Ontem foi de novo greve geral em Portugal, contra as medidas de austeridade e deterioração dos direitos sociais e condições de trabalho, contra o empobrecimento do país (curioso o nosso PM Passos Coelho dizer que "só saímos da crise empobrecendo" e até incentivar a imigração).
De modo geral foi pacífico, mas houve alguns confrontos graves e injustificáveis entre polícias e manifestantes.
Houve de facto provocadores da ordem pública que atiraram cadeiras ao chão e vandalizaram o exterior da emblemática cafetaria lisboeta "A Brasileira", mas os polícias não tinham o direito de agir assim ainda para mais com fotojornalistas que só se limitavam a fotografar os acontecimentos.
Se os polícias agiram desta forma com tamanha violência gratuita só há uma razão: foram incitados por superiores a fazê-lo...e porquê? bem, nós sabemos o quão mansos são os portugueses que mal se manifestam mesmo pisados e ostracizados imensurávelmente... por isso ao verem estes casos as pessoas talvez pensem antes de se manifestarem com medo e não se manifestem nas ruas, aliás na Grécia há muitos manifestantes que queimam tudo e partem tudo e escapam-se sempre e não são identificados pela polícia...suspeita-se que são até polícias pagos para causar o caos de modo a dispersar manifestações e semear medo entre os manifestantes, para que simplesmente fiquem em casa (isto se ainda a tiverem) ou quietinhos sem fazer nem dizer nada. Este método de dispersão de multidões, foi aliás, usado na Argentina e demais países da América Latina apoiados por uma entidade americana chamada CIA...de referir que nessa altura esses países estavam sob resgate do FMI...
O que aconteceu ontem nem parece que foi em Portugal, e os polícias que também estão a se atacados por estas medidas deviam de estar do lado das pessoas: a luta não é entre pessoas e policias mas sim entre pessoas e más políticas.
Em todo o caso as pessoas devem continuar a manifestar-se sem medo e lutar pelos seus direitos mas sem arrasar o país e destruir as nossas lindas cidades (na Grécia pegaram fogo a um dos museus mais antigos de Atenas isso é falta de respeito pelo país).
Quanto a mim reitero que as decisões já nem são tomadas na Assembleia, em Lisboa, nem em Bruxelas, mas sim entre Frankfurt e Berlim...
Um Novo 25 de Abril precisa-se.