quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Crise das Dívidas Soberanas



Já que estamos numa onda de achar buracos orçamentais e pagar dívidas vamos olhar com olhos de ver para a real dimensão mundial das dívidas soberanas:
Japão: é o país com a maior dívida pública do Mundo (quase 200% do PIB).
EUA: 2º país mais endividado do Mundo que têm que ir buscar aos mercados financeiros cerca de 2 milhões de milhões de euros (engraçada esta dívida pública vinda de um país sem acesso público gratuito à saúde e com um sistema de ensino público decadente...se calhar tanta dívida é das guerras todas que andaram a semear no planeta).
Na Zona Euro destacam-se a Itália (330 mil milhões de euros), França (238 mil milhões de euros) e Alemanha (220 mil milhões de euros).
Ainda na Europa, mas fora da zona Euro, segue-se o Reino Unido, que terá de angariar nos mercados 127 mil milhões de euros ao longo deste ano).
China e Índia são os países menos dependentes dos mercados, e estão a "comprar" o Ocidente: desde dívida pública (os chineses detêm já cerca de 60% da dívida norte-americana), a empresas estatais ocidentais (como a EDP em Portugal).

Portugal tem uma dívida de 78 mil milhões de euros por isso não percebo para que é que especialmente a União Europeia, e com destaque para a Alemanha e França, fazem tanta questão de espezinhar os "caloteiros" dos portugueses quando a Alemanha tem uma dívida 4 vezes  superior à nossa e a França uma dívida 3 vezes superior à portuguesa. Já para não mencionar que a Alemanha não pagou a dívida das duas Guerras Mundiais que eles próprios começaram aos países que invadiram e destruíram (nomeadamente a Grécia, tanto que há gregos a pedir as indemnizações que a Alemanha lhes deve já que a Alemanha se tem mostrado nada solidária estando a espremer tudo aos gregos...até chegando a sugerir que lhes vendam as ilhas vejam só).  Por isso "amigos" europeus parem de nos sugar o nosso sangue para encher de ainda mais dinheiro o BCE e foquem-se em solucionar também a vossa dívida em vez de desviar atenções e por favor  parem de nos chamar preguiçosos quando os portugueses o que querem é trabalhar mas aqui não há e por isso têm de emigrar.
É caso para dizer que com amigos destes ninguém precisa de inimigos!

fonte: jornal Metro 5-Janeiro-2012