Como é sabido a Grécia, berço da democracia, foi substituída por uma tecnocracia, um governo não eleito pelos gregos mas sob tutela da União Europeia, que vai executar pesadas medidas de austeridade sem dó nem piedade pelo povo grego de modo a vampirizar a sua sociedade e reitirar os máximos proveitos da sua ainda funcional economia para depois os deixar à mercê da miséria mais abjecta possível.
O mesmo está a ser feito com outros países: Portugal, Irlanda, Espanha, Itália...e há-de chegar a todos.
É óbvio: estamos perante uma ditadura dos mercados, a ditadura dos bancos, do "custe o que custar", em que os cidadãos não têm direito a ser esclarecidos sobre o que é realmente a crise e em que os comentadores...são muitas vezes ex-políticos tendenciosos com culpas no cartório.
E assim países europeus estão a ser vítimas da especulação e viram-se uns contra os outros.
Mas há um país, em especial, que aparece no meio de toda esta convulsão como o salvador da Europa: a Alemanha!
A Alemanha quer transmitir a ideia que está a fazer tudo o que é possível para salvar a Europa, quando no fundo o que está a fazer é ganhar bons lucros com dívidas soberanas e o BCE, a dividir a Europa e a contribuir, e muito, para o seu colapso...de novo.
Ao destratar a Grécia desta maneira a Alemanha está a destruir o processo de intergração europeu e o sonho europeu idelizado por gerações de europeus que viam na unificação do velho continente o caminho para a paz e solidariedade na Europa.
A este ritmo de imposições de medidas de austeridade a Grécia e também Portugal estão a meio caminho para se transforamarem num campo de concentração escravo da dívida.
A Alemanha neste momento é o único país a liderar a Europa, exigindo medidas de austeridade e recusando ceder ou dialogar com os demais países sem se preocupar com os cidadãos europeus indo assim contra o espírito de solidariedade e diálogo do sonho europeu.
Esta postura arrogante da Alemanha são uma herança histórica de séculos de mentalidade autoritária e repressiva alemã.
A forma com desdém que os alemães (não só os políticos mas cidadãos em geral, que continuam a achar que a Merkell está a ir muito bem) tratam os gregos, bem como a recusa em dialogar, escutar, compreender as necessidades e sofrimento do povo grego só mostra que infelizmente Hitler e o nazismo não foram meros acidentes de percurso (que custaram a vida a milhões de pesssoas e destruição da Europa) mas foram apenas ferramentas usadas por esse regime para explorar o perfil alemão autoritário e narcisista...o tal povo que conseguiu ser convencido por um tal fulano Hitler que nem era alemão nem louro que a raça ariana era a pura, e os alemães eram os maiores...afinal houve duas guerras mundiais, provocadas por quem mesmo? e o Hilter é só personagem da 2ª Guerra...
As imposições draconianas (que eram relativas às severas leis do atenienese Drácon) são usadas agora pela autoridade alemã, megapotência mundial.
O desrespeito pela cultura e povo grego só mostram uma coisa: os alemães são incapazes de levar adiante um projecto de integração europeia que respeite a soberania e direitos dos outros povos.
Com as imposições austeras de Berlim só resta ao povo grego, e português tornarem-se em escravos da dívida para pagar a dívida absurda à Alemanha, com os juros que bem entenderem e cortando-nos o acesso ao crédito...quiça até nos forcem a vender as nossas idílicas ilhas aos alemães como eles inclusivamente já propuseram (resposta-alema-para-crise-grega).
Não esqueçamos que própria democracia (hoje substituída por dividocracia) nasceu em Atenas quando as dívidas dos pobres para com os ricos foram anuladas.
Por isso os europeus não podem autorizar que hoje os bancos destruam a democracia europeia extorquindo somas gigantescas que eles próprios geraram sob a forma de dívidas.
Posto isto temo que a Alemanha se tenha esquecido de algo muito importante também, da dívida que deve à Grécia após a 2ª Guerra Mundial, que lhes foi perdoada: são uns astronómicos 575 biliões de euros!!!
Por isso também será justo dizer agora: ALEMÃES PAGUEM À GRÉCIA! Não conseguem? façam sacrifícios!
"Se os povos da Europa não se levantarem, os bancos trarão o fascismo de volta" Mikis Theodorákis, compositor e político grego
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