpreende que o "caso alemão" surja para alguns, como um exemplo a seguir por certos países da zona euro[..] a par de uma forte aposta nas exportações desenvolveu uma política de contenção salarial...que permitiu incrementar as exportações, reduzir as importações e diminuir o desemprego.
[..]Mas se as empresas exportadoras alemãs puderam responder com eficácia à retoma do comércio mundial, o problema que agora emerge (especialmente nos sectores da electrotecnia e mecânica) é o da penúria da mão-de-obra qualificada. E, confrontado com uma demografia em acentuado declínio, o Governo alemão- respondendo às preocupações dos empregadores -criou um conjunto de incentivos à atracção de imigrantes trabalhadores qualificados para as profissões mais procuradas, nomeadamente as científicas, num claro apelo aos jovens de países mais afectados pela crise financeira, em especial os do Sul da Europa, como Espanha e Portugal (com taxas de desemprego de 22,9% e 13,6%, respectivamente, em Dezembro último [a percentagem referente a Portugal subiu para 14%]), Grécia (com 19,2% em Outubro último), mas também Irlanda (com 14,5% em Dezembro último).Esta evolução não pode deixar de merecer especial atenção, pois a Alemanha além de propagar este modelo de desenvolvimento assente na contenção salarial a países com salários médios muito inferiores, vai, ainda, atraindo os melhores jovens talentos europeus, dadas as situações muito difíceis que se vivem nos países europeus mais atingidos por esta crise, agora ainda mais penalizados pelos efeitos das fortes medidas de austeridade".
crónica de Glória Ribeiro no jornal público de 17-Fevereiro-2012
Mais factos:
"As exportações germânicas atingiram o valor mais alto de sempre: 1 bilião de euros. A Alemanha obteve já este ano 1% do défice ficando atrás dos 3% imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento pela primeira vez em três anos." (Revista Visão)
A Alemanha é um exemplo de desenvolvimento económico e social, isso é óbvio. E como todos os bons exemplos, deverão ser seguidos por aqueles que estão numa situação contrastante de crise e desemprego galopante.
Como o fazer?
Bem a Alemanha é o 2º maio exportador do Mundo (só ultrapassado pela China em 2009)...60% dessas exportações destinam-se aos demais países da União Europeia.Como fazemos isso? bem uma pista era diminuir as nossas importações, o que quer dizer, deixar de comprar muitos produtos alemães, investir em produção nacional e recusar sermos pagos pelos amigos europeus para "não produzirmos", já agora insurgia-mo-nos contra medidas europeias que limitam a nossa produção agrícola (claro se produzimos pouco, vamos comprar aos outros, nomeadamente aos alemães que são os que podem produzir mais...pelo ciclo vicioso de terem mais riqueza...riqueza essa obtida pela sua produção) pois obviamente isto só tem servido para alimentar ainda mais o nosso défice da balança comercial e consequente dívida, já agora recambiávamos os dois submarinos inúteis que comprámos aos alemães e que também não nos fizeram falta nenhuma e nos catapultaram para o topo dos países compradores de armas do mundo!
(portugal-no-top-de-compradores-de-armas)
Mas isso tem muito a ver com corrupção interna no nosso governo "que se deixou comprar" usando mal os dinheiros públicos...o Presidente alemão envolvido neste caso e vários outros de corrupção e abuso de poder já se demitiu pela imagem pública manchada e descredibilizada. Ora o compadre alemão demite-se porque usou a sua influência para obter vantagens financeiras? Eu conheço países em que esse tipo de coisas dá direito a promoção, é que por aqui o comprador de submarinos Paulo Portas mudou de poiso: era ministro da defesa, passou a ser um simples deputado e agora é ministro dos negócios estrangeiros...
A Alemanha é líder em várias tecnologias de engenharia (nomeadamente a automóvel), estão a ir tão bem tão bem tão bem que precisam de mais pessoal qualificado pois não têm como responder à procura externa, então, amigos como são, lá vão eles incentivar à imigração de jovens talentos desses países em maiores dificuldades...na minha faculdade inclusive incentivam os alunos a aprender alemão, muitos até querem imigrar para lá (quanto a mim obviamente que não).
"A Alemanha é um dos países da Europa com maior falta de mão de obra. Recentemente, a associação de engenheiros do país identificava o mais alto número de vagas em aberto para engenharia: 76,4 mil. Segundo esta organização, só para engenharia de sistemas eléctricos e electrónicos, o número de engenheiros em falta era de 6 mil, quando em 2010, ascendia a 3 mil e, no ano anterior a mil. Um crescimento exponencial com apenas uma solução: recrutar no exterior" (in Visão de 23-2-2012 a 29-12-2009 na reportagem: "Onde conseguir um emprego").
Mas quanto crescimento económico e sucesso!!! Bem contrastante com o resto da Europa discrepante.
Ao mesmo tempo que a Alemanha bate recordes de emprego, Portugal, Espanha, Irlanda Itália e Grécia...e até França batem recordes de desemprego. Perguntem-se como isto é possível!
Por isso jovens emigrem todos, vá EMIGREM, vão trabalhar para o IV Reich. Emigrem jovens talentos, com o conhecimento que o vosso país investiu em vocês vão ajudar a economia e sociedade de outros países competentes da União Europeia! Emigrem se faz favor!!! Deixem isto ainda mais deserto do que já está, é da maneira que a Banca consegue vender os terrenos aos reformados alemães para as suas fazendas e investimentos...porque eles adoram Portugal, e pelos vistos até gostam tanto dos portugueses que os querem lá a trabalhar para eles...sim, porque os portugueses só sabem trabalhar lá fora, cá dentro não valem nada, não é? Por isso, mais uma vez emigrem, paguem lá os vossos impostos...para que não faltem contribuintes para lhes pagar as reformas.
Talvez para pagar esta dívida os alemães se lembrem de nos ajudar com sugestões, talvez nos sugiram para vendermos as nossas ilhas: Açores e Madeira para pagarmos os juros aos bancos alemães e assim eles faziam uma colónia de férias à maneira, como o que sugeriram aos gregos (resposta-alema-para-crise-grega). AONDE É QUE ISTO VAI PARAR???
Já tornaram a democracia grega numa sombra agora governada por tecnocratas (inteligente chantagem alemã: era a perda de soberania ou a bancarrota imediata). Sim! A Grécia, berço da democracia (a própria palavra democracia bem como ironicamente Europa e crise vêm do grego) PERDEU a sua Soberania Nacional!!! ATENAS JÁ FOI OCUPADA! (berlim-quer-ocupar-atenas).
E vejamos mais com atenção como o poderio germânico é evidente: a sede da União Europeia é em Bruxelas, Bélgica mas a Alemanha tem o Banco Central Europeu lá situado na cidade de Frankfurt, uma instituição pública europeia, que faz juros mais baratos a bancos alemães e juros mais altos a bancos da periferia (Portugal, Espanha, Itália...) fazendo assim um bom negócio de especulação financeira...já para não falar no negócio das dívidas soberanas e na "ajuda" do FMI...ou ainda têm dúvidas que os dirigentes europeus não sabiam o beco para onde nos iam meter todos ao endividar economias periféricas e favorecer outras (nomeadamente alemãs)? E por favor, ainda há MESMO alguém que pense que os alemães estão a ajudar algum país? É mais que nítido o que está a ser feito: destruir a Europa! Isto é, controlá-la por via da dívida...que vergonha pedinchar aos alemães, estava-se mesmo a ver o que eles pretendiam com isto tudo ou não? endividar economias periféricas com governos corruptos e povos fáceis de enganar com fundos europeus, mesmo que as contrapartidas sejam comprar submarinos e deixar de produzir, crescer à custa desses mesmos países e depois controlá-los com a dívida.
Pois é, se todos seguíssemos o modelo alemão, o modelo alemão não iria ser bem sucedido e nenhuma economia europeia seria bem sucedida.
No mundo há sempre os explorados e os exploradores...e neste momento o Grande Reich Alemão é o grande explorador europeu.
Estará a Europa Nazi de regresso? europa-nazi-esta-de-volta
"Existem duas formas de conquistar e escravizar uma nação. Uma é pela espada. A outra pela dívida" John Adams
Frase esta que dá que pensar: afinal a Alemanha tentou dominar a Europa anteriormente pela via da guerra sendo o principal impulsionador e provocador das duas Guerras Mundiais...não conseguiu o seu desígnio (controlar a Europa), então parece que desta vez optou pela via económica fazendo negócios agiotas com as dívidas dos outros Estados Europeus e enchendo os seus países das suas exportações...até agora a hegemonia germânica tem surtido efeito.
mais:
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