quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pertencer à elite político-económica

"[..]Enquanto todos os contratos envolvendo trabalhadores, funcionários, cidadãos passaram ao estado líquido, alguns contratos envolvendo interesses poderosos tornaram-se ainda mais sólidos. O tribunal Constitucional, que deveria ser o último garante da lei e Constituição, faz de conta que é tudo permitido em nome da "emergência nacional".
[..]Os partidos políticos, em particular os da área do poder, continuam a ser a máquina mais poderosa para ascensão de carreiras baseadas ma dependência, na confiança e na troca de favores. Do Tribunal Constitucional às "comissões" destinadas ao "aconselhamento" (que podem ser grátis mas que são o degrau para cargos bem pouco gratuitos), dos serviços às encomendas de serviços de marketing, "influência", mil e uma oportunidades continuam a existir nos partidos e na sua "zona de conforto".
Fazer parte da classe certa, do grupo certo, da família certa, dos comensais certos, dos círculos certos é muito mais que uma mais-valia, é uma certeza de sucesso. A democratização da elite político-económica, que se esboçou desde o 25 de Abril, acabou.
[..] Reduziu, também como nunca, a independência e autonomia do poder político, manda no PSD e no PS, usa o CDS quando convém, e fecha e blinda o sistema de "inevitabilidades" para todos menos eles[..]Só estas lhes permitem moldar o Estado como há muito desejavam. E estão a fazê-lo".

José Pacheco Pereira, crónica de opinião "a lagartixa e o jacaré" da revista Sábado de 19 a 25 de Abril

" O que temos hoje na política são meninos saídos das juventudes partidárias que não conhecem as necessidades da população" Garcia dos Santos, general aposentado para a Visão de 19 a 25 Abril 2012

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