Governo, UGT e patrões assinaram acordo tripartido há três meses. Proença diz que "nada foi feito" até agora
A 18 de Janeiro deste ano, Passos Coelho e João Proença apertavam a mão num "acordo histórico", como lhe chamou o primeiro-ministro. Pouco mais de três meses depois, a paz na Concertação Social parece ter os dias contados. A assinatura do acordo pela central sindical, ao lado do governo, foi na altura motivo de desavença com a CGTP, meses depois de as duas centrais terem estado juntas na greve geral.
O líder da UGT disse estar cansado de esperar pelas medidas de apoio ao emprego e fez um "aviso": "queremos deixar um aviso claro ao governo: ou respeitam o acordo na sua totalidade ou então há que denunciar o acordo e a UGT denunciará o acordo".
João Proença alega que no ultimo trimestre "nada foi feito" pelo executivo de Passos Coelho para combater o desemprego: "O governo não está a cumprir o acordo na área da contratação colectiva, na área do emprego e também em áreas económicas que têm a ver com a sustentação da actividade económica e com o crescimento económico. Isso é inaceitável".
O líder da UGT diz que "não existem" políticas de emprego e que isso se deve à insistência do governo em "estudar e investigar". e acrescenta que essas "investigações são feitas por pessoas incompetentes e é evidente que os resultados são nulos".
Li isto no Jornal i de 18-4-2012 (jornalista Liliana Valente)
E sim estamos a falar do tal acordo que Cavaco disse que era Um Acordo de fazer inveja
Em resposta, e em inglês, Passos Coelho disse que a UGT estava a falar para o 1º de Maio...
Que resposta infeliz, deste modo, esta declaração de Passos Coelho transforma João Proença num oportunista demagogo e dá-lhe mais uma grande razão para rasgar o tal acordo que nenhum sindicalista deveria aceitar.
E assim até no programa "Eixo do mal" da SIC Notícias oiço um comentador de direita, Pedro Marques Lopes dizer: "não há nenhum partido de direita na Europa que defenda felexibilidade a despedir e indemnizações ridículas".
Não é por nada mas estes tipos que vocês elegeram (PSD-CDS) estão a abusar e bem, quase a regredir aos tempos do salazarismo em termos de cortes de direitos dos trabalhadores! E pior, têm muito orgulho em ir além das medidas da troika, claro que poupando sempre os seus amiguinhos dos tachinhos e arranjinhos!
Portanto a política deste Governo é: despedimento livre e sem justa causa e ainda dar indemnizações anedóticas...com as suas excepções claro!