Os culpados segundo PPC
"[..]O Estado a que chegámos reside em factores externos. Ou seja: nas crises mundial e europeia, sobretudo a partir do subprime, em 2006, e da sequente, económica, de 2008. Crises só explicáveis pelo modelo de sociedade liberal/neoliberal dominante-o que o PPC (Pedro Passos Coelho) defende e está a aplicar em Portugal. Dominante, sublinhe-se inclusive através de um sistema financeiro e agências de rating, que sendo responsáveis pela situação que hoje sofremos ainda conseguem, ou lhes é consentido, aproveitarem-se dela![..]Passos Coelho voltou a defender a «alteração profunda das estruturas económicas, políticas sociais»[..]Mas então a que «privilégios» se refere o PPC? de novo, atendendo ao que tem dito e feito, não serão os do sistema financeiro ou dos grandes grupos económicos, suas margens de lucro e seus salários milionários, não serão os da impunidade dos offshores, etc, etc. Serão, sim (ou não?), privilégios, que tem de facto cortado, como salários dos funcionários públicos, reformas e pensões que não são as mínimas, os 13º e 14º mês, quando existem, e por aí fora...É talvez, por outras palavras, a famosa teoria de que «a culpa é nossa» e os portugueses não poderão continuar a viver acima das suas possibilidades. Mas pergunte-se, quais portugueses? E os que o fizeram, os que compraram casa, ou carro, ou pediram dinheiro para pagar os estudos dos filhos, e agora não o podem pagar-não o fizeram a maioria, para realizar um desejo, ou um sonho, compreensível, legítimo? E todos, mais os que pediram dinheiro para luxos ou disparates, não o fizeram estimulados, atraídos tantas vezes enganados, pelo crédito fácil, pelo sistema financeiro, pelos famosos e famigerados «mercados», que em última análise são quem hoje manda nisto tudo?"
José Carlos Vasconcelos na Visão de 19 a 25 de Abril de 2012
"Hoje quem decide são as empresas e as organizações internacionais, não eleitas e não democráticas" Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados
Ler: O currículo do piegas