terça-feira, 15 de maio de 2012

Obras-Fantasma custam milhões ao Estado





O estado desperdiçou 200 milhões de euros nas grandes obras adiadas, como o novo aeroporto e o TGV. Um valor que pode ultrapassar os 500 milhões se contarmos com os pedidos de indemnização.
São obras-fantasma porque nunca saíram do papel, apesar de terem custado centenas de milhões de euros aos contribuintes. Só em estudos e projectos, realizados, em alguns casos, ao longo de décadas, foram gastos cerca de 150 milhões de euros. O comboio de alta velocidade, vulgo, TGV, representa a maior fatia: 90 milhões de euros investidos nos preparativos para o desenvolvimento da rede, valor que cresce quase 30 milhões de euros se somarmos os custos operacionais e custos com pessoal.. No caso do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) terão sido desembolsados cerca de 60 milhões de euros para estudar a melhor localização.
Tudo somado, o erário público suportou despesas de 200 milhões de euros com os projectos do novo aeroporto e do comboio de alta velocidade. É uma ínfima parte do investimento previsto para estas duas grandes obras que, em conjunto, ultrapassaria os 11,5 mil milhões de euros (cerca de 7% do PIB nacional) mas tendo em conta que tiveram a existência apenas no papel, parece muito...
Novo Aeroporto de Lisboa: custo total= 80,3 milhões de euros
TGV: custo total 119 milhões de euros
Novas auto-estradas: 16,5 milhões de euros
Terminal de contentores de Alcântara: 15 milhões de euros
Estas obras foram classificadas como sendo de rentabilidade duvidosa e de imediato suspensas ou adiadas...é o preço do despesismo e Estado e irresponsável que agora temos de pagar.


por Clara Teixeira na Visão nr999


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